Estudos citogenéticos em uma linhagem deteriorada (V8) de Aspergillus nidulans e seus derivados

• Autor(a) principal: Gabrielli, Antonio Carlos
• Data de Publicação: 1978
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-165838/
• topic: CITOGENÉTICA; FUNGOS FILAMENTOSOS; LINHAGEM

O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de se analisar genética e citologicamente a linhagem deteriorada V8 de Aspergillus nidulans (Eidam) Winter e os dissômicos por ela produzidos por não-disjunção mitótica. As estimativas das frequências de aneuplóides foram feitas através de semeaduras de conídios da linhagem V8 em meios completos com e sem desoxicolato de sódio. Paralelamente, foram estudados os possíveis agentes modificadores da frequência de aneuplóides: temperatura, pH e idade do conídio. Estudos citológicos foram conduzidos para comparar os tamanhos dos núcleos e das células de conídios das linhagens V8, dissômica e MSE, e analisar hifas ascógenas provenientes de cruzamentos MSE x dissômico. Os resultados obtidos permitiram chegar às seguintes conclusões: 1. Em virtude da baixa taxa de crescimento da linhagem V8, tornou-se desnecessária a adição de desoxicolato de sódio para melhor visualização dos aneuplóides. 2. O tipo de aberração cromossômica e a constituição genética da linhagem são fatores que influíram na frequência de aneuplóides. O tipo dissômico obtido e sua alta estabilidade reforçam a possibilidade do gene V8 aumentar a taxa de não-disfunção mitótica. 3. Dentro dos limites utilizados não houve efeitos da temperatura ou do pH na frequência de aneuplóides. A idade do conídio influiu na não-disjunção mitótica: conídios mais velhos produzem maior frequência de aneuplóides que os mais novos. 4. A análise genética do cruzamento Dissômico x MSE mostrou que o cromossomo adicional é transferido durante o processo meiótico. 5. Citologicamente, a linhagem V8 apresenta o diâmetro médio de seus núcleos maior que o da linhagem MSE e menor que o da linhagem dissômica. 6. A técnica citológica com melhores resultados para a coloração de núcleos de conídios e de hifas ascógenas das linhagens estudadas foi a HCl-Giemsa. A diluição do corante e o tempo de coloração e hidrólise foram adaptados para cada linhagem.