Diagnóstico imunológico da cisticercose suína como contribuição à inspeção de carnes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Paulo Sérgio de Arruda
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-08042020-115018/
Resumo: Foram estudados os testes ELISA e imunoblot com os propósitos de padronização para o emprego no diagnóstico da cisticercoses suína, e posterior aplicação do teste padronizado em inquérito de soros procedentes de suínos inspecionados. Após confirmação por exame post-mortem, foram empregados na padronização de ambos os testes, soros controles positivos e negativos à cisticercose e soros oriundos de suínos portadores de hidatidose, ascaridiose, macracantorrincose e de pneumonia causada por Hemophilus sp ou Mycoplasma sp, detectando-se reação cruzada somente à hidatidose e à ascaridiose. Os quatro antígenos preparados e testados na fase de padronização constituíram-se de extratos vesicular (LV) e total (LT) de larvas de Taenia crassiceps e de escólex (E) e total (CT) de Taenia solium. Foram testadas, também as quatro frações de LT obtidas em Sephadex G-50. Todos os antígenos revelaram bom desempenho na diferenciação entre soros positivos e negativos à cisticercose pelo teste ELISA. As taxas de sensibilidade para o antígeno LV no teste ELISA variaram, respectivamente, entre as fases de padronização e de inquérito de 96,0 por cento a 100,0 por cento, para o ponto de corte com 2sd e de 80,0 por cento a 76,9 por cento para 3sd e as de especificidade variaram 97,5 por cento a 79,3 por cento para 2sd e de 100,0 por cento a 97,0 por cento para 3sd. A opção de 3sd mostrou-se mais apropriada em caso de única alternativa do teste ELISA para fins de diagnóstico. Foram considerados peptídeos específicos para o diagnóstico da cisticercose suína no imunoblot os de PM: 68-72, 36-39, 23-25, 22, 21, 19-20, 17-18, 15-16 e 14kD. As diluições ótimas de sono e conjugado para o imunoblot foram 1/100 e 1/1000, respectivamente. O imunoblot revelou sensibilidade de 100,0 por cento e especificidade de 96,7 por cento. Os testes ELISA e imunoblot se complementam como excelentes recursos para diagnósticos da cisticercose suína, dada a alta sensibilidade e aplicabilidade do primeiro para situações de triagem e a alta especificidade do segundo para confirmação de resultados positivos do ELISA. A freqüência da cisticercose foi de 0,3 por cento para os suínos inspecionados e de 8,2 por cento para os não inspecionados, fornecendo uma probabilidade de ocorrência de 1,0 vez para os primeiros contra 28,5 vezes para os clandestinos, destacando a grave situação da doença nas criações com padrão higiênico-sanitário deficiente e nos canais clandestinos de comercialização dos produtos suínos. Considerando o desmpenho e os resultados obtidos nos testes imunológicos para cisticercose suína, ELISA e imunoblot, recomenda-se o seu emprego no diagnóstico de animais suspeitos em matadouros e no levantamento de ocorrência da doença nos segmentos de produção.
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