Escalas de variação de comunidades bentônicas de infralitoral em ilhas pertencentes a uma área de proteção ambiental no Sudeste do Brasil: reflexões sobre processos estruturadores e subsídios para monitoramento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Carvalho Lourenço da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-25092015-105147/
Resumo: Como os processos que definem distribuições de espécies operam em diferentes escalas espaciais, abordagens multi-escalares são necessárias para que a variabilidade do sistema seja considerada no desenvolvimento de desenhos amostrais. Estudos sobre padrões espaciais de distribuição são necessários para servir de base para monitoramento e avaliações de impactos. Este trabalho avaliou a variação espacial de comunidades de infralitoral, em costões rochosos de três ilhas na Estação Ecológica dos Tupinambás. Os padrões espaciais foram investigados em quatro escalas, que variam de poucos metros a dezenas de quilômetros. Foram amostradas as profundidades de 1 a 5 e de 5 a 10 metros, no verão e inverno de 2013 e verão de 2014. O recobrimento percentual das unidades biológicas foi extraído a partir de foto-quadrados de 50x50 cm, aleatorizados, seguindo um desenho amostral aninhado. Os dominantes foram analisados individualmente com análise de variância univariada. Algas Calcárias Articuladas (ACA) foram o grupo dominante em todas as ilhas, períodos e profundidades, além de influenciar padrões multivariados, evidenciados pelo PCA. O recobrimento médio de ACA variou de 36% a 89.56%, considerando toda a amostragem. Outros dominantes variaram de acordo com o período e profundidade de coleta, dentre eles, Sargassum sp., Codium intertextum e Asparagopsis taxiformis. Todas as análises multivariadas (PERMANOVA, Pairwise Comparisons e nMDS) revelaram alta variação entre ilhas. Todas as outras escalas apresentaram variabilidade significativa, exceto a de poucos metros. Estimativas de variação revelaram que a variação residual e a entre ilhas foram sempre maiores do que as das outras escalas, confirmando a heterogeneidade intrínseca em pequena escala e a complexidade de comunidades insulares. O monitoramento nesta UC deverá incorporar todas as escalas investigadas.
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