Avaliação de métodos e escalas de trabalho para determinação de risco de erosão em bacia hidrográfica utilizando Sistema de Informações Geográficas (SIG)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ranieri, Simone Beatriz Lima
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-31072024-114148/
Resumo: A determinação do risco de erosão e a previsão das perdas de terra decorrentes deste processo são importantes subsídios para o planejamento agrícola e ambiental de uma região. Por sua vez, há uma tendência crescente de busca de abordagens metodológicas que diminuam a subjetividade na elaboração de critérios para geração de mapas de risco de erosão. Esta tendência vem fazendo com que os trabalhos recentes utilizem modelos matemáticos de previsão de perda de terra ou modelos para a geração de mapas finais de risco. Todavia, a carência de trabalhos que discutam os critérios para a escolha de métodos faz com que esta normalmente seja intuitiva, levando em consideração principalmente a disponibilidade ou não de material básico. Outra dificuldade comumente encontrada no planejamento agrícola e ambiental é a escolha da escala de trabalho. A falta de discussão e de subsídios para esta decisão pode levar a um dispêndio desnecessário de materiais e mão-de-obra, aumentando significativamente o custo final do projeto. Por sua vez, a escolha incorreta da escala ou método pode ser a principal fonte de erros nos resultados finais em planejamento. Em vista destas problemáticas o presente trabalho pretendeu analisar e discutir métodos e escalas de trabalho para a obtenção de mapas de risco de erosão na Bacia Hidrográfica do Ribeirão dos Marins (Piracicaba-SP), com o objetivo de avaliar a adequação de cada método e escala em função dos objetivos do estudo, da dimensão da área e do custo para a obtenção de informações. Utilizou-se um método quantitativo, com uso da Equação Universal de Perda de Solo (EUPS), e um qualitativo, baseado em mapas pedológicos, planialtimétricos e de uso da terra, para a geração de mapas de risco de erosão, ambos em escalas distintas, denominadas detalhada e generalizada. Os mapas básicos e de risco de erosão foram comparados via Sistema de Informações Geográficas (SIG/ \"software\" Idrisi) com relação às áreas totais e à sobreposição espacial, para a verificação das similaridades ocorridas entre escalas e/ou métodos. Os custos para a obtenção dos mapas básicos e finais para os diferentes métodos e escalas também foram determinados. Nos dois métodos não houve diferença significativa quanto à escala de trabalho, tanto para os mapas básicos quanto para os mapas de risco de erosão. Quanto aos métodos, houve diferença significativa entre os mapas de risco de erosão em ambas as escalas. Os resultados mostraram que o maior acréscimo nos custos dos mapas finais ocorreram na mudança de escalas de trabalho e não na alteração de métodos. Desta forma, o principal fator a ser considerado na escolha da abordagem metodológica é a própria confiabilidade no método e não o acréscimo no custo quando se passa a trabalhar com modelos matemáticos como a EUPS. Por sua vez, as limitações encontradas no método quantitativo ao longo do processo da estimativa de perda de solo levam à necessidade de testá-lo melhor antes que seja adotado com a finalidade de gerar mapas de risco de erosão para bacias hidrográficas. O método qualitativo foi considerado mais adequado para áreas com as características e dimensões da bacia estudada e com o objetivo de planejamento de uso e ocupação do solo.
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Todavia, a carência de trabalhos que discutam os critérios para a escolha de métodos faz com que esta normalmente seja intuitiva, levando em consideração principalmente a disponibilidade ou não de material básico. Outra dificuldade comumente encontrada no planejamento agrícola e ambiental é a escolha da escala de trabalho. A falta de discussão e de subsídios para esta decisão pode levar a um dispêndio desnecessário de materiais e mão-de-obra, aumentando significativamente o custo final do projeto. Por sua vez, a escolha incorreta da escala ou método pode ser a principal fonte de erros nos resultados finais em planejamento. Em vista destas problemáticas o presente trabalho pretendeu analisar e discutir métodos e escalas de trabalho para a obtenção de mapas de risco de erosão na Bacia Hidrográfica do Ribeirão dos Marins (Piracicaba-SP), com o objetivo de avaliar a adequação de cada método e escala em função dos objetivos do estudo, da dimensão da área e do custo para a obtenção de informações. Utilizou-se um método quantitativo, com uso da Equação Universal de Perda de Solo (EUPS), e um qualitativo, baseado em mapas pedológicos, planialtimétricos e de uso da terra, para a geração de mapas de risco de erosão, ambos em escalas distintas, denominadas detalhada e generalizada. Os mapas básicos e de risco de erosão foram comparados via Sistema de Informações Geográficas (SIG/ \"software\" Idrisi) com relação às áreas totais e à sobreposição espacial, para a verificação das similaridades ocorridas entre escalas e/ou métodos. Os custos para a obtenção dos mapas básicos e finais para os diferentes métodos e escalas também foram determinados. Nos dois métodos não houve diferença significativa quanto à escala de trabalho, tanto para os mapas básicos quanto para os mapas de risco de erosão. Quanto aos métodos, houve diferença significativa entre os mapas de risco de erosão em ambas as escalas. Os resultados mostraram que o maior acréscimo nos custos dos mapas finais ocorreram na mudança de escalas de trabalho e não na alteração de métodos. Desta forma, o principal fator a ser considerado na escolha da abordagem metodológica é a própria confiabilidade no método e não o acréscimo no custo quando se passa a trabalhar com modelos matemáticos como a EUPS. Por sua vez, as limitações encontradas no método quantitativo ao longo do processo da estimativa de perda de solo levam à necessidade de testá-lo melhor antes que seja adotado com a finalidade de gerar mapas de risco de erosão para bacias hidrográficas. O método qualitativo foi considerado mais adequado para áreas com as características e dimensões da bacia estudada e com o objetivo de planejamento de uso e ocupação do solo.The erosion risk detennination and the soil loss estimation are important subsidies to agricultura! and environmental land use planning. There is a growing tendency searching for methodological approaches that decrease the subjectivity for the criteria elaboration of erosion risk maps. This tendency has done recent works to use mathem,atic models to preview soilloss or to produce final risk maps. However, the lack o f works which discuss cri teria for the methods choice makes it to be usually intuitive, considering mainly the availability ofbasic material. Another difficulty usually found in agricultura! and environmental planning is the work scale choice. The discussion and subsidies lack for this decision can lead to an unnecessary material and labor spent. increasing the project final cost. The wrong scale or method choice may be the main error source o f the planning final results. This work analyzed methods and scales to the obtaining of erosion risk maps at the Marins watershed, located in Brazil (Piracicaba-SP) in order to evaluate each method and scale suitability due to the work objectives, dimension of the area and information costs. A quantitative method using the Universal Soil Loss Equation (USLE) and a qualitative one based on soil, topographic and land use maps to the generation of erosion risk maps were compared. Both in different scales called detailed and generalized. The basic information and the erosion risk maps were compared through Geographic Information System (GIS!Idrisi) in relation to the total area and spatial overlay for verification of similarity between scales ancilor methods. The costs were also compared. There were not significant differences in relation to the two methods and scale, both for the basic and for the erosion risk maps. About the methods there was a significant difference between the erosion risks maps in both scales. The lirnitations observed in the quantitative method for soil loss estimation lead to the necessity of testing it more before its adoption aiming to produce risk erosion maps for watersheds. The qualitative method was considered more adequate to this aim for areas with the characteristics of this watershed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSouza, Marcelo Marini Pereira deRanieri, Simone Beatriz Lima1996-08-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-31072024-114148/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-31T19:11:02Zoai:teses.usp.br:tde-31072024-114148Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-31T19:11:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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