A Faixa Alto Rio Grande na região de Amparo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peloggia, Alex Ubiratan Goossens
Data de Publicação: 1990
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-09102014-154933/
Resumo: Os terrenos da Faixa Alto Rio Grande na Região de Amparo (SP) apresentam duas associações geológicas principais: a. Rochas ortognáissico-migmatíticas (Complexo Amparo, de idade Arqueana/Proterozóica Inferior), com intercalações de anfibolitos e que englobam uma Associação Máfico-Ultramáfica (Arcadas). Os anfibolitos associados aos ortognaisses são rochas meta-ígneas de afinidade toleítica enriquecidas em elementos litófilos de íon grande, correspondendo provavelmente a rochas sub-vulcânicas colocadas na forma de diques nos terrenos ortognáissicos, associando-se talvez a uma fase tectônica distensiva. A associação Máfico-Ultramáfica de Arcadas constitui um corpo internamente estratificado no qual distinguem-se uma porção orto-derivada (xistos ultramáficos e anfibolitos homogêneos), composta por rochas meta-ígneas magnesianas de características geoquímicas komatiíticas, e uma porção para-derivada ou híbrida (anfibolitos bandados), constituída por prováveis misturas de sedimentos carbonáticos e pelíticos e/ou tufáceos, e ainda tendo intercalação de Ientes de rochas meta-sedimentares. b. Rochas Supracrustais (Proterozóico Médio), constituindo um conjunto xisto-quartzítico (Xistos Fazenda Bela Vista e Quartzitos Serra dos Feixos), proximal ao paleo-continente, que corresponde lateralmente a um conjunto gnáissico-calciossilicático (Gnaisses Ribeirão do Pantaleão e Duas Pontes); associa-se um magmatismo ácido pré-orogênico (o corpo granítico tabular da \"Unidade dos Gnaisses Graníticos\"). Os Xistos fazenda Bela Vista incluem aproximadamente 400m de sillimanita-mica xistos e quartzo-xistos, com intercalações de quartzitos, rochas cálcio-silicáticas, biotita-gnaisses e anfibólio gnaisses bandados, em contato com a Associação de Arcadas e Ortognaisses do Complexo Amparo a Sudeste e Sul. Os Quartzitos Serra dos Feixos incluem aproximadamente 300m de quartzitos maciços ou placosos, micáceos e localmente arcoseanos, com intercalações de níveis de mica-quartzo xistos e meta-sedimentos bandados. Os Gnaisses Ribeirão do Pantaleãq mostram como tipo litológico característico os granada-biotita-plagioclásio gnaisses cinzentos, com intercalações de quartzitos, mica-xistos, gnaisses quartzosos, quartzitos impuros, sequências bandadas, quartzitos manganesíferos e ferruginosos e anfibolitos. Quimicamente parecem tratar-se predominantemente de grauvacas, derivadas de rochas cálcio-aIcalinas intermediárias. Os Gnaisses Duas Pontes são rochas cálcio-siIicáticas bandadas (meta-margas), a clinopiroxênio, K-feldspato, plagioclásio, quartzo e hornblenda predominantes. A espessura chega a 250m. Os Gnaisses Graníticos são ortognaisses a biotita, hornblenda e magnetita, constítuindo um corpo tabular de 350 a 500 m de espessura, com intercalações (enclaves?) de xistos ultramáflcos e anfibolitos. As unidades são englobadas em nappes de dobramento com vergência par a NW, desenvolvidas na fase deformacional D2 (que se superimpõe à fase D1, responsáveI por transporte tectônico das supracrustais sobre os ortognaisses) sob condições metamórficas de médio grau e pressões intermediárias; tais estruturas são redobradas ainda durante o transporte para NW em condições metamórficas mais brandas ( fase D3 ), e tardiamente em condições pós-metamórficas. Não ocorrem granitos pós-tectônicos.
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A associação Máfico-Ultramáfica de Arcadas constitui um corpo internamente estratificado no qual distinguem-se uma porção orto-derivada (xistos ultramáficos e anfibolitos homogêneos), composta por rochas meta-ígneas magnesianas de características geoquímicas komatiíticas, e uma porção para-derivada ou híbrida (anfibolitos bandados), constituída por prováveis misturas de sedimentos carbonáticos e pelíticos e/ou tufáceos, e ainda tendo intercalação de Ientes de rochas meta-sedimentares. b. Rochas Supracrustais (Proterozóico Médio), constituindo um conjunto xisto-quartzítico (Xistos Fazenda Bela Vista e Quartzitos Serra dos Feixos), proximal ao paleo-continente, que corresponde lateralmente a um conjunto gnáissico-calciossilicático (Gnaisses Ribeirão do Pantaleão e Duas Pontes); associa-se um magmatismo ácido pré-orogênico (o corpo granítico tabular da \"Unidade dos Gnaisses Graníticos\"). Os Xistos fazenda Bela Vista incluem aproximadamente 400m de sillimanita-mica xistos e quartzo-xistos, com intercalações de quartzitos, rochas cálcio-silicáticas, biotita-gnaisses e anfibólio gnaisses bandados, em contato com a Associação de Arcadas e Ortognaisses do Complexo Amparo a Sudeste e Sul. Os Quartzitos Serra dos Feixos incluem aproximadamente 300m de quartzitos maciços ou placosos, micáceos e localmente arcoseanos, com intercalações de níveis de mica-quartzo xistos e meta-sedimentos bandados. Os Gnaisses Ribeirão do Pantaleãq mostram como tipo litológico característico os granada-biotita-plagioclásio gnaisses cinzentos, com intercalações de quartzitos, mica-xistos, gnaisses quartzosos, quartzitos impuros, sequências bandadas, quartzitos manganesíferos e ferruginosos e anfibolitos. Quimicamente parecem tratar-se predominantemente de grauvacas, derivadas de rochas cálcio-aIcalinas intermediárias. Os Gnaisses Duas Pontes são rochas cálcio-siIicáticas bandadas (meta-margas), a clinopiroxênio, K-feldspato, plagioclásio, quartzo e hornblenda predominantes. A espessura chega a 250m. Os Gnaisses Graníticos são ortognaisses a biotita, hornblenda e magnetita, constítuindo um corpo tabular de 350 a 500 m de espessura, com intercalações (enclaves?) de xistos ultramáflcos e anfibolitos. As unidades são englobadas em nappes de dobramento com vergência par a NW, desenvolvidas na fase deformacional D2 (que se superimpõe à fase D1, responsáveI por transporte tectônico das supracrustais sobre os ortognaisses) sob condições metamórficas de médio grau e pressões intermediárias; tais estruturas são redobradas ainda durante o transporte para NW em condições metamórficas mais brandas ( fase D3 ), e tardiamente em condições pós-metamórficas. Não ocorrem granitos pós-tectônicos.The Alto Rio Grande Belt in Amparo region (State of São Paulo, Brazil) comprises two main geologic associations: -Migmatitic-orthogneissic rocks (Archean/Early Proterozoic), which encloses amphibolite intercalations metatholeiitic basic igneous rocks) and a Mafic-Ultramafic Association (a probable volcano-sedimentary sequence with komatiitic geochemical character and uncertain stratigraphic position). -Supracrustal rocks (Middle Proterozoic), made up of a schist-quartzite group (Fazenda Bela Vista Schists and Serra dos Feixos Quartzites), representing a deposition proximal to a paleo-continental margin, grading laterally to a gneissic-calcilicatic distal group (Ribeirão do pantaleão Gneisses and Duas Pontes Clacsilicatic rocks), deposited in a deeper portion of the basin. A pre-tectonic acid, magmatism is represented by a metamorphosed magnetite and hornblende-be aring granitic sill. These supracrustal units ocuur as folded nappes with northwestward tectonic transport, which were developed during the D2 deformational phase (the D1 phase is associated with a tectonic dislocation of the Supracrustal Sequence over the migmatites). The metamorphic conditions of these deformation phases were of medium grade under intermedite pressure. Refolding of the structures ocurred, under weaker metamorphic conditions, still with northwestward tectonic transport and later yet under post-metamorphic conditions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBasei, Miguel Angelo StippPeloggia, Alex Ubiratan Goossens1990-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-09102014-154933/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-09102014-154933Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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