Flutuação, dano e controle do Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) (Hemiptera, Lygaeidae) no algodoeiro mocó, Gossupium hirsutum mariegalante., Hutch., no Ceará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1980 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-144614/ |
Resumo: | Os objetivos deste trabalho foram: estudar a flutuação populacional do "percevejo do capulho", Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) (Hemiptera, Lygaeidae) para a identificação da época de ocorrência e da fase adequada ao controle da espécie no algodoeiro mocó, Gossupium hirsutum mariegalante., Hutch., em Fortaleza. Pentecoste e Uruquê (Quixeramobim). municípios do Estado do Ceará. Brasil; investigar a hipótese de SANTOS et alii (1977), segundo a qual. o ataque de populações do O. hyalinipennis à referida malvácea. durante o ciclo de produção. influi no volume da safra do ano seguinte e; avaliar o espectro residual de inseticidas sistêmicos contra o inseto. aplicados no algodoeiro perene. Para a consecução do primeiro objetivo. de agosto de 1974 a fevereiro de 1977 efetuava-se. quinzenal e simultaneamente nas três localidades. mencionadas. uma amostragem de 20 cápsulas de algodão e se levantavam os seguintes dados: número de espécimes adultos; número de espécimes machos e fêmeos; número de formas jovens e número de ovos. Estes informes foram submetidos aos testes de regressão linear simples e múltipla. relacionados às médias quinzenais de temperatura. umidade relativa e precipitação pluvial das áreas amostradas. Concluiu-se que: o Oxycarenus hyalinipennis no algodoeiro de Fortaleza, Pentecoste e de Uruquê, predominam entre os meses de novembro e dezembro. notadamente em dezembro; a intensidade de infestação do O. hyalinipennis no algodoeiro arbóreo não depende da maior ou menor número de cápsulas abertas; dado que essa espécie infesta e reinfesta anualmente o algodoeiro perene com populações numerosas e assim, mantendo-se durante toda a safra. a adoção de medidas para controlá-la deve ser posta em prática logo no início de sua ocorrência; a não correlação da interação populações do O. hyalinipennis - temperatura e precipitação pluviométrica pode ser atribuída à pequena amplitude de oscilação do primeiro fator climático em Fortaleza. Pentecoste e Uruquê e a baixa do segundo (chuva). durante o período de incidência do inseto; a falta de correlação entre flutuações do O. hyalinipennis e a umidade relativa nas áreas algodoeiras estudadas evidencia a não influência desse elemento do clima na biologia da espécie. A pesquisa ao segundo objetivo transcorreu no município de Quixadá, Ceará. durante o biênio 1976/77, em dois blocos plantados com o algodoeiro mocó. Do início ao fim da safra do Primeiro ano protegeu-se um dos blocos da ação do O. hyalinipennis mediante a aplicação quinzenal do ometoato a 0,15% i.a., após o que, procedida a colheita em ambos os blocos, desprezou-se-a, porém. A produção do ano seguinte, colhida nos blocos e pesada, foi analisada pelo Teste da Soma das Ordens (Rank Sum Test) ou de Wilcoxon. A conclusão de que o ataque de populações do Oxycarenus hyalinipennis influi na safra do ano seguinte à sua ocorrência no algodoeiro maca, deprecianda-a quantitativamente, comprova a hipótese de SANTOS et alii (1977). o terceiro objetivo foi estudado em Fortaleza. Ceará, durante dezembro de 1977. No campo, pulverizaram-se plantas de algodão. respectivamente, com os seguintes tratamentos: dimetoato a 0,075% i.a., etoato meti 1 a 0,06% i. a., fosfamidom a 0,075% i. a., ometoato a 0,15% i. a., monocrotofos a 0,063% i.a. e uma parcela testemunha, sem inseticida. A partir de 24 horas e cada 24 horas depois da aplicação dos tóxicos. colhiam-se folhas das plantas tratadas. ao mesmo tempo em que se procedia a coleta de capulhos infestados pelo Oxycarenus hyalinipennis de plantas isentas da influência de inseticida. Incontinenti, com o material coleta do em campo instalava-se um experimento em laboratório. diariamente, em delineamen to inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 4 repetições. Cada parcela constava de um copo plástico. dentro do qual se confinavam 10 ninfas do 5º instar de permeio com 2 folhas de algodão como alimento, por parcela. Decorridas 24 horas. fazia-se a avaliação dos tratamentos, tomando-se por base o número de insetos mortos em cada parcela e por tratamento. Os dados. em percentagem de mortalidade. foram analisados pelo Teste F e a eficiência residual dos produtos usados, através doTeste de Tukey. em observância ao intervalo de 24 horas. até o período de 14 dias depois. quando o valor de F não mais acusou significância. Dentre os inseticidas testados. o monocrotofos e o ometoato apresentam maior atividade residual contra o O. hyalinipennis causando-lhe 90% e 80% de mortalidade. respectivamente, em condições de laboratório, 24 horas depois de aplicados no algodoeiro semi-perene, em condições de campo: o método ado- tado é válido para o estudo da eficiência de inseticidas sistêmicos no controle a insetos succívoros e. nas condições semi-áridas do Ceará. a sua aplicação deve realizar-se, preferencialmente, na fase em que houver translocação de água na planta. |
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Flutuação, dano e controle do Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) (Hemiptera, Lygaeidae) no algodoeiro mocó, Gossupium hirsutum mariegalante., Hutch., no CearáPopulation fuctuation, damage and control of Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) (Hemiptera, Lygaeidae) on semi-perennial cotton, Gossupium hirsutum mariegalante., Hutch., in the State of Ceará, BrazilALGODÃO MOCÓCONTROLEDANOSFLUTUAÇÃO POPULACIONALINSETICIDASPERCEVEJO-DO-ALGODOEIROOs objetivos deste trabalho foram: estudar a flutuação populacional do "percevejo do capulho", Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) (Hemiptera, Lygaeidae) para a identificação da época de ocorrência e da fase adequada ao controle da espécie no algodoeiro mocó, Gossupium hirsutum mariegalante., Hutch., em Fortaleza. Pentecoste e Uruquê (Quixeramobim). municípios do Estado do Ceará. Brasil; investigar a hipótese de SANTOS et alii (1977), segundo a qual. o ataque de populações do O. hyalinipennis à referida malvácea. durante o ciclo de produção. influi no volume da safra do ano seguinte e; avaliar o espectro residual de inseticidas sistêmicos contra o inseto. aplicados no algodoeiro perene. Para a consecução do primeiro objetivo. de agosto de 1974 a fevereiro de 1977 efetuava-se. quinzenal e simultaneamente nas três localidades. mencionadas. uma amostragem de 20 cápsulas de algodão e se levantavam os seguintes dados: número de espécimes adultos; número de espécimes machos e fêmeos; número de formas jovens e número de ovos. Estes informes foram submetidos aos testes de regressão linear simples e múltipla. relacionados às médias quinzenais de temperatura. umidade relativa e precipitação pluvial das áreas amostradas. Concluiu-se que: o Oxycarenus hyalinipennis no algodoeiro de Fortaleza, Pentecoste e de Uruquê, predominam entre os meses de novembro e dezembro. notadamente em dezembro; a intensidade de infestação do O. hyalinipennis no algodoeiro arbóreo não depende da maior ou menor número de cápsulas abertas; dado que essa espécie infesta e reinfesta anualmente o algodoeiro perene com populações numerosas e assim, mantendo-se durante toda a safra. a adoção de medidas para controlá-la deve ser posta em prática logo no início de sua ocorrência; a não correlação da interação populações do O. hyalinipennis - temperatura e precipitação pluviométrica pode ser atribuída à pequena amplitude de oscilação do primeiro fator climático em Fortaleza. Pentecoste e Uruquê e a baixa do segundo (chuva). durante o período de incidência do inseto; a falta de correlação entre flutuações do O. hyalinipennis e a umidade relativa nas áreas algodoeiras estudadas evidencia a não influência desse elemento do clima na biologia da espécie. A pesquisa ao segundo objetivo transcorreu no município de Quixadá, Ceará. durante o biênio 1976/77, em dois blocos plantados com o algodoeiro mocó. Do início ao fim da safra do Primeiro ano protegeu-se um dos blocos da ação do O. hyalinipennis mediante a aplicação quinzenal do ometoato a 0,15% i.a., após o que, procedida a colheita em ambos os blocos, desprezou-se-a, porém. A produção do ano seguinte, colhida nos blocos e pesada, foi analisada pelo Teste da Soma das Ordens (Rank Sum Test) ou de Wilcoxon. A conclusão de que o ataque de populações do Oxycarenus hyalinipennis influi na safra do ano seguinte à sua ocorrência no algodoeiro maca, deprecianda-a quantitativamente, comprova a hipótese de SANTOS et alii (1977). o terceiro objetivo foi estudado em Fortaleza. Ceará, durante dezembro de 1977. No campo, pulverizaram-se plantas de algodão. respectivamente, com os seguintes tratamentos: dimetoato a 0,075% i.a., etoato meti 1 a 0,06% i. a., fosfamidom a 0,075% i. a., ometoato a 0,15% i. a., monocrotofos a 0,063% i.a. e uma parcela testemunha, sem inseticida. A partir de 24 horas e cada 24 horas depois da aplicação dos tóxicos. colhiam-se folhas das plantas tratadas. ao mesmo tempo em que se procedia a coleta de capulhos infestados pelo Oxycarenus hyalinipennis de plantas isentas da influência de inseticida. Incontinenti, com o material coleta do em campo instalava-se um experimento em laboratório. diariamente, em delineamen to inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 4 repetições. Cada parcela constava de um copo plástico. dentro do qual se confinavam 10 ninfas do 5º instar de permeio com 2 folhas de algodão como alimento, por parcela. Decorridas 24 horas. fazia-se a avaliação dos tratamentos, tomando-se por base o número de insetos mortos em cada parcela e por tratamento. Os dados. em percentagem de mortalidade. foram analisados pelo Teste F e a eficiência residual dos produtos usados, através doTeste de Tukey. em observância ao intervalo de 24 horas. até o período de 14 dias depois. quando o valor de F não mais acusou significância. Dentre os inseticidas testados. o monocrotofos e o ometoato apresentam maior atividade residual contra o O. hyalinipennis causando-lhe 90% e 80% de mortalidade. respectivamente, em condições de laboratório, 24 horas depois de aplicados no algodoeiro semi-perene, em condições de campo: o método ado- tado é válido para o estudo da eficiência de inseticidas sistêmicos no controle a insetos succívoros e. nas condições semi-áridas do Ceará. a sua aplicação deve realizar-se, preferencialmente, na fase em que houver translocação de água na planta.This research was carried out with the following purposes: to study the population fluctuation of the cotton seed bug, Oxycarenus hyalinipennis (Costa, 1847) (Hemiptera, Lygaeidae) on perennial cotton, Gossupium hirsutum race mariegalante Hutch., in Fortaleza. Pentecoste and Uruque (Quixeramobim). in the State of Ceara. Brazil; to investigate the hypothesis of SANTOS et alii (1977) according to which the attack of O. hyalinipennis populations on the semi -perenni.al cotton during the production cycle, does influence the volume of yield of the next year, and to evaluate the residual spectrum inseticides used against the insect on the cotton crop. For the first purpose, a sampling of 20 cotton bolls was done fortnightly in the agove localities from August 1974 to February 1977. recording the number of adults, nymphs and eggs. These data were submitted to tests of simple and multiple linear regression. related to the fortnightly means of temperature, relative humidity and rainfall. It was concluded that O. hyalinipennis appears annually and periodically on the semi-perennial cotton in Fortaleza. Pentecoste, Uruque. and certainly in alI of the cotton regions of Ceará, and disappears with the same regularity at the end of the harvest time. The population peaks of Oxycarenus hyalinipennis on cotton of Fortaleza, Pentecoste and Uruque occur between November and December, but mainly in December. Considering that this insect infest and reinfest the cotton annually, during the whole praduction cycle of cotton, measures of contraI should be taken right at the beginning of its attack. The non-correlation of the interaction O. hyalinipennis populations with temperature and rainfall should be attributed to the low amplitude of oscillation of temperature in Fortaleza, Pentecoste and Uruque and to the lOld rainfall 'incidence in the period of the ins-8ct occurrence. The non- -influence of relative humidity in the biology of the species is evidenced. For the second purpose, two blocks of semi-perennial cotton were planted in Quixada, during 1976/77. Fram the beginning to the end of the crop, one of the blocks was treated with omethoate (. 15% a.i.) applied fortnightly, and after both blocks were harvested, this was not considered. The production of the next year was analyzed by the Wilcoxon Test (Rank Sum Testl. The conclusion that the attack of O. hyalinipennis populations does influence the yield in the next year, and thus depreciating it quantitatively, confirms the hypothesis of SANTOS et alii (1977) For the third purpose an experiment was set in Fortaleza, Ceará, on December 1977 Plots of cotton plants in the field, except one (check), were sprayed with the insecticides: dimethoate (.075% a.i.), ethoate methyl (.06% a.i.). phosphamidon (.075% a.i.), omethoate (.15% a.i.), monocrotophos (.063% a.i.). After these treatments, cotton leaves of the treated p lots and the bolls infested by O. hyalinipennis from non-treated cotton plants were collected each 24 hours. Right after the material was brought to the laboratory where an experiment was set at random, with 6 treatments and 4 replications. Each plot consisted of a plastic glass with 10 fifth-instar nymphs and 2 cotton leaves for them to feed. The treatments were evaluated after 24 hours. The data. in percentage of mortality. were analyzed by the F and Tukey Tests at 24-hour interval and until the period of 14 days after. Among the insecticides tested. monocrotophos and omethoate presented the highest residual activity against Oxycarenus hyalinipenniswith 90 and 80% of mortality respectively. in laboratory condi tions. 24 hours after being sprayed on the semi-perennial cotton. in field condftions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBaptista, Gilberto Casadei deVieira, Francisco Valter1980-11-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-144614/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-26T20:02:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-144614Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-26T20:02:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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