Avaliação dos possíveis efeitos tóxicos do extrato fluido de Casearia sylvestris, em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ameni, Aline Zancheti
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-07032012-161344/
Resumo: A planta Casearia sylvestris, popularmente conhecida como guaçatonga, é comumente utilizada para o tratamento de diversas afecções como queimaduras, ferimentos, herpes labial e genital, distúrbios do trato gastrointestinal, como gastrites, úlceras, gengivites, aftas, halitose; além disto, atribui-se à planta ação cicatrizante, tônica, depurativa, anti-reumática, antiinflamatória, antiofídica, antidiarréica, entre outras. Atualmente, é catalogada como planta medicinal de interesse ao Sistema Único de Saúde no Brasil. Entretanto, até o momento, não haviam estudos relativos à avaliação de sua toxicidade. Assim, o objetivo desta pesquisa foi o de estudar, em ratos, os possíveis efeitos tóxicos da C. sylvestris. Para tal, foram realizados os testes de citotoxicidade com o objetivo de analisar o potencial tóxico das diferentes formas de extração da planta, e estudos pré-clínicos de toxicidade oral aguda, e em doses repetidas, por 28 e 90 dias, realizados de acordo com protocolos preconizados pelas agências reguladoras nacionais (Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA) e internacionais (Organization for Economic Cooperation and Development - OECD) de avaliação de risco para substâncias químicas. No presente estudo, o extrato fluido (EF) de C. sylvestris foi administrado, a ratos, por via oral, através de gavagem, em dose única de 2000mg/kg; ou em doses repetidas, durante 28 ou 90 dias, nas doses 60, 120 e 240mg/kg,. Foram avaliados sinais sistêmicos de toxicidade, ganho de peso e consumo de ração, hemograma completo, avaliação bioquímica (AST, ALT, GGT, ALP, uréia, creatinina, ácido úrico, colesterol, triglicerídes, glicose, albumina, proteínas totais e cloreto), análise macroscópica e histopatológica de órgãos e avaliação do peso relativo dos órgãos linfóides baço e timo e celularidades do baço e medula óssea para averiguar os possíveis efeitos imunotóxicos. Além disso, foi obtido o perfil cromatográfico (fingerprint) utilizando a técnica analítica CLAE/UV. Os resultados mostraram que o EF de C. sylvestris não causou efeitos tóxicos quando administrado em dose única 2000mg/kg no estudo de toxicidade aguda, assim como também não mostrou efeitos sistêmicos de toxicidade ou efeitos imunotóxicos nos estudos em doses repetidas por 28 e 90 dias. Estes dados aqui encontrados permitem sugerir que o EF da C.sylvestris é seguro quando utilizado mesmo prolongadamente. No entanto, outros estudos, como por exemplo, de genotoxicidade e de carcinogenicidade, devem ser realizados para complementar esta etapa de avaliação pré-clínica.
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Assim, o objetivo desta pesquisa foi o de estudar, em ratos, os possíveis efeitos tóxicos da C. sylvestris. Para tal, foram realizados os testes de citotoxicidade com o objetivo de analisar o potencial tóxico das diferentes formas de extração da planta, e estudos pré-clínicos de toxicidade oral aguda, e em doses repetidas, por 28 e 90 dias, realizados de acordo com protocolos preconizados pelas agências reguladoras nacionais (Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA) e internacionais (Organization for Economic Cooperation and Development - OECD) de avaliação de risco para substâncias químicas. No presente estudo, o extrato fluido (EF) de C. sylvestris foi administrado, a ratos, por via oral, através de gavagem, em dose única de 2000mg/kg; ou em doses repetidas, durante 28 ou 90 dias, nas doses 60, 120 e 240mg/kg,. Foram avaliados sinais sistêmicos de toxicidade, ganho de peso e consumo de ração, hemograma completo, avaliação bioquímica (AST, ALT, GGT, ALP, uréia, creatinina, ácido úrico, colesterol, triglicerídes, glicose, albumina, proteínas totais e cloreto), análise macroscópica e histopatológica de órgãos e avaliação do peso relativo dos órgãos linfóides baço e timo e celularidades do baço e medula óssea para averiguar os possíveis efeitos imunotóxicos. Além disso, foi obtido o perfil cromatográfico (fingerprint) utilizando a técnica analítica CLAE/UV. Os resultados mostraram que o EF de C. sylvestris não causou efeitos tóxicos quando administrado em dose única 2000mg/kg no estudo de toxicidade aguda, assim como também não mostrou efeitos sistêmicos de toxicidade ou efeitos imunotóxicos nos estudos em doses repetidas por 28 e 90 dias. Estes dados aqui encontrados permitem sugerir que o EF da C.sylvestris é seguro quando utilizado mesmo prolongadamente. No entanto, outros estudos, como por exemplo, de genotoxicidade e de carcinogenicidade, devem ser realizados para complementar esta etapa de avaliação pré-clínica.Casearia sylvestris Sw commonly known in Brazil as guaçatonga, is currently used to treat many diseases such as burns, wounds, labial and genital herpes, gastrointestinal disorders- gastritis, ulcers, gingivitis, aphthae and halitoses. C.sylvestris has been also used as cicatrizant in skin diseases, blood purifier and general detoxification, anti-inflammatory, antiofidic, diarrhea, among others. In our country it is considered as medicinal plant and for this reason C.sylvestris is catalogued at The Unified Health System (Sistema Único de Saúde - SUS) as a plant of interest for Brazilian population .However, no toxicological studies concerned the safety of extract fluid of this plant have been reported. Thus, the aim of this study was to evaluate the possible toxic effects of fluid extract (EF) of C. sylvestris. For this, it was performed citotoxicity tests in order to analyze the toxic potential of different extracts of the plant. It was also performed preclinical studies, in rats, according the guidelines proposed by National Health Surveillance Agency (Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA) and OECD (Organization for Economic Cooperation and Development) being performed the following tests: acute oral toxicity and repeated dose 28 and 90-day. The EF of C. sylvestris was administered by gavage at a single dose of 2000 mg/kg, or during 28 and 90 days with doses 60, 120 e 240mg/kg. It was evaluated systemic signs of toxicity, body weights and food consumption, hematology, serum biochemistry (AST, ALT, GGT, ALP, urea: creatinine, uric acid cholesterol, triglycerides, glucose, albumin, total proteins, and chloride) macroscopic and histopathological analysis of different organs and evaluation of relative weight of lymphoid organs, spleen and thymus and the cellularity of spleen and bone marrow to investigated the possible immunotoxic effects. We also obtained the fingerprint chromatogram of C. sylvestris, using CLAE/UV. The results showed that there were no toxic effects by the EF when administered as a single dose at 2000mg/kg in acute toxicity study, as well as showed no systemic effects of toxicity or immunotoxic effects in studies with repeated doses of 28 and 90 days. This data suggest that the EF of the plant is safety even used for long period. However, other studies, eg, genotoxicity and carcinogenicity studies should be performed to complement the preclinical evaluation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGórniak, Silvana LimaAmeni, Aline Zancheti2011-07-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-07032012-161344/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:32Zoai:teses.usp.br:tde-07032012-161344Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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