Alterações da microestrutura dos gânglios cervical cranial e trigeminal decorrentes de modelo experimental da Síndrome de Horner

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Débora de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-20122021-125407/
Resumo: A síndrome de Horner (SH) é uma afecção decorrente da lesão ou ruptura da inervação simpática oftálmica. Ocorre em várias espécies animais, inclusive a humana e os sinais clínicos mais comuns são enoftalmia, anisocoria, ptose palpebral e protrusão da terceira pálpebra ipsilateral à lesão. O presente estudo objetivou avaliar possíveis alterações morfoquantitativas decorrentes da SH induzida em ratos Wistar. Foram utilizados 12 ratos machos divididos em três grupos de quatro indivíduos, sendo eles: grupo I (G1): controle, sem indução da SH, grupo II (G2): eutanásia após duas semanas da indução da SH e grupo III (G3): eutanásia após sete semanas da indução. A indução foi realizada cirurgicamente, escolhendo de forma aleatória o antímero da lesão. Para tal, os animais passaram por protocolos anestésicos e analgésicos, e após as cirurgias, semanalmente, por avaliação clínica oftálmica para acompanhamento dos sinais clínicos. Após os tempos determinados de eutanásia, foi realizada coleta do material biológico para posterior avaliação quantitativa (avaliações estereológicas referentes ao volume total, densidade de volume e volume total de neurônios) e qualitativa dos gânglios simpáticos (gânglio cervical cranial) e sensitivos (gânglio trigeminal). Os resultados quantitativos mostraram que não houve diferença significativa entre os volumes dos GCCr e GT, quando comparados com o grupo controle. A respeito da avaliação qualitativa, por meio de avaliação histopatológica, foram observadas algumas alterações, como núcleos picnóticos, citoplasma anguloso, e presença marcante de células satélites nos grupos experimentais. Conclui-se que, a partir deste modelo experimental de SH, não foram encontradas diferenças quantitativas entre os grupos experimentais, tanto no GCCr, quanto no GT, porém, houve diferenças na microestrutura em ambos os gânglios, sendo que os principais achados foram corpos neurônios mortos e maior presença de células satélites.
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