Duas décadas de educomunicação - da crítica ao espetáculo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-24032012-102952/ |
Resumo: | O modo como educadores, comunicadores e profissionais ou pesquisadores ad-vindos das mais variadas áreas do conhecimento concebem a Educomunicação nascida no espaço da pesquisa na Universidade de São Paulo é essencial para a legitimação desta nova área da ciência. São agentes que inter-relacionam os campos da comunicação e da educação, agem intervindo em espaços da educação formal, não-formal e informal, transformam sujeitos que estão em fase cognitiva e alteram realidades em uma sociedade permanentemente impactada pela tecnologia. A práxis de tais educomunicadores, quando analisada, mostra que este conhecimento constituído é, ao mesmo tempo, saber popular e saber científico. Ou seja, a Educomunicação anterior à fase de sua legitimação continua a ocorrer sem que seus fundamentos sejam atribuídos a parâmetros e paradigmas. Surgem, daí, outras nomenclaturas para o mesmo processo que reúne senso comum e saber científico. O ponto de referência para isso são as pesquisas desenvolvidas a partir do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes da USP que reuniram, em dissertações e teses, conteúdo teórico basilar para que o conceito de Educomunicação fosse constituído, no final dos anos 1990, como campo científico emergente. Nos anos que se seguiram essas reflexões iniciadas na pesquisa empírica passaram a fazer parte de projetos desenvolvidos em quase todos os Estados brasileiros. Pesquisadores da inter-relação comunicação/educação relacionavam, assim, suas práticas à Educomunicação conceituada pela ECA/USP, transformavam tais experiências em relato científico e apresentavam o resultado em papers inscritos nos congressos nacionais anuais da Intercom. Esse movimento de adesão ao conceito provoca situações em que (1) as mais variadas experiências de produção midiática em escolas são atribuídas à Educomunicação e (2) práticas que correspondem aos preceitos do novo campo da Educomunicação conceituado pela USP são denominadas de outras maneiras por seus autores, como, por exemplo, comunicação/educação, mídia-educação, mídia educativa, educomídia, entre outros pseudônimos. O posto, contudo, de campo científico legitimado, com regras e tensões internas, próprias, é da Educomunicação, que em 2011 dá nome a dois cur-sos de graduação, na USP e na Universidade Federal de Campina Grande/PB. São conclusões de uma investigação científica edificada nos métodos qualitativos e quantitativos, resultado do debruçar sobre os bancos de dados (a) do Programa de Pós-graduação da ECA/USP, onde estão as dissertações e teses que focaram o objeto da inter-relação comunicação/educação, e (b) da Intercom, cujos congressos nacionais anuais reuniram o que foi produzido e atribuído à Educomunicação e outras nomenclaturas que concebem igual objeto. Isso tudo compreendido no espaço-tempo de duas décadas, desde os ensaios do conceito, suas críticas internas e externas, até o espetáculo da reprodução. |
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Duas décadas de educomunicação - da crítica ao espetáculoTwo decades of Educommunication: From criticism to showCommon senseCommunicationComunicaçãoCulturaCultureEducaçãoEducationEducommunicationEducomunicaçãoSenso-comumO modo como educadores, comunicadores e profissionais ou pesquisadores ad-vindos das mais variadas áreas do conhecimento concebem a Educomunicação nascida no espaço da pesquisa na Universidade de São Paulo é essencial para a legitimação desta nova área da ciência. São agentes que inter-relacionam os campos da comunicação e da educação, agem intervindo em espaços da educação formal, não-formal e informal, transformam sujeitos que estão em fase cognitiva e alteram realidades em uma sociedade permanentemente impactada pela tecnologia. A práxis de tais educomunicadores, quando analisada, mostra que este conhecimento constituído é, ao mesmo tempo, saber popular e saber científico. Ou seja, a Educomunicação anterior à fase de sua legitimação continua a ocorrer sem que seus fundamentos sejam atribuídos a parâmetros e paradigmas. Surgem, daí, outras nomenclaturas para o mesmo processo que reúne senso comum e saber científico. O ponto de referência para isso são as pesquisas desenvolvidas a partir do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes da USP que reuniram, em dissertações e teses, conteúdo teórico basilar para que o conceito de Educomunicação fosse constituído, no final dos anos 1990, como campo científico emergente. Nos anos que se seguiram essas reflexões iniciadas na pesquisa empírica passaram a fazer parte de projetos desenvolvidos em quase todos os Estados brasileiros. Pesquisadores da inter-relação comunicação/educação relacionavam, assim, suas práticas à Educomunicação conceituada pela ECA/USP, transformavam tais experiências em relato científico e apresentavam o resultado em papers inscritos nos congressos nacionais anuais da Intercom. Esse movimento de adesão ao conceito provoca situações em que (1) as mais variadas experiências de produção midiática em escolas são atribuídas à Educomunicação e (2) práticas que correspondem aos preceitos do novo campo da Educomunicação conceituado pela USP são denominadas de outras maneiras por seus autores, como, por exemplo, comunicação/educação, mídia-educação, mídia educativa, educomídia, entre outros pseudônimos. O posto, contudo, de campo científico legitimado, com regras e tensões internas, próprias, é da Educomunicação, que em 2011 dá nome a dois cur-sos de graduação, na USP e na Universidade Federal de Campina Grande/PB. São conclusões de uma investigação científica edificada nos métodos qualitativos e quantitativos, resultado do debruçar sobre os bancos de dados (a) do Programa de Pós-graduação da ECA/USP, onde estão as dissertações e teses que focaram o objeto da inter-relação comunicação/educação, e (b) da Intercom, cujos congressos nacionais anuais reuniram o que foi produzido e atribuído à Educomunicação e outras nomenclaturas que concebem igual objeto. Isso tudo compreendido no espaço-tempo de duas décadas, desde os ensaios do conceito, suas críticas internas e externas, até o espetáculo da reprodução.The way how educators, communicators, and professionals and researchers of the most varied fields of knowledge understand Educommunication brought up in the field of research at Universidade de São Paulo is essential for the legitimacy of that new field of science. They are agents who interrelate the fields of communication and education, they act intervening in spaces of formal, non-formal and informal education, transforming subjects who are in cognitive phase and change realities in a society permanently impacted by technology. When analyzed, the praxis of such educommunicators, shows that such knowledge is at the same time composed of popular knowledge and scientific know how. That is, the Educommunication previous to its legitimacy phase continues to be carried out without attributing its principles to parameters and paradigms. Thus, from that condition other terminologies arise for the same process which combines common sense and scientific know how. The reference points for that are the researches developed at Núcleo de Comunicação e Educação of Escola de Comunicações e Artes at USP which collects dissertations and theses, comprising basic theoretical content so that the Educommunication concept was developed at the end of the 1990s, as an emerging scientific field. Some years later such reflections, starting from empiric researches, became part of the projects developed in almost all the Brazilian states. Researchers into the communica-tion/education interrelationship reported their practices to the Educommunication ap-praised by ECA/USP, they changed such experiences into scientific report and presented their results in papers produced for intercom annual national congresses. Such an adherence movement to the concept brings about situations in which (a) the most varied experiences in media production in schools are assigned to Educommunication and (b) practices corresponding to the precepts of the new field of Educommunication appraised by USP are called otherwise by authors as, for example, communication/education, media-education, educative media, educomedia, among other pseudonyms. However, the condition of legitimized scientific field, with its own rules and internal tensions, is the one called Educommunication, which in 2011 assigns names to two graduate courses, at USP and at Universidade Federal de Campina Grande/PB. These are some conclusions drawn from scientific research based on qualitative and quantitative methods, resulted from databank enquiry into (1) Graduate Study Program at ECA/USP, in which one collects dissertations and theses focusing on the subject of the communication/education interrelationship, and (2) intercom, whose annual national congresses have collected what has been produced, and assigned to Educommunication and other similar terminologies which deal with the same subject. All that comprised into the space-time of two decades, from essays on the concept, its internal and external criticism to the reproduction show.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSoares, Ismar de OliveiraMessias, Claudio2011-11-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-24032012-102952/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-24032012-102952Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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