Alterações do Sistema Renina-Angiotensina na artéria carótida contralateral à lesão por cateter balão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Olivon, Vania Claudia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-28042010-075511/
Resumo: Quinze dias após a lesão por cateter balão, observou-se que o efeito máximo da Ang II na artéria contralateral à lesão está aumentado em relação aos valores obtidos em artérias de animais intactos. Esse aumento do Emax da Ang II não é modificado na ausência do endotélio. A lesão por cateter balão não acarreta alterações morfológicas e morfométricas da artéria contralateral à lesão quando comparadas àquelas observadas na artéria de animais controle. A desenervação simpática com 6-hidrodopamina e a desnervação sensorial com capsaicina revertem o aumento do Emax da Ang II na artéria contralateral à lesão por cateter balão. As curvas concentração-efeito para o angiotensinogênio e para Ang I apresentam o mesmo perfil na artéria contralateral à lesão por cateter balão e na artéria de animais controle. Na presença do endotélio, o losartan (antagonista do receptor AT1) e PD 123,319 (antagonista do receptor AT2) antagonizaram de forma não-superável os efeitos contráteis da Ang II em artérias de animais controle e contralateral à lesão. Observou-se, ainda, que o efeito vasorelaxante de altas concentrações de Ang II é revertido para efeitos vasoconstrictores na presença dos antagonistas seletivos dos receptores AT1, Mas e B2, tanto em artérias de animais controle quanto em artérias contralaterais à lesão. Entretanto, o Emax da Ang II nessas condições é maior na artéria contralateral à lesão. Em artéria contralateral à lesão observou-se aumento na expressão dos receptores AT2 e Mas, enquanto receptores AT1 apresenta o mesmo perfil de expressão daquele observado em artéria de animais controle. A Ang (1-7) induz relaxamento em artérias com e sem endotélio. O parâmetro de Emax da Ang (1-7) está significativamente aumentado na artéria contralateral na presença e ausência de endotélio. O Emax da Ang II, em artérias controle com endotélio, na presença de inibidores da enzima NOS, está aumentada, enquanto que na artéria contralateral este parâmetro não sofre alteração. A produção dos metabólitos do óxido nítrico (nitrito e nitrato) está reduzida na artéria contralateral à lesão quando comparado ao observado em artérias de animais controle, bem como a expressão de todas as isoformas da NOS. A lesão por cateter balão promove aumento na formação de EROs na artéria contralateral à lesão, que desaparece na presença de tiron (seqüestrador de EROs). A lesão também induz aumento na expressão da enzima p22phox, subunidade do sistema NADPH oxidase. O Emax da Ang II em artéria contralateral à lesão na presença de Tiron é semelhante ao observado em artérias de animais controle na ausência do seqüestrador. Em conclusão, a lesão por cateter balão promove respostas neurocompensatórias e aumento do estresse oxidativo em artéria contralateral à lesão. Estas alterações podem influenciar a expressão do receptor AT2 e Mas, e também mecanismos intracelulares desencadeados pela ativação de receptores AT1 e Mas.
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spelling Alterações do Sistema Renina-Angiotensina na artéria carótida contralateral à lesão por cateter balãoAlterations in the Renin-Angiotensin System in the contralateral carotid artery after balloon catheter injuryangiotensin receptorsballoon catheter injuryestresse oxidativoLesão por cateter balãonitric oxideoxidative stress.óxido nítrico.receptores de angiotensinaRenin-Angiotensin SystemSistema Renina-AngiotensinaQuinze dias após a lesão por cateter balão, observou-se que o efeito máximo da Ang II na artéria contralateral à lesão está aumentado em relação aos valores obtidos em artérias de animais intactos. Esse aumento do Emax da Ang II não é modificado na ausência do endotélio. A lesão por cateter balão não acarreta alterações morfológicas e morfométricas da artéria contralateral à lesão quando comparadas àquelas observadas na artéria de animais controle. A desenervação simpática com 6-hidrodopamina e a desnervação sensorial com capsaicina revertem o aumento do Emax da Ang II na artéria contralateral à lesão por cateter balão. As curvas concentração-efeito para o angiotensinogênio e para Ang I apresentam o mesmo perfil na artéria contralateral à lesão por cateter balão e na artéria de animais controle. Na presença do endotélio, o losartan (antagonista do receptor AT1) e PD 123,319 (antagonista do receptor AT2) antagonizaram de forma não-superável os efeitos contráteis da Ang II em artérias de animais controle e contralateral à lesão. Observou-se, ainda, que o efeito vasorelaxante de altas concentrações de Ang II é revertido para efeitos vasoconstrictores na presença dos antagonistas seletivos dos receptores AT1, Mas e B2, tanto em artérias de animais controle quanto em artérias contralaterais à lesão. Entretanto, o Emax da Ang II nessas condições é maior na artéria contralateral à lesão. 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A lesão também induz aumento na expressão da enzima p22phox, subunidade do sistema NADPH oxidase. O Emax da Ang II em artéria contralateral à lesão na presença de Tiron é semelhante ao observado em artérias de animais controle na ausência do seqüestrador. Em conclusão, a lesão por cateter balão promove respostas neurocompensatórias e aumento do estresse oxidativo em artéria contralateral à lesão. Estas alterações podem influenciar a expressão do receptor AT2 e Mas, e também mecanismos intracelulares desencadeados pela ativação de receptores AT1 e Mas.Fifteen days after balloon catheter injury Emax of Ang II was increased in the contralateral artery as compared to values obtained in arteries from intact animals. This increase in Ang II Emax was not modified in the absence of the endothelium. The morphological and morphometric characteristics in the contralateral artery were not altered as compared to control animals. The sympathetic desnervation and sensory desnervation abolished the increase Emax of Ang II in the contralateral artery. The concentration-effect curves to angiotensinogen and Ang I were similar in contralateral arteries and in control arteries. In the presence of endothelium, losartan (AT1 antagonist receptor) and PD 123,319 (AT2 antagonist receptor) showed noncompetitive antagonistic characteristics in control arteries and contralateral artery. It was also observed that vasorelaxant effect of high concentrations of Ang II was reversed to vasoconstrictors effects in the presence of selective antagonists of AT1 receptors, Mas receptors and B2 receptors in the control arteries and contraalteral arteries. However, Emax of Ang II in these conditions was greater in contralateral artery. Contralateral artery showed increased expression of AT2 and Mas receptors, while AT1 have the same expression when compared to control arteries. Ang (1-7) triggered concentration response curves in arteries with and without endothelium. However, was observed Emax Ang (1-7) values was significantly increased in the contralateral artery in presence or absence of endothelium. Emax of Ang II in control arteries with endothelium in the presence of NOS isoforms inhibitors was increased, whereas the contralateral artery this parameter was the same. Nitrite and nitrate production was reduced in the contralateral artery when compared to control artery. NOS isoforms expression were reduced in contralateral artery. Balloon catheter injury increased ROS formation in contralateral artery, which abolished in the presence of tiron (ROS scavenger). The injury also induced increased p22phox enzyme expression, subunit of the NADPH oxidase system. Ang II Emax in the contralateral artery in the presence of tiron was similar as obtained in control arteries without tiron. In conclusion, the balloon catheter injury promoted neurocompensatory responses and increased oxidative stress in the contralateral artery. These changes increased AT2 and Mas receptor expression and also intracellular mechanisms triggered by activation of AT1 receptors.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliveira, Ana Maria deOlivon, Vania Claudia2010-04-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-28042010-075511/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-28042010-075511Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Quinze dias após a lesão por cateter balão, observou-se que o efeito máximo da Ang II na artéria contralateral à lesão está aumentado em relação aos valores obtidos em artérias de animais intactos. Esse aumento do Emax da Ang II não é modificado na ausência do endotélio. A lesão por cateter balão não acarreta alterações morfológicas e morfométricas da artéria contralateral à lesão quando comparadas àquelas observadas na artéria de animais controle. A desenervação simpática com 6-hidrodopamina e a desnervação sensorial com capsaicina revertem o aumento do Emax da Ang II na artéria contralateral à lesão por cateter balão. As curvas concentração-efeito para o angiotensinogênio e para Ang I apresentam o mesmo perfil na artéria contralateral à lesão por cateter balão e na artéria de animais controle. Na presença do endotélio, o losartan (antagonista do receptor AT1) e PD 123,319 (antagonista do receptor AT2) antagonizaram de forma não-superável os efeitos contráteis da Ang II em artérias de animais controle e contralateral à lesão. Observou-se, ainda, que o efeito vasorelaxante de altas concentrações de Ang II é revertido para efeitos vasoconstrictores na presença dos antagonistas seletivos dos receptores AT1, Mas e B2, tanto em artérias de animais controle quanto em artérias contralaterais à lesão. Entretanto, o Emax da Ang II nessas condições é maior na artéria contralateral à lesão. Em artéria contralateral à lesão observou-se aumento na expressão dos receptores AT2 e Mas, enquanto receptores AT1 apresenta o mesmo perfil de expressão daquele observado em artéria de animais controle. A Ang (1-7) induz relaxamento em artérias com e sem endotélio. O parâmetro de Emax da Ang (1-7) está significativamente aumentado na artéria contralateral na presença e ausência de endotélio. O Emax da Ang II, em artérias controle com endotélio, na presença de inibidores da enzima NOS, está aumentada, enquanto que na artéria contralateral este parâmetro não sofre alteração. A produção dos metabólitos do óxido nítrico (nitrito e nitrato) está reduzida na artéria contralateral à lesão quando comparado ao observado em artérias de animais controle, bem como a expressão de todas as isoformas da NOS. A lesão por cateter balão promove aumento na formação de EROs na artéria contralateral à lesão, que desaparece na presença de tiron (seqüestrador de EROs). A lesão também induz aumento na expressão da enzima p22phox, subunidade do sistema NADPH oxidase. O Emax da Ang II em artéria contralateral à lesão na presença de Tiron é semelhante ao observado em artérias de animais controle na ausência do seqüestrador. Em conclusão, a lesão por cateter balão promove respostas neurocompensatórias e aumento do estresse oxidativo em artéria contralateral à lesão. Estas alterações podem influenciar a expressão do receptor AT2 e Mas, e também mecanismos intracelulares desencadeados pela ativação de receptores AT1 e Mas.
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