Utilização de DGPS como guia para distribuidores a lanço

• Autor(a) principal: Ruiz, Edmilson Renato Silva
• Data de Publicação: 1999
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11148/tde-20220208-111145/
• topic: AGRICULTURA DE PRECISÃO; INSUMOS AGRÍCOLAS; SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL DIFERENCIAL

A aplicação de insumos a lanço guiada por barra de luz governada por DGPS é uma prática inédita na agricultura brasileira. O presente trabalho se propõe a quantificar o erro no deslocamento no campo de um conjunto trator mais aplicador a lanço com e sem o uso deste recurso. Os objetivos do trabalho foram: a) levantar as curvas de deposição transversal de um distribuidor a lanço de mercado; b) desenvolver uma metodologia para medir o erro no deslocamento guiado por DGPS e aplicá-la em ensaios de campo; c) quantificar a qualidade de deposição considerando o erro de posicionamento da barra de luz e o sistema convencional sem orientação. A primeira etapa do trabalho visou caracterizar as curvas de deposição transversal de um distribuidor de arrasto, de mercado, para os quatro produtos: calcário, uréia, aveia e adubo granular. Os ensaios foram realizados seguindo a norma ISO 5690/1, em duas velocidades de trabalho: 2,20 m S-1 e 3,75 m S-1. Os dados foram obtidos pela passagem do distribuidor sobre os coletores dispostos lado a lado. Com a utilização do programa Adulanço 2.0, foram feitas análises para a determinação do coeficiente de variação como função da largura efetiva. A segunda etapa do trabalho visou propor e testar uma metodologia de campo para se determinar a qualidade de alinhamento e paralelismo no deslocamento de um trator guiado por DGPS, comparando-o com o deslocamento sem orientação. Para a demarcação dos percursos utilizou-se uma barra porta ferramentas suportando um disco de corte liso que fazia a demarcação do solo. Em percursos de 200 m o operador se localizava através de uma linha base com estacas a cada 50 m. Após a passagem pela linha base o operador realizava três novas passadas com espaçamento de 5 m, simulando uma aplicação. Após a passagem do conjunto marcando o solo, utilizou-se um teodolito para fazer a marcação de uma reta de 200 m. Com urna trena fez-se marcações a cada 10 m, totalizando 20 pontos. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, utilizando um fatorial 2 x 2 para velocidade (2,20 m S-1 e 3,75 m S-1) e equipamento ( com DGPS e sem DGPS), em cinco blocos representados por 5 operadores e quatro tratamentos, totalizando 20 parcelas. A terceira etapa consistiu em quantificar a qualidade de deposição dos diferentes produtos com base nas curvas de deposição e erro de deslocamento utilizando ou não a barra de luz. Através do levantamento das curvas de deposição transversal, observou-se que com o aumento da velocidade de 2,20 m S-1 para 3,75 m S-1, ocorreu maior variação no perfil de distribuição para adubo e uréia. No caso de calcário e aveia, a velocidade de deslocamento não influenciou no perfil de distribuição. Os resultados mostraram que a barra de luz corno guia para aplicações em faixas paralelas, apresentou menor erro no deslocamento durante os percursos em comparação com o sistema sem orientação. No entanto, ambos os sistemas deixaram a desejar em termos de qualidade de alinhamento. Como consequência o coeficiente de variação das faixas de aplicação variara enormemente, comprometendo a qualidade da aplicação. Um maior treinamento dos operadores e ajustes na barra de luz devem produzir melhores resultados com a utilização desta técnica.