Eventos adversos das próteses metálicas autoexpansíveis esofágicas em pacientes com doença maligna avançada e sobrevida superior a 6 meses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-17042019-095236/ |
Resumo: | Introdução: as próteses metálicas autoexpansíveis (PMAE) são consideradas a melhor forma de tratamento paliativo da disfagia para pacientes com câncer avançado de esôfago. Os eventos adversos (EA) são uma grande preocupação, especialmente em pacientes com melhor prognóstico e maior sobrevida. O presente estudo teve como objetivo avaliar os EA de pacientes que sobreviveram por mais de 6 meses com a prótese esofágica no local. Métodos: análise retrospectiva de um banco de dados coletado prospectivamente incluindo todos os pacientes submetidos à colocação de prótese esofágica para o tratamento paliativo de doenças malignas e que permaneceram com a prótese por mais de 6 meses, durante o período de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2014 em um centro acadêmico terciário. Resultados: sessenta e três pacientes foram incluídos. O seguimento médio foi de 10,7 meses. O sucesso clínico foi alcançado em todos os pacientes e a mediana da patência da prótese foi de 7,1 meses. Eventos adversos ocorreram em 40 pacientes (63,5%), totalizando 62 EA (média de 1,5 EA por paciente). O manejo endoscópico dos EA foi bemsucedido em 84,5% dos casos, com uma média de 1,6 reintervenções por paciente. A análise univariada revelou que a capacidade funcional, a idade e a radioterapia pós-prótese apresentaram tendência ao maior risco de EA. A análise multivariada revelou que apenas a capacidade funcional foi associada a EA (p = 0,025; HR = 4,1). Conclusão: eventos adversos são comuns em pacientes com prótese metálica de esôfago por período prolongado para paliação de doenças malignas. No entanto, o evento adverso não foi relacionado com maior taxa de mortalidade, e a maioria das complicações pôde ser manejada endoscopicamente com sucesso. Apenas a capacidade funcional foi um fator de risco para os EA. Os presentes dados sugerem que a prótese metálica é uma opção válida para a paliação de condições esofágicas malignas, mesmo quando se espera sobrevida maior que 6 meses |
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Eventos adversos das próteses metálicas autoexpansíveis esofágicas em pacientes com doença maligna avançada e sobrevida superior a 6 mesesAdverse events of self-expandable esophageal metallic stents in patients with long-term survial from advanced malignant diseaseAssistência de longa duraçãoCuidados paliativosEfeitos adversos de longa duraçãoEsophageal neoplasmsLong term adverse effectsLongterm careNeoplasias esofágicasPalliative careProstheses and implantsPróteses e implantesStentsStentsIntrodução: as próteses metálicas autoexpansíveis (PMAE) são consideradas a melhor forma de tratamento paliativo da disfagia para pacientes com câncer avançado de esôfago. Os eventos adversos (EA) são uma grande preocupação, especialmente em pacientes com melhor prognóstico e maior sobrevida. O presente estudo teve como objetivo avaliar os EA de pacientes que sobreviveram por mais de 6 meses com a prótese esofágica no local. Métodos: análise retrospectiva de um banco de dados coletado prospectivamente incluindo todos os pacientes submetidos à colocação de prótese esofágica para o tratamento paliativo de doenças malignas e que permaneceram com a prótese por mais de 6 meses, durante o período de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2014 em um centro acadêmico terciário. Resultados: sessenta e três pacientes foram incluídos. O seguimento médio foi de 10,7 meses. O sucesso clínico foi alcançado em todos os pacientes e a mediana da patência da prótese foi de 7,1 meses. Eventos adversos ocorreram em 40 pacientes (63,5%), totalizando 62 EA (média de 1,5 EA por paciente). O manejo endoscópico dos EA foi bemsucedido em 84,5% dos casos, com uma média de 1,6 reintervenções por paciente. A análise univariada revelou que a capacidade funcional, a idade e a radioterapia pós-prótese apresentaram tendência ao maior risco de EA. A análise multivariada revelou que apenas a capacidade funcional foi associada a EA (p = 0,025; HR = 4,1). Conclusão: eventos adversos são comuns em pacientes com prótese metálica de esôfago por período prolongado para paliação de doenças malignas. No entanto, o evento adverso não foi relacionado com maior taxa de mortalidade, e a maioria das complicações pôde ser manejada endoscopicamente com sucesso. Apenas a capacidade funcional foi um fator de risco para os EA. Os presentes dados sugerem que a prótese metálica é uma opção válida para a paliação de condições esofágicas malignas, mesmo quando se espera sobrevida maior que 6 mesesBackground and Aims: self-expandable metallic stents (SEMS) are considered the best palliative treatment of dysphagia for patients with advanced esophageal cancer. Adverse events (AE) are a major concern, especially in patients with better prognosis and longer survival. The present study aimed to evaluate the AE of patients who survived longer than 6 months with esophageal stents in place. Methods: retrospective analysis of a prospectively collected database including all patients submitted to esophageal stent placement for the palliation of malignant diseases, during the period from February 2009 to February 2014 at a tertiary-care academic center, who remained with the stent longer than 6 months. Results: sixtythree patients were included. Mean follow-up was 10,7 months. Clinical success was achieved in all patients, and the median stent patency was 7,1 months. Adverse events occurred in 40 patients (63.5%), totaling 62 AE (mean 1.5 AE per patient). Endoscopic management of AE was successful in 84.5% of cases, with a mean of 1.6 re-interventions per patient. The univariate analysis revealed that performance status, age and post-stent radiotherapy presented a trend to higher risk of AE. The multivariate analysis revealed that only performance status was associated with AE (p = 0,025; HR = 4.1). Conclusions: AE are common in patients with long-term esophageal stenting for malignancy. However, AE was not related to higher mortality rate, and most complications could be successfully managed by endoscopy. Only performance status was a risk factor for AE. Our data suggest that metallic stenting is a valid option for the treatment of malignant esophageal conditions, even when survival longer than 6 months is expectedBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMaluf Filho, FauzeMedeiros, Vitor de Sousa2019-02-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-17042019-095236/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:55:15Zoai:teses.usp.br:tde-17042019-095236Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:55:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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