Avaliação estrutural, qualitativa e quantitativa do nervo frênico no diabete experimental agudo e crônico: efeito do tratamento com insulina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alcantara, Adriana Cristina Licursi de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-06092024-112739/
Resumo: Existem relatos na literatura sobre a paralisia do nervo frênico em pacientes diabéticos, mas a etiologia destas paralisias ainda é controversa. Não há descrições da literatura sobre a morfologia do nervo frênico em pacientes diabéticos. No entanto, há poucos relatos apontando que a morfologia do nervo frênico e sua função estejam prejudicadas em modelos experimentais de diabetes. O objetivo do presente estudo foi investigar os parâmetros morfométricos do nervo frênico no diabetes experimental agudo e crônico e os efeitos do tratamento com insulina sobre a morfologia e a morfometria das fibras e dos fascículos desse nervo. Ratos Wistar machos receberam uma única injeção intravenosa de estreptozotocina (40mg/kg) 15 dias (N = 6) ou 12 semanas (N = 6) antes dos experimentos. Ratos controles (N = 6 para cada grupo) receberam igual volume de solução tampão citrato. Ratos tratados com insulina (N = 6 para cada grupo) receberam, três dias após a injeção de STZ, urna dose diária subcutânea de insulina, até o dia do experimento. No dia do experimento, os ratos foram submetidos à anestesia e perfusão cardíaca com solução fixadora (glutaraldeído 2,5%). Em seguida, os nervos frênicos direito e esquerdo, foram dissecados e os segmentos proximal e distal, preparados para o estudo em microscopia de luz. A morfometria foi realizada com o auxílio de um sistema de análise de imagens e levou em consideração área e diâmetro fasciculares, número de fibras mielínicas e sua densidade, e número de núcleos de células de Schwann e sua densidade. Área e diâmetro das fibras mielínicas e seus respectivos axônios também foram investigados. A comparação foi feita entre os segmentos, lados e grupos e as diferenças foram consideradas significativas quando p <0,05. Nossos resultados mostram que existem alterações na morfologia e morfometria dos fascículos e dos axônios mielinizados do nervo frênico em animais diabéticos, especialmente nos segmentos distais, nos animais do grupo agudo. Essas alterações se intensificaram nos animais do grupo crônico, atingindo os segmentos proximais. O tratamento com insulina impediu essas alterações. Estes resultados indicam a presença de uma neuropatia diabética do nervo frênico nesse modelo experimental que é progressivo de distal para proximal.
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O objetivo do presente estudo foi investigar os parâmetros morfométricos do nervo frênico no diabetes experimental agudo e crônico e os efeitos do tratamento com insulina sobre a morfologia e a morfometria das fibras e dos fascículos desse nervo. Ratos Wistar machos receberam uma única injeção intravenosa de estreptozotocina (40mg/kg) 15 dias (N = 6) ou 12 semanas (N = 6) antes dos experimentos. Ratos controles (N = 6 para cada grupo) receberam igual volume de solução tampão citrato. Ratos tratados com insulina (N = 6 para cada grupo) receberam, três dias após a injeção de STZ, urna dose diária subcutânea de insulina, até o dia do experimento. No dia do experimento, os ratos foram submetidos à anestesia e perfusão cardíaca com solução fixadora (glutaraldeído 2,5%). Em seguida, os nervos frênicos direito e esquerdo, foram dissecados e os segmentos proximal e distal, preparados para o estudo em microscopia de luz. A morfometria foi realizada com o auxílio de um sistema de análise de imagens e levou em consideração área e diâmetro fasciculares, número de fibras mielínicas e sua densidade, e número de núcleos de células de Schwann e sua densidade. Área e diâmetro das fibras mielínicas e seus respectivos axônios também foram investigados. A comparação foi feita entre os segmentos, lados e grupos e as diferenças foram consideradas significativas quando p <0,05. Nossos resultados mostram que existem alterações na morfologia e morfometria dos fascículos e dos axônios mielinizados do nervo frênico em animais diabéticos, especialmente nos segmentos distais, nos animais do grupo agudo. Essas alterações se intensificaram nos animais do grupo crônico, atingindo os segmentos proximais. O tratamento com insulina impediu essas alterações. Estes resultados indicam a presença de uma neuropatia diabética do nervo frênico nesse modelo experimental que é progressivo de distal para proximal.There are literature reports on phrenic nerve palsy in diabetic patients but the etiology of these palsies is still controversial. There are no literature descriptions on the morphology of the phrenic nerves in diabetic patients. Nevertheless, there are few reports pointing that the phrenic nerve morphology and function are impaired in experimental models of diabetes. The aim of the present study was to investigate the morphometric parameters of the phrenic nerve in short term and long term experimental diabetes and the effects of the insulin treatment on the morphology and morphometry of the phrenic nerve fascicles and myelinated fibers. Male Wistar rats received a single intravenous injection of streptozotocin (40mg/Kg) 15 days (N=6) or 12 weeks (N=6) before the experiments. Controls rats (N=6 for each group) received citrate buffer (vehicle). Insulin treated rats (N=6 for each group) received a single subcutaneous injection of insulin beginning 3 days after the STZ injection, on a daily basis On the experimental day, rats were submitted to anesthesia and cardiac perfusion with fixative solution (glutaraldehyde 2.5%). Afterwards, right and left phrenic nerves dissected and the proximal and distal segments prepared for light microscopy study. Morphometry was performed with the aid of computer software and took into consideration the fascicle area and diameter, number of myelinated fibers and their density, number of Schwann cell nuclei and their density. Area and diameter of myelinated fibers and their respective axons were also investigated. Comparison was made between segments, sides and groups and differences were considered significant when p < 0.05. Our results show that there are morphometric differences between the fascicles and myelinated fibers and axons of the phrenic nerves in diabetic animals, particularly on the distal segments, in the acute group. These alterations intensified on the chronic diabetic group, affecting the proximal segments. Insulin treatment prevented these alterations. These results indicated the presence of a diabetic neuropathy of the phrenic nerve in this animal model of experimental diabetes, that is progressive from proximal to distal (\"dying back\" neuropathy).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFazan, Valeria Paula SassoliAlcantara, Adriana Cristina Licursi de2011-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-06092024-112739/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-09-06T15:39:02Zoai:teses.usp.br:tde-06092024-112739Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-09-06T15:39:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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