Fios de memórias. Um estudo sobre parentesco e história a partir da construção da genealogia manoki (irantxe)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-31072015-165752/ |
Resumo: | Essa tese tem como ponto de partida e referência a tessitura de uma rede de relações genealógicas e matrimoniais entre os Manoki (e os Mky), falantes de uma língua isolada distribuída em duas variantes dialetais (Irantxe e Mky). Esses coletivos reconhecem um passado comum e habitam atualmente duas Terras Indígenas distintas situadas no vale do rio Juruena, formador do Tapajós, na região noroeste do estado de Mato Grosso. A população manoki é atualmente estimada em 373 pessoas distribuídas em sete aldeias na Terra Indígena Irantxe, localizada em uma área predominantemente de cerrado, na margem esquerda do rio Cravari. Os 129 indivíduos mky vivem em uma única aldeia na Terra Indígena Menkü, região de transição de mata e cerrado circunscrita pelos rios Papagaio e do Sangue. O parentesco é aqui considerado um idioma privilegiado para compreender quem são essas populações, como pensam sua história e as maneiras como modulam suas relações com as diferentes figuras da alteridade, que vão desde as relações internas a este conjunto linguístico, passando pelas relações com os brancos e outros povos ameríndios vizinhos, até chegar ao vasto número de seres dotados de agência, que chamam de espíritos, bichos e assombrações. |
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Fios de memórias. Um estudo sobre parentesco e história a partir da construção da genealogia manoki (irantxe)Lines of memories. A study on kinship and history through manoki´s (irantxe´s) genealogyGenealogiaGenealogyKinship networkMemóriaMemoryRede de parentescoEssa tese tem como ponto de partida e referência a tessitura de uma rede de relações genealógicas e matrimoniais entre os Manoki (e os Mky), falantes de uma língua isolada distribuída em duas variantes dialetais (Irantxe e Mky). Esses coletivos reconhecem um passado comum e habitam atualmente duas Terras Indígenas distintas situadas no vale do rio Juruena, formador do Tapajós, na região noroeste do estado de Mato Grosso. A população manoki é atualmente estimada em 373 pessoas distribuídas em sete aldeias na Terra Indígena Irantxe, localizada em uma área predominantemente de cerrado, na margem esquerda do rio Cravari. Os 129 indivíduos mky vivem em uma única aldeia na Terra Indígena Menkü, região de transição de mata e cerrado circunscrita pelos rios Papagaio e do Sangue. O parentesco é aqui considerado um idioma privilegiado para compreender quem são essas populações, como pensam sua história e as maneiras como modulam suas relações com as diferentes figuras da alteridade, que vão desde as relações internas a este conjunto linguístico, passando pelas relações com os brancos e outros povos ameríndios vizinhos, até chegar ao vasto número de seres dotados de agência, que chamam de espíritos, bichos e assombrações.This thesis has as a starting point and reference the fabric of a kinship and marriage network among the Manoki (and the Mky), speakers of an isolated language distributed in two dialects (Irantxe and Mky). These Amerindian peoples acknowledges a common past and inhabit nowadays two distinct Indigenous Lands located in the valley of the Juruena river, a tributary of the Tapajós, in the northwestern region of the Brazilian state of Mato Grosso. Nowadays the Manoki population is estimated over 373 people distributed in seven different villages in the Indigenous Land Irantxe, situated in a predominantly savannah area on the left bank of the Cravari river. The 129 mky individuals live in a single village in the Indigenous Land Menkü, located in an area of transition between forest and savannah circumscribed by the rivers Papagaio and Sangue. Kinship relations are here considered as a privileged idiom to understand who these peoples are, how they think their own history and the ways they modulate their relations with different figures of alterity, ranging from internal relations between the speakers of these dialects, passing through the relations with whites and other Amerindian neighboring peoples and reaching a vast number of beings endowed with agency capabilities, which they call spirits, beasts and spectrums.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Marcio Ferreira daBueno, Ana Cecilia Venci2015-03-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-31072015-165752/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-31072015-165752Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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