Ordem magnética em quase cristais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Ronaldo do Nascimento
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76131/tde-20082024-100430/
Resumo: Motivados pela observação de ordem magnéticas de longo alcance e ordem vítrea em quase cristais e seus aproximantes, estudamos modelos simples para impurezas magnéticas depositadas em um banho metálico no quase cristal octogonal (Ammann-Beenker) e mosaico Penrose. Empregamos o modelo Tight-Binding para obter o espectro eletrônico que utilizamos para calcular a interação RKKY entre impurezas magnéticas mediada pela nuvem eletrônicas, esse acoplamento magnético é frustrado e depende fortemente do ambiente local e da distância entre as impurezas. Descobrimos que a interação possui tendência ao estado anti ferromagnético, como sugerido pela temperatura de Curie-Weisse temperatura crítica obtida por cálculo de campo médio. Em seguida, resolvemos um modelo Ising para impurezas depositadas em sítios com diferentes ambientes locais acopladas pela interação RKKY usando simulações de Monte Carlo. Apesar da interação frustada, os spins congelam-se em um estado do tipo anti ferromagnético para a maioria dos preenchimentos eletrônicos e alguns apresentam um estado fundamental composto por spinsestáticos e dinâmicos, que depende do tamanho do aproximante e do preenchimento eletrônico. A presença dessas fases magnéticas foram demonstradas pela sua assinatura no cumulante de Binder da magnetização e do parâmetro de Edwards-Anderson q. O escalonamento de tamanho finito revela que a ordem magnética e a temperatura crítica mudam como tamanho do aproximante. Devido à grande dependência da fase ordenada como tamanho do aproximante, implementamos um modelo simplificado para a interação ocorrendo apenas entre os vizinhos mais próximos com acoplamentos da dospelamédia da interação RKKY. Nossos resultados mostram que há uma tendência de formação de ilhas de spis desconectadas, mesmo para T → 0. Ao esfriar o sistema essas ilhas tendem a se manter flutuando e respondem por uma entropia residual s0 mesmo para T = 0. Apesar disso, o bulk do sistema congela-se em arranjos anti ferromagnéticos em baixa temperatura. Esses spins livres sentem um campo local próximo de zero, o que permite que pertubações acoplem-se facilmente ao spin, o fixando em direções aleatórias, o que torna a ordem frágil. Analisamos o derretimento da ordem magnética na presença de desordem, simulando diluições aleatórias de vacâncias no banho. A suavização das curvas de calor específico e surgimento de uma calda estendendo até q = 0 na distribuição de overlap entre réplicas revela o surgimento da fase de vidro de spin. Nós calculamos também a taxa de relaxação de spin(1/T1), uma medida da velocidade com que com elétrons retornam ao estado fundamental quando excitados por um campo magnético, como medida por ressonância do spin eletrônico(ESR). Observamos que para um banho com preenchimento eletrônico com nível de Fermino pseudogap a 1/T1 descrece com o tamanho do aproximante N, um comportamento que associamos a redução da densidade de estados no nível Fermi conforme crescemos o aproximante. Além disso, utilizamos o modelo de Peierls para descrever a estrutura eletrônica do banho submetido a um campo magnético uniforme. Mostramos o surgimento de níveis de Landau, para campos mais baixos quando comparados ao de redes cristalinas. Embora com características de redes ordenadas e desordenadas, quase cristais se mostram pouco suscetível a formação de níveis discretos e nota-se um alargamento exacerbados deles.
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Em seguida, resolvemos um modelo Ising para impurezas depositadas em sítios com diferentes ambientes locais acopladas pela interação RKKY usando simulações de Monte Carlo. Apesar da interação frustada, os spins congelam-se em um estado do tipo anti ferromagnético para a maioria dos preenchimentos eletrônicos e alguns apresentam um estado fundamental composto por spinsestáticos e dinâmicos, que depende do tamanho do aproximante e do preenchimento eletrônico. A presença dessas fases magnéticas foram demonstradas pela sua assinatura no cumulante de Binder da magnetização e do parâmetro de Edwards-Anderson q. O escalonamento de tamanho finito revela que a ordem magnética e a temperatura crítica mudam como tamanho do aproximante. Devido à grande dependência da fase ordenada como tamanho do aproximante, implementamos um modelo simplificado para a interação ocorrendo apenas entre os vizinhos mais próximos com acoplamentos da dospelamédia da interação RKKY. Nossos resultados mostram que há uma tendência de formação de ilhas de spis desconectadas, mesmo para T → 0. Ao esfriar o sistema essas ilhas tendem a se manter flutuando e respondem por uma entropia residual s0 mesmo para T = 0. Apesar disso, o bulk do sistema congela-se em arranjos anti ferromagnéticos em baixa temperatura. Esses spins livres sentem um campo local próximo de zero, o que permite que pertubações acoplem-se facilmente ao spin, o fixando em direções aleatórias, o que torna a ordem frágil. Analisamos o derretimento da ordem magnética na presença de desordem, simulando diluições aleatórias de vacâncias no banho. A suavização das curvas de calor específico e surgimento de uma calda estendendo até q = 0 na distribuição de overlap entre réplicas revela o surgimento da fase de vidro de spin. Nós calculamos também a taxa de relaxação de spin(1/T1), uma medida da velocidade com que com elétrons retornam ao estado fundamental quando excitados por um campo magnético, como medida por ressonância do spin eletrônico(ESR). Observamos que para um banho com preenchimento eletrônico com nível de Fermino pseudogap a 1/T1 descrece com o tamanho do aproximante N, um comportamento que associamos a redução da densidade de estados no nível Fermi conforme crescemos o aproximante. Além disso, utilizamos o modelo de Peierls para descrever a estrutura eletrônica do banho submetido a um campo magnético uniforme. Mostramos o surgimento de níveis de Landau, para campos mais baixos quando comparados ao de redes cristalinas. Embora com características de redes ordenadas e desordenadas, quase cristais se mostram pouco suscetível a formação de níveis discretos e nota-se um alargamento exacerbados deles.Motivated by the observation of long-range magnetic order and glassy order in quasicrystals and their approximants, we study simple models for magnetic impurities located in a metal bath of octagonal quasi crystals (Ammann-Beenker) and Penrose tillings. We use the Tight-Binding model to obtain the electronic spectrum, which we then use to calculate the RKKY interaction between magnetic impurities mediated by the electronic cloud. We reveal that this interaction is frustrated, strongly dependent on the local environment and the distance between the impurities. We discovered a tendency towards the antiferromagnetic state, as suggested by the Curie-Weiss temperature and critical temperature obtained by a mean field analysis. Subsequently, we solve an Ising model for impurities deposited at sites with different local environments coupled by the RKKY interaction using Monte Carlo simulations. Despite the frustrated interaction, spins freeze into an antiferromagnetic-like state for most electronic fillings, and some have a composite ground state with coexisting static and dynamic spins,which depends on the size of the approximants and the electronic filling. The presence of these magnetic phases is demonstrated by their signature in the magnetization Binder cumulant and the Edwards-Anderson order parameter q. Finite size scaling reveals that the magnetic order and critical temperature change with the size of the approximant. Due to the significant dependence of the phase ordered on the size of the approximant, we implemented a simplified model for the interaction occurring only between nearest neighbors, with couplings given by the average of the RKKY interaction. Our results show a tendency for disconnected spin islands to form,even as T → 0. When cooling the system,these islands tend to remain fluctoating,contributing to a residual entropy (s0) even at T = 0. However, the bulk of the system freezes into an antiferromagnetic pattern at low temperatures. These free spins experience a local field close to zero, allowing perturbations to easily couple to the spin,thus leading to fragile order. We analyze the melting of magnetic order in the presence of disorder by simulating random dilutions of vacancies in the bath. The broadening of the specific heat curves and the appearance of a tail extending to a finite value at q = 0 in the overlap distribution between replicasr eveal the appearance of the spin glass phase. Additionally, we calculated the spin relaxation rate (1/T1), a measure of the speed at which electrons return to the ground state when excited by a magnetic field, as measured from electronic spin resonance (ESR). We observed that for an electronic filling with a Fermi level at the pseudo gap, 1/T1 decreases with the size of the approximant N, a behavior that we associate with the reduction in the density of states at the Fermi level as we increase the approximant. Furthermore, we used the Peirels model to describe the electronic structure of the bath subjected to a uniform magnetic field. We show that the spectrum shows Landau levels, which are accessed at lower fields when compared to periodic lattices. Although with characteristic of both ordered and disordered lattices,quasicrystals are less susceptible to the formation of discrete levels, and a more pronouced broadening of the levels is noted.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade, Eric de Castro eAraújo, Ronaldo do Nascimento2024-06-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76131/tde-20082024-100430/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-29T17:56:02Zoai:teses.usp.br:tde-20082024-100430Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-29T17:56:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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