Avaliação dos fatores de crescimento insulinóides IGF-1 e IGFBP-3 em mulheres com alto risco para câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Angela Francisca Trinconi da
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04112010-141608/
Resumo: INTRODUÇÃO: A crescente incidência de câncer de mama, que cada vez mais acomete mulheres jovens, tem despertado muito interesse no diagnóstico precoce e na busca do tratamento mais eficaz e minimamente agressivo. Da mesma forma, vem aumentando a parcela da população com alto risco para câncer de mama, para a qual as atenções têm se voltado no sentido de se encontrar um caminho que permita prevenir o surgimento da neoplasia. Inspirados por Peyrat, que primeiro associou o câncer de mama com a presença de fator de crescimento insulina like tipo 1 (IGF-1), vários autores se lançaram nesta procura e, apesar de controversa, a literatura internacional tende a mostrar uma relação direta entre IGF-1 e câncer de mama na pré-menopausa. A proteína carreadora de IGF do tipo 3, ou IGFBP-3, também foi adicionada ao rol de sustâncias com possibilidade de promover câncer, porém, não tem demonstrado clara regularidade em seu mecanismo de ação. Tendo como alvo a população com alto risco para câncer de mama, quer histopatológico, quer familiar, e direcionada pelos cálculos matemáticos de Gail e Tyrer-Cuzick, essa tese objetivou avaliar a relação entre IGF-1 e IGFBP-3 em mulheres brasileiras atendidas pelo Setor de Mastologia da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: estudo transversal em que foram comparados os níveis séricos de IGF-1 e IGFBP-3, dosados pelo método imunométrico quimioluminescente, em 3 diferentes grupos: mulheres com câncer de mama não tratado (n= 51), mulheres com risco populacional (n= 66) e mulheres com alto risco para câncer de mama (n= 108). Foram considerados fatores de comparação: idade, estado menopausal e índice de massa corpórea. RESULTADOS: 1) não houve diferenças entre os grupos com respeito ao IMC; 2) foi estatisticamente significativa a diferença das médias de idades dos grupos, sendo as mulheres com alto risco para câncer de mama mais jovens (p<0,001); 3) quanto ao estado menopausal, houve significativa diferença entre os grupos, com predomínio de mulheres pós-menopausa no grupo de pacientes com câncer de mama (58,8%), com p <0,001; 4) não foi encontrada relação estatisticamente significante entre percentual de IGF-1 em relação à mediana, percentual de IGFBP-3 em relação à mediana e razão dos percentuais de IGF-1 e IGFPB-3 em relação à mediana para os 3 grupos estudados;4) não houve variações nas dosagens de acordo com o tipo de situação determinante do alto risco para câncer de mama (familiar ou histopatológico); 5) não houve alteração estatisticamente significativa das variáveis estudadas, mesmo após subdivisão do grupo de alto risco (risco vitalício entre 20 e 29% X risco vitalício superior a 29%). CONCLUSÃO: Não foi observada variação dos níveis séricos de IGF-I e IGFBP-3 em mulheres com câncer de mama, com alto risco para câncer de mama ou com risco populacional
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Inspirados por Peyrat, que primeiro associou o câncer de mama com a presença de fator de crescimento insulina like tipo 1 (IGF-1), vários autores se lançaram nesta procura e, apesar de controversa, a literatura internacional tende a mostrar uma relação direta entre IGF-1 e câncer de mama na pré-menopausa. A proteína carreadora de IGF do tipo 3, ou IGFBP-3, também foi adicionada ao rol de sustâncias com possibilidade de promover câncer, porém, não tem demonstrado clara regularidade em seu mecanismo de ação. Tendo como alvo a população com alto risco para câncer de mama, quer histopatológico, quer familiar, e direcionada pelos cálculos matemáticos de Gail e Tyrer-Cuzick, essa tese objetivou avaliar a relação entre IGF-1 e IGFBP-3 em mulheres brasileiras atendidas pelo Setor de Mastologia da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: estudo transversal em que foram comparados os níveis séricos de IGF-1 e IGFBP-3, dosados pelo método imunométrico quimioluminescente, em 3 diferentes grupos: mulheres com câncer de mama não tratado (n= 51), mulheres com risco populacional (n= 66) e mulheres com alto risco para câncer de mama (n= 108). Foram considerados fatores de comparação: idade, estado menopausal e índice de massa corpórea. RESULTADOS: 1) não houve diferenças entre os grupos com respeito ao IMC; 2) foi estatisticamente significativa a diferença das médias de idades dos grupos, sendo as mulheres com alto risco para câncer de mama mais jovens (p<0,001); 3) quanto ao estado menopausal, houve significativa diferença entre os grupos, com predomínio de mulheres pós-menopausa no grupo de pacientes com câncer de mama (58,8%), com p <0,001; 4) não foi encontrada relação estatisticamente significante entre percentual de IGF-1 em relação à mediana, percentual de IGFBP-3 em relação à mediana e razão dos percentuais de IGF-1 e IGFPB-3 em relação à mediana para os 3 grupos estudados;4) não houve variações nas dosagens de acordo com o tipo de situação determinante do alto risco para câncer de mama (familiar ou histopatológico); 5) não houve alteração estatisticamente significativa das variáveis estudadas, mesmo após subdivisão do grupo de alto risco (risco vitalício entre 20 e 29% X risco vitalício superior a 29%). CONCLUSÃO: Não foi observada variação dos níveis séricos de IGF-I e IGFBP-3 em mulheres com câncer de mama, com alto risco para câncer de mama ou com risco populacionalINTRODUCTION: The rising incidence of breast cancer, a disease that is increasingly affecting young women, has aroused a great deal of interest in early diagnosis and the search for a more efficient and minimally aggressive treatment. Likewise, the population at high risk for breast cancer has been growing, and it is now the focus of research efforts in the struggle to prevent neoplasia. Inspired by Peyrat, who was the first to associate breast cancer with insulin-like growth factor type 1 (IGF-1), several authors have taken on the challenge, and the international literature now leans towards a direct relationship, albeit still controversial, between IGF-1 and breast cancer in premenopause. The IGF binding protein 3 (IGFBP-3) has also been added to the list of cancer-causing agents, but its mechanism of action has not shown to be clearly regular. Targeting a population at high risk for breast cancer for histopathologic or familial reasons, and guided by the mathematical calculations of Gail and Tyrer-Cuzick, this thesis aimed at evaluating the relationship between IGF-1 and IGFB-3 in Brazilian female outpatients at the Mastology Sector of the Gynecology Discipline of the Department of Obstetrics and Gynecology of the School of Medicine of the University of São Paulo. METHODS: Transverse study to compare the serum levels of IGF-1 and IGFBP- 3 measured by the chemiluminescent immunometric method. The patients were divided into 3 different groups: women with untreated breast cancer (n=51), women with a population-based risk of breast cancer (n=66), and women at high risk for breast cancer (n=108). The comparison factors were age, menopausal state, and body mass index. RESULTS: 1) there were no differences among the groups with respect to BMI; 2) but there were statistically significant differences among the groups regarding mean age, and the younger women were those at a higher risk for breast cancer (p<0.001); 3) as for menopausal state, the groups were significantly different, and the postmenopausal women were prevalent among the patients with breast cancer (58.8%; p<0.001); 4) no statistically significant relationship was found between the IGF-1 percentage and the median, the IGFBP-3 percentage and the median, or the IGF-1 and IGFBP-3 ratio and the median in any of the groups; 5) measurements did not vary according to the determinant reason for high breast cancer risk (familial or histopathologic); 6) statistically significant changes in the variables under consideration did not take place, even after subdivision of the high-risk group (lifelong risk between 20% and 29% X lifelong risk over 29%). CONCLUSION: The serum levels of IGF-I and IGFBP-3 showed no variation among women with breast cancer, at high risk for cancer, or with populationbased riskBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFilassi, Jose RobertoCunha, Angela Francisca Trinconi da2010-09-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04112010-141608/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:12Zoai:teses.usp.br:tde-04112010-141608Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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