Fichte e o primado da prática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaspar, Francisco Augusto de Moraes Prata
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-24112009-161815/
Resumo: Trata-se de compreender como se articula um sistema de filosofia que, emerso da Crítica kantiana, não pode nem fazer apelo aos objetos da metafísica especial, nem pressupor qualquer positividade, como a lógica e a coisa em si, constituindo-se, pois, como uma doutrina-da-ciência. Ao nosso ver, essa articulação tem seu núcleo central em um primado da prática: a Fundação da Ciência do Prático, terceira parte da Fundação de toda a Doutrina-da-Ciência, tem seu lugar no sistema ao solucionar as contradições e limites que o saber teórico deixou e que, como mera teoria, é incapaz de dar conta , mostrando que é apenas a partir do primado da faculdade prática, fundada na exigência do eu absoluto de realizar a infinitude e na lei do eu de refletir sobre si mesmo como realizando tal idéia, que se funda o sistema do saber humano e, portanto, a representação. Parece-nos que este momento da exposição da doutrina-daciência de 1794 permite a descrição do idealismo transcendental de Fichte como um idealismo crítico, herdeiro da filosofia kantiana.
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