Um exame pragmático do uso de enunciados proverbiais nas interações verbais correntes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1989 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-19122022-123224/ |
Resumo: | Examina-se neste trabalho, através de um enfoque pragamático, o uso, nas interações verbais correntes da linguagem oral, de certas estruturas linguísticas pré-padronizadas, fixas ou cristalizadas, reconhecidas pelos usuários da língua como enunciados proverbiais. Essa análise se apoia nos princípios teóricos relativos aos atos de linguagem, em algumas adjunções que Alain Berrendonner propõe quanto a esses princípios, em sua teoria das menções como fatos metaenunciativos e, finalmente, em uma \"nova teorização\" sobre os enunciados proverbiais que vem privilegiando seu uso no discurso. Observou-se um corpus constituído de registros de ocorrências de E.P. durante interações verbais, orais. Constatou-se que, nos atos realizados na linguagem, por meio do enunciado proverbial, são, muitas vezes, os efeitos perlocucionais, ressentidos pelo enunciatário, que permitem identificar ou desambigiiizar alguns dos valores ilocucionais desse ato. Constatou-se uma gama variada de efeitos positivos (agradar, divertir, estabelecer elos comuns, demonstrar solidariedade, etc.) e negativos (satirizar, ironizar, criticar, advertir, ameaçar, ofender, etc.), com seus valores ilocucionais correspondentes. Como outros resultados identificou-se um conjunto de funções peculiares ao uso dos enunciados em questão: a de economia de linguagem, a argumentativa ou retórica, a emblemática, etc.. Essas funções determinam a opção, consciente ou inconsciente pelo enunciado proverbial, em contextos, nos quais, aparentemente, os diversos outros modos de expressão linguística não são tão eficientes quanto aos resultados que se deseja obter pelo uso da linguagem |
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