Ambientes atmosféricos intraurbanos na cidade de São Paulo e possíveis correlações com doenças dos aparelhos: respiratório e circulatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Edelci Nunes da
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-11052010-170222/
Resumo: Objetivo: A pesquisa teve como objetivo verificar como as condições atmosféricas intraurbanas atuam no agravamento dos problemas respiratórios, em crianças menores de cinco anos, e, circulatórias e respiratórias, em adultos com mais de sessenta anos, no setor Sul/Sudeste, da cidade de São Paulo, a partir da associação com as variáveis atmosféricas e o índice bioclimático PET (Physiological Equivalent Temperature). Métodos: Analisou-se 12.269 casos de internação por doenças respiratórias em crianças; 24.318 por doenças do aparelho circulatório e 8.894 do aparelho respiratório em idosos. Os dados foram agrupados segundo perfil socioambiental. Nas estações meteorológicas do IAG/USP e do aeroporto de Congonhas foram obtidas variáveis e obteve-se o índice de qualidade do ar na CETESB/CONGONHAS. Foram utilizados: análise estatística descritiva; modelo linear generalizado com distribuição binomial negativa (GLM); e modelo de regressão. Resultados: Houve associação estatística entre as variáveis atmosféricas ambientais e as internações hospitalares, porém de forma diferenciada e específica. O GLM apontou aumento nas internações hospitalares com a elevação em 1ºC de amplitude térmica (0,6por cento) índice de poluição (0,2por cento) e com diminuição na temperatura média (0,9por cento). A regressão apontou aumento de internações com a diminuição das temperaturas médias e mínimas e o índice PET indicou que o calor é protetor. A chance de ocorrência de internações foi 12por cento maior com a diminuição de 1ºC no índice PET e com aumento 1ºC na temperatura máxima, no grupo de pior perfil socioambiental. Doenças Respiratórias em Idosos: O GLM indicou aumento das internações hospitalares com a elevação em 1ºC na amplitude térmica (2,1por cento) e poluição (0,2por cento) e diminuição em 1ºC do PET (1por cento). A regressão aponta maior risco com o aumento da amplitude térmica. Dias com maior taxa de internação foi 3,4por cento maior nos distritos com perfil socioambiental intermediário, com o decréscimo de 1ºC na temperatura mínima. Crianças: O GLM apontou aumento das internações hospitalares com o aumento em 1ºC da temperatura média (3,7por cento), da amplitude térmica (2,7por cento) e da poluição (0,2por cento) e diminuição em 1ºC do índice PET (1por cento). A regressão apontou risco nas faixas intermediárias de temperatura média, de menor temperatura mínima e de maior amplitude térmica. A faixa de conforto térmico mostrou que nas faixas de pouco calor (>31ºC) e frio (<12ºC) há proteção e maior risco na faixa de pouco frio (<18ºC). Houve associação estatística significante nos grupos de diferente perfil socioambiental, de forma homogênea. Conclusões: Houve associação entre a morbidade e as variáveis climáticas e o índice de conforto de forma diferenciada nos grupos etários e de doenças. O desconforto para frio e a alta amplitude térmica consistiram em fatores mais agravantes para o desencadeamento das doenças. Os resultados corroboram parcialmente a hipótese de que os distritos com piores condições socioambientais apresentam maior impacto negativos à saúde. Os dados confirmam a proposição no que se refere ao grupo de adultos com mais de sessenta anos, mas não apresentaram diferenças significativas para o grupo de crianças com doenças respiratórias e menores de cinco anos
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Métodos: Analisou-se 12.269 casos de internação por doenças respiratórias em crianças; 24.318 por doenças do aparelho circulatório e 8.894 do aparelho respiratório em idosos. Os dados foram agrupados segundo perfil socioambiental. Nas estações meteorológicas do IAG/USP e do aeroporto de Congonhas foram obtidas variáveis e obteve-se o índice de qualidade do ar na CETESB/CONGONHAS. Foram utilizados: análise estatística descritiva; modelo linear generalizado com distribuição binomial negativa (GLM); e modelo de regressão. Resultados: Houve associação estatística entre as variáveis atmosféricas ambientais e as internações hospitalares, porém de forma diferenciada e específica. O GLM apontou aumento nas internações hospitalares com a elevação em 1ºC de amplitude térmica (0,6por cento) índice de poluição (0,2por cento) e com diminuição na temperatura média (0,9por cento). A regressão apontou aumento de internações com a diminuição das temperaturas médias e mínimas e o índice PET indicou que o calor é protetor. A chance de ocorrência de internações foi 12por cento maior com a diminuição de 1ºC no índice PET e com aumento 1ºC na temperatura máxima, no grupo de pior perfil socioambiental. Doenças Respiratórias em Idosos: O GLM indicou aumento das internações hospitalares com a elevação em 1ºC na amplitude térmica (2,1por cento) e poluição (0,2por cento) e diminuição em 1ºC do PET (1por cento). A regressão aponta maior risco com o aumento da amplitude térmica. Dias com maior taxa de internação foi 3,4por cento maior nos distritos com perfil socioambiental intermediário, com o decréscimo de 1ºC na temperatura mínima. Crianças: O GLM apontou aumento das internações hospitalares com o aumento em 1ºC da temperatura média (3,7por cento), da amplitude térmica (2,7por cento) e da poluição (0,2por cento) e diminuição em 1ºC do índice PET (1por cento). A regressão apontou risco nas faixas intermediárias de temperatura média, de menor temperatura mínima e de maior amplitude térmica. A faixa de conforto térmico mostrou que nas faixas de pouco calor (>31ºC) e frio (<12ºC) há proteção e maior risco na faixa de pouco frio (<18ºC). Houve associação estatística significante nos grupos de diferente perfil socioambiental, de forma homogênea. Conclusões: Houve associação entre a morbidade e as variáveis climáticas e o índice de conforto de forma diferenciada nos grupos etários e de doenças. O desconforto para frio e a alta amplitude térmica consistiram em fatores mais agravantes para o desencadeamento das doenças. Os resultados corroboram parcialmente a hipótese de que os distritos com piores condições socioambientais apresentam maior impacto negativos à saúde. Os dados confirmam a proposição no que se refere ao grupo de adultos com mais de sessenta anos, mas não apresentaram diferenças significativas para o grupo de crianças com doenças respiratórias e menores de cinco anosObjective: The research aimed to verify how the local climatic conditions can intensify the respiratory disease in children under five years, and circulatory and respiratory in adults sixty years and older. The sector south/southeast of São Paulo city from the association with the atmospheric variables and bioclimatic index PET (Physiological Equivalent Temperature). Methods: 12.269 cases respiratory diseases in children, 24 318 circulatory diseases and 8.894 respiratory tract in elderly people were selected. Admissions data were grouped according to socio-environmental profile. Meteorological variables were obtained at IAG/USP and Congonhas airport stations. Air quality data were obtained in Cetesb station. Statistical and numerical modeling tools were used. Statistical correlation between atmospheric variables and hospital admissions was observed, but in different ways. Results: Circulatory (>60 years old): GLM showed increase in hospital admissions with elevation in 1ºC temperature range (0.6per cent) index of pollution (0.2per cent) and decrease in average temperature (0.9per cent). The occurrence of hospitalizations was 12per cent higher with the decrease 1ºC in PET and increase in 1ºC maximum temperature, to lower socio-environmental profile. Respiratory Diseases (>60): GLM indicated increased hospitalizations with the increase in 1ºC in a temperature range (2.1per cent) and pollution (0.2per cent) and decreased 1ºC PET (1per cent). Higher admissions days (3.4per cent) occurred in districts with middle socio-environmental profile with decrease 1ºC minimum temperature. Children: GLM showed an increase in hospital admissions with an increase in average temperature 1°C (3.7per cent), the temperature range (2.7per cent) and pollution (0.2per cent) and a decrease 1ºC of PET (1per cent). Groups of different socio-environmental was significantly associated with thermal comfort index and temperatures range. Conclusions: There were association between morbidity and climatic variables and comfort index in the age groups and diseases. The results partially support the hypothesis that the districts with the worst social and environmental conditions have a higher negative impact on health. The data confirm the proposition with regard to the group of adults over sixty years, but no significant differences for the group of children with respiratory diseases and under-fivesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRibeiro, HelenaSilva, Edelci Nunes da2010-04-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-11052010-170222/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-11052010-170222Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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