A citricultura na região sul paulista: características e viabilidade econômica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-161152/ |
Resumo: | A citricultura da região sul do Estado de São Paulo teve expressiva participação na economia agrícola paulista, como produtora de fruta de mesa para mercados interno e externo até a década de 40, quando o surto da tristeza de citros e os efeitos da II Guerra Mundial, em detrimento da demanda, provocaram colapso em toda a citricultura paulista. Na 2ª metade da década de cinqüenta, a citricultura se restabeleceu na região centro-norte do Estado, como fornecedora de matéria prima à emergente indústria de suco. Isso não aconteceu com a região sul do Estado, que só experimenta novo impulso com a implantação, em 1988, de um projeto de 3 milhões de pés de citros e um plano de implantação de uma esmagadora de frutas pelo Grupo Votorantim. A partir de então, a região sul paulista vem apresentando expansão em sua área plantada com pomares, possuindo uma distribuição varietal composta de Laranja-pera (45%), Pera-natal (18%), Valência (14%), Harnlin (5%), Ponkã (4%), Murcote (4%) e demais variedades (10%). Para avaliar a viabilidade dessa expansão, foram realizadas análises de investimentos na citricultura, em condições deterministas e de risco (técnica Monte Carlo). Para tanto, foram coletadas informações junto a citricultores, estabelecendo um sistema de produção prevalecente na região, com horizonte temporal estimado em 25 anos. Na análise determinista usou-se 6% a.a., 10% aa. e 20% aa como taxas mínimas de atratividade. Às taxas de desconto de 6% a.a. (comparável ao rendimento real de caderneta de poupança) e 10% a.a. (como aproximação aos juros do crédito rural em termos reais), os investimentos na citricultura se mostraram atrativos, com valor presente atualizado (a dólares de novembro de 97) de US$ 18.25/planta (6% a.a.) e US$ 6.96/planta (10% a.a.) e payback atualizado de 12 e 14 períodos, respectivamente. Já à taxa de desconto de 20% a.a. (aproximação às taxas de mercado), o empreendimento se torna inviável economicamente. Na análise determinista a taxa interna de retorno obtida foi de 14,8% a.a. Para a análise de investimento em condições de risco, com variações nos preços, custos e produtividade, foi obtida uma taxa interna de retorno de 17,3% a.a. À taxa de desconto de 6% a.a. foram obtidos valor atualizado médio de US$ 26.97/planta e payback atualizado médio ao redor de 10 anos. Através do resultados obtidos, a citricultura na região sul paulista mostra-se atrativa aos investimentos em citricultura. |
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