Avaliação do risco de quedas em idosos na comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schiaveto, Fabio Veiga
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19122008-153736/
Resumo: O contexto do envelhecimento dos idosos necessita ser considerado em decorrência dos fatores socioeconômicos, políticos e demográficos do país, que em até 2050 será o sexto país do mundo em número de idosos. Diante disso, a pesquisa relaciona um acidente muito comum nesta população que é a queda, que causa várias conseqüências ao idoso, e para isso deve-se ter estratégias para evitá-las, identificando os idosos que estão em risco. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, que teve por objetivos estimar a proporção de idosos da população que sofreram quedas nos 12 meses anteriores à entrevista, identificar conseqüências das quedas e estimar a proporção de idosos que são hospitalizados (ou tiveram cirurgia, fratura e outros) devido à queda, realizar a validação de conteúdo e determinar os indicadores acurácia do Fall Risk Score, estimar a proporção de idosos que tem alto risco de quedas (risco medido pelo Fall Risk Score) e comparar idosos que sofreram quedas com idosos sem quedas com relação a fatores demográficos, sociais, cognitivos e escores do instrumento Fall Risk Score residentes na comunidade de Ribeirão Preto, 2008. A sub-amostra constituiu-se de 515 idosos. Os dados foram coletados em entrevistas domiciliares, no período de 03 de abril de 2008 a 30 de julho de 2008, utilizando-se identificação, perfil social, problemas de saúde, Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e a Fall Risk Score. A idade média das idosas foi de 75,4 anos, composto por 44,5% de casados, com 81,6% brancos, sendo que a maior parte deles (88,5%) possui renda, mora em residência própria quitada (72,6%) e vivem acompanhados (83,9%). A (co)morbidade mais presente é a hipertensão arterial com 61,3%, tendo uma média de 5,5 morbidades por idoso. Há maior número de idosos com escolaridade baixa (1 a 4 anos), 55,5% e, a performance cognitiva associada ao grau de escolaridade, demonstrou que 85,5% apresentaram alta performance cognitiva. Em relação aos idosos que sofreram quedas, 124 (24,1%), a maior parte caiu da própria altura (81,5%), no pátio ou quintal (23,7%), sendo que a maioria das quedas foi devido a fatores extrínsecos (59,2%). Como conseqüência das quedas obteve-se que 8,1% deles foram hospitalizados, sendo que 4,8% necessitaram de cirurgia. Das conseqüências tem-se que 29,8% sofreram escoriações e 12,9% apresentaram fratura fechada, sendo que 40,3% relataram medo de cair novamente como maior conseqüência da queda. O instrumento de risco de queda, Fall Risk Score considerou três como pontuação de corte, com uma sensibilidade de 74,2% e especificidade de 58,8% e uma acurácia de 62,5%. À medida que os idosos ficam mais velhos (p < 0,001), ser do sexo feminino (p < 0,001) maior é o risco de queda. Não foi encontrada significância estatística entre a queda e o declínio cognitiva. Em relação às morbidades apenas a hipertensão arterial apresentou significância estatística (p = 0,018). O sexo feminino apresentou uma prevalência de 50,4% maior de sofrer quedas, quando comparado ao masculino, os que tinham 90 anos ou mais apresentaram maior prevalência, 202%, em relação aos de 65 a 69 anos. Porém na análise por regressão logística somente a faixa etária de 80 a 84 anos apresentou significância estatística (p = 0,036) e o diagnóstico de risco (p < 0,001) em relação a quedas. Portanto a equipe de saúde e a família devem constantemente avaliar o risco de quedas dos idosos para promover estratégias de prevenção e, com isso, diminuir as quedas e, conseqüentemente, as seqüelas que esses idosos vivenciam proporcionando a eles uma melhor condição de vida.
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Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, que teve por objetivos estimar a proporção de idosos da população que sofreram quedas nos 12 meses anteriores à entrevista, identificar conseqüências das quedas e estimar a proporção de idosos que são hospitalizados (ou tiveram cirurgia, fratura e outros) devido à queda, realizar a validação de conteúdo e determinar os indicadores acurácia do Fall Risk Score, estimar a proporção de idosos que tem alto risco de quedas (risco medido pelo Fall Risk Score) e comparar idosos que sofreram quedas com idosos sem quedas com relação a fatores demográficos, sociais, cognitivos e escores do instrumento Fall Risk Score residentes na comunidade de Ribeirão Preto, 2008. A sub-amostra constituiu-se de 515 idosos. Os dados foram coletados em entrevistas domiciliares, no período de 03 de abril de 2008 a 30 de julho de 2008, utilizando-se identificação, perfil social, problemas de saúde, Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e a Fall Risk Score. A idade média das idosas foi de 75,4 anos, composto por 44,5% de casados, com 81,6% brancos, sendo que a maior parte deles (88,5%) possui renda, mora em residência própria quitada (72,6%) e vivem acompanhados (83,9%). A (co)morbidade mais presente é a hipertensão arterial com 61,3%, tendo uma média de 5,5 morbidades por idoso. Há maior número de idosos com escolaridade baixa (1 a 4 anos), 55,5% e, a performance cognitiva associada ao grau de escolaridade, demonstrou que 85,5% apresentaram alta performance cognitiva. Em relação aos idosos que sofreram quedas, 124 (24,1%), a maior parte caiu da própria altura (81,5%), no pátio ou quintal (23,7%), sendo que a maioria das quedas foi devido a fatores extrínsecos (59,2%). Como conseqüência das quedas obteve-se que 8,1% deles foram hospitalizados, sendo que 4,8% necessitaram de cirurgia. Das conseqüências tem-se que 29,8% sofreram escoriações e 12,9% apresentaram fratura fechada, sendo que 40,3% relataram medo de cair novamente como maior conseqüência da queda. O instrumento de risco de queda, Fall Risk Score considerou três como pontuação de corte, com uma sensibilidade de 74,2% e especificidade de 58,8% e uma acurácia de 62,5%. À medida que os idosos ficam mais velhos (p < 0,001), ser do sexo feminino (p < 0,001) maior é o risco de queda. Não foi encontrada significância estatística entre a queda e o declínio cognitiva. Em relação às morbidades apenas a hipertensão arterial apresentou significância estatística (p = 0,018). O sexo feminino apresentou uma prevalência de 50,4% maior de sofrer quedas, quando comparado ao masculino, os que tinham 90 anos ou mais apresentaram maior prevalência, 202%, em relação aos de 65 a 69 anos. Porém na análise por regressão logística somente a faixa etária de 80 a 84 anos apresentou significância estatística (p = 0,036) e o diagnóstico de risco (p < 0,001) em relação a quedas. Portanto a equipe de saúde e a família devem constantemente avaliar o risco de quedas dos idosos para promover estratégias de prevenção e, com isso, diminuir as quedas e, conseqüentemente, as seqüelas que esses idosos vivenciam proporcionando a eles uma melhor condição de vida.The elderly aging context needs to be taken into account because of the countrys socioeconomic, political and demographical factors. According to estimates, the Brazilian elderly population will be the sixth largest worldwide by 2050. Therefore, this study addresses a very common accident in this population. Falls cause several consequences to the elderly, thus strategies should be in place to identify those at risk and to avoid fall-related injuries. This is an epidemiological and cross-sectional study that aimed to estimate the proportion of older people who suffered falls in the 12 months previous to the interview, identify consequences of falls and estimate the proportion of hospitalized people (who had undergone surgery, fractures, among others) due to the fall, carry out the content validation, determine the accuracy of the Fall Risk Score indicators and estimate the proportion of older people, resident in Ribeirão Preto, 2008, who have fell to those who have not in relation to demographic, social and cognitive factors in addition to the instrument scores. The subsample was composed of 515 older people. The data were collected through interviews held at their homes from April 03, 2008 to July 30, 2008, using identification, social profile, health problems, Mini Mental State Examination (MMSE) and the Fall Risk Score. The participants average age was 75.4 years, 44.5% were married and 81.6% white. The majority of them (88.5%) had income, lived in their own house (72.6%) and did not live by themselves (83.9%). There was an average of 5.5 morbidities by person, while the most common (co)morbidity was high blood pressure in 61.3%. There was a higher number of older people (55.5%) with low education (1 to 4 years), and the cognitive performance associated to the level of education showed that 85.5% presented high cognitive performance. Regarding those who had suffered falls, 124 (24.1%), the majority fell from their own height (81.5%), in the patio or backyard (23.7%), while the majority of falls was due to extrinsic factors (59.2%). Results show that 8.1% of them were hospitalized due to the falls and 4.8% needed surgery. In terms of consequences, 29.8% suffered bruises and 12.9% close fractures, while 40.3% reported fear of falling again with worse consequences. The cut score in the Fall Risk Score instrument is three, with 74.2% of sensitivity, 58.8% of specificity and 62.5% of accuracy. As this population gets older (p <0,001), women are at a higher risk of falling (p <0.001). Statistical significance was not found between fall and cognitive decline. In relation to morbidities, only high blood pressure presented statistical significance (p = 0.018). Females presented higher (50.4%) prevalence of falls when compared to males. People 90 years or older presented higher prevalence, 202%, in relation to those between 65 and 69 years. Although, only the age range between 65 and 84 years presented statistical significance in the logistic regression (p = 0.036) and risk diagnosis (p < 0.001) in relation to falls. Therefore, the health team and the family should constantly evaluate the fall risk of the elderly to promote prevention strategies, diminish falls, and consequently diminish sequels these people experience, providing them better life conditions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRodrigues, Rosalina Aparecida PartezaniSchiaveto, Fabio Veiga2008-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19122008-153736/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:57Zoai:teses.usp.br:tde-19122008-153736Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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