O manejo de infecções nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-13112023-143535/ |
Resumo: | Introdução: O cuidado paliativo é uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de indivíduos, adultos e crianças e seus familiares, que convivem com doenças que ameaçam a vida. As pessoas em cuidados paliativos podem apresentar quadros de infecção devido a imunossupressão, presença de comorbidades, desidratação e ressecamento da pele, diminuição da função dos neutrófilos e da imunidade celular, pelo uso de corticoides, além da caquexia. As infecções podem provocar sintomas como fadiga, dor, desconforto e representam um grande desafio no cuidado. Os indivíduos com esse quadro demandam ações de enfermagem específicas mediante as terapias propostas pela equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar como ocorre o manejo de infecções nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte em dois serviços hospitalares de saúde. Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico e retrospectivo, que foi realizado em dois hospitais localizados no município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, que prestam atendimento a indivíduos em cuidados paliativos e seus familiares. Foram incluídos os prontuários de indivíduos em cuidados paliativos em fase final de vida ou processo ativo de morte, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que foram diagnosticados com infecção no período de janeiro a dezembro de 2019 em sua última internação antes do óbito. Foram coletadas, dos prontuários, informações referentes às variáveis sociodemográficas, clínicas e as ações implementadas pela equipe de enfermagem. Resultados: A amostra foi constituída por 113 prontuários, nos quais o diagnóstico oncológico foi o mais prevalente. Houve predominância do diagnóstico clínico para infecção, sendo o foco principal o pulmonar, em indivíduos em fase final de vida. A terapia antimicrobiana foi indicada para 97,3% dos casos. A mediana da duração da antibioticoterapia foi de 7 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. Já o tempo decorrido do início da antibioticoterapia até o óbito foi de 9 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. As intervenções de enfermagem mais frequente foram aferição de sinais vitais, cuidados com a pele e mudança de decúbito; e os procedimentos mais frequentes realizados pela enfermagem foram troca de fralda, punção venosa para inserção de cateter e punção venosa para coleta de exames. Conclusão: O manejo da infecção nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte ocorre por meio de cuidados e procedimentos que geram desconforto físico, entretanto visando o alívio dos sintomas. Além disso, nota-se a alta frequência de prescrição de antibióticos, principalmente pela via endovenosa. Tais achados devem ser documentados, uma vez que nos convida a refletir sobre nossas atitudes práticas e sobre o que significa estar confortável para essas pessoas, possibilitando incorporar esta informação no desenho de intervenções focadas para potencializar a experiência de conforto. |
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O manejo de infecções nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morteThe management of infections in palliative care patients in the end-of-life and active process of deathCuidados de enfermagemCuidados em fim de vidaCuidados paliativosDying processEnd of life careEnfermagemInfecçãoInfectionNursingNursing carePalliative careProcesso de morrerIntrodução: O cuidado paliativo é uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de indivíduos, adultos e crianças e seus familiares, que convivem com doenças que ameaçam a vida. As pessoas em cuidados paliativos podem apresentar quadros de infecção devido a imunossupressão, presença de comorbidades, desidratação e ressecamento da pele, diminuição da função dos neutrófilos e da imunidade celular, pelo uso de corticoides, além da caquexia. As infecções podem provocar sintomas como fadiga, dor, desconforto e representam um grande desafio no cuidado. Os indivíduos com esse quadro demandam ações de enfermagem específicas mediante as terapias propostas pela equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar como ocorre o manejo de infecções nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte em dois serviços hospitalares de saúde. Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico e retrospectivo, que foi realizado em dois hospitais localizados no município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, que prestam atendimento a indivíduos em cuidados paliativos e seus familiares. Foram incluídos os prontuários de indivíduos em cuidados paliativos em fase final de vida ou processo ativo de morte, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que foram diagnosticados com infecção no período de janeiro a dezembro de 2019 em sua última internação antes do óbito. Foram coletadas, dos prontuários, informações referentes às variáveis sociodemográficas, clínicas e as ações implementadas pela equipe de enfermagem. Resultados: A amostra foi constituída por 113 prontuários, nos quais o diagnóstico oncológico foi o mais prevalente. Houve predominância do diagnóstico clínico para infecção, sendo o foco principal o pulmonar, em indivíduos em fase final de vida. A terapia antimicrobiana foi indicada para 97,3% dos casos. A mediana da duração da antibioticoterapia foi de 7 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. Já o tempo decorrido do início da antibioticoterapia até o óbito foi de 9 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. As intervenções de enfermagem mais frequente foram aferição de sinais vitais, cuidados com a pele e mudança de decúbito; e os procedimentos mais frequentes realizados pela enfermagem foram troca de fralda, punção venosa para inserção de cateter e punção venosa para coleta de exames. Conclusão: O manejo da infecção nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte ocorre por meio de cuidados e procedimentos que geram desconforto físico, entretanto visando o alívio dos sintomas. Além disso, nota-se a alta frequência de prescrição de antibióticos, principalmente pela via endovenosa. Tais achados devem ser documentados, uma vez que nos convida a refletir sobre nossas atitudes práticas e sobre o que significa estar confortável para essas pessoas, possibilitando incorporar esta informação no desenho de intervenções focadas para potencializar a experiência de conforto.Introduction: Palliative care is an approach that improves the quality of life of individuals, adults and children and their families, who live with life-threatening diseases. People in palliative care may present with infection due to immunosuppression, presence of comorbidities, dehydration and dryness of the skin, decrease in neutrophil function and cellular immunity, due to the use of corticosteroids, in addition to cachexia. Infections can cause symptoms such as fatigue, pain, discomfort and represent a major challenge in care. Individuals with this condition demand specific nursing actions through the therapies proposed by the multidisciplinary team. Objective: To analyze how infections are managed in palliative care patients in the final stage of life and in the active process of death in two hospital health services. Method: This is an observational, analytical and retrospective study, which was carried out in two hospitals located in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, which provide care to individuals in palliative care and their families. The medical records of individuals in palliative care in the final stage of life or in the active process of death, of both sexes, aged over 18 years, who were diagnosed with infection in the period from January to December 2019 in their last hospitalization before death. Information regarding sociodemographic and clinical variables and the actions implemented by the nursing team were collected from the medical records. Results: The sample consisted of 113 medical records, in which the oncological diagnosis was the most prevalent. There was a predominance of the clinical diagnosis for infection, the main focus being the pulmonary, in individuals in the final stage of life. Antimicrobial therapy was indicated for 97.3% of cases. The median duration of antibiotic therapy was 7 days for individuals in the final stage of life and 2 days for those in the active process of dying. The time elapsed from the beginning of antibiotic therapy to death was 9 days for individuals in the final stage of life and 2 days for those in the active process of death. The most frequent nursing interventions were measuring vital signs, skin care and changing positions; and the most frequent procedures performed by nursing were diaper changes, venipuncture for catheter insertion and venipuncture for collection of exams. Conclusion: The management of infection in palliative care patients in the final stage of life and in the active process of death occurs through care and procedures that generate physical discomfort, however aiming at relieving symptoms. In addition, there is a high frequency of prescription of antibiotics, mainly by the intravenous route. Such findings must be documented, as they invite us to reflect on our practical attitudes and on what it means to be comfortable for these people, making it possible to incorporate this information into the design of interventions focused on enhancing the experience of comfort.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPStabile, Angelita MariaTonetto, Isabela Fernandes de Aguiar2023-08-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-13112023-143535/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-17T12:44:02Zoai:teses.usp.br:tde-13112023-143535Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-17T12:44:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: O cuidado paliativo é uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de indivíduos, adultos e crianças e seus familiares, que convivem com doenças que ameaçam a vida. As pessoas em cuidados paliativos podem apresentar quadros de infecção devido a imunossupressão, presença de comorbidades, desidratação e ressecamento da pele, diminuição da função dos neutrófilos e da imunidade celular, pelo uso de corticoides, além da caquexia. As infecções podem provocar sintomas como fadiga, dor, desconforto e representam um grande desafio no cuidado. Os indivíduos com esse quadro demandam ações de enfermagem específicas mediante as terapias propostas pela equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar como ocorre o manejo de infecções nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte em dois serviços hospitalares de saúde. Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico e retrospectivo, que foi realizado em dois hospitais localizados no município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, que prestam atendimento a indivíduos em cuidados paliativos e seus familiares. Foram incluídos os prontuários de indivíduos em cuidados paliativos em fase final de vida ou processo ativo de morte, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que foram diagnosticados com infecção no período de janeiro a dezembro de 2019 em sua última internação antes do óbito. Foram coletadas, dos prontuários, informações referentes às variáveis sociodemográficas, clínicas e as ações implementadas pela equipe de enfermagem. Resultados: A amostra foi constituída por 113 prontuários, nos quais o diagnóstico oncológico foi o mais prevalente. Houve predominância do diagnóstico clínico para infecção, sendo o foco principal o pulmonar, em indivíduos em fase final de vida. A terapia antimicrobiana foi indicada para 97,3% dos casos. A mediana da duração da antibioticoterapia foi de 7 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. Já o tempo decorrido do início da antibioticoterapia até o óbito foi de 9 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. As intervenções de enfermagem mais frequente foram aferição de sinais vitais, cuidados com a pele e mudança de decúbito; e os procedimentos mais frequentes realizados pela enfermagem foram troca de fralda, punção venosa para inserção de cateter e punção venosa para coleta de exames. Conclusão: O manejo da infecção nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte ocorre por meio de cuidados e procedimentos que geram desconforto físico, entretanto visando o alívio dos sintomas. Além disso, nota-se a alta frequência de prescrição de antibióticos, principalmente pela via endovenosa. Tais achados devem ser documentados, uma vez que nos convida a refletir sobre nossas atitudes práticas e sobre o que significa estar confortável para essas pessoas, possibilitando incorporar esta informação no desenho de intervenções focadas para potencializar a experiência de conforto. |
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