Associação entre o polimorfismo genético das metaloproteinases da matriz 1 e 3 e a rotura completa do manguito rotador

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assunção, Jorge Henrique
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-03072019-143113/
Resumo: INTRODUÇÃO: Na patogênese da rotura do manguito rotador, diminuição da síntese e aumento da degradação das fibras colágenas são encontradas, associadas ao aumento da atividade das metaloproteinases da matriz 1 e 3 (MMP-1 e MMP-3). Há evidências que fatores genéticos estão envolvidos na produção das metaloproteinases e na etiologia da rotura do manguito rotador. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo genético das MMP-1 e MMP-3 com a rotura de espessura completa do manguito rotador. Como objetivos secundários, tivemos avaliar a correlação dos haplótipos da MMP-1 e MMP-3 com a rotura de espessura completa do manguito rotador e comparar se indíviduos com rotura transfixante do manguito rotador têm maior proporção de familiares com a mesma doença, em relação aos indíviduos controles. MÉTODOS: Avaliamos 64 pacientes com rotura transfixante do manguito rotador e 64 controles assintomáticos. Foram incluídos apenas pacientes com idade inferior a 65 anos e rotura de espessura completa não traumática. A rotura ou integridade do manguito rotador foi avaliada por ressonância magnética ou ultrassonografia em todos indivíduos. Os pacientes e os controles foram pareados por idade. O ácido desoxirribonucleico (DNA) dos voluntários foi obtido a partir de células epiteliais da mucosa bucal. Os genótipos das MMP-1 e MMP-3 foram determinados utilizando as técnicas de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) e Polimorfismo no Comprimento de Fragmentos de Restrição (RFLP). RESULTADOS: Observamos uma presença de 77% do alelo 1G e 64% do genótipo 1G/1G no grupo controle. Os pacientes com rotura transfixante do manguito rotador apresentaram uma taxa de 48% do alelo 2G e 73% de genótipos 1G/2G ou 2G/2G (p < 0,001). Indivíduos com genótipo 1G/2G e 2G/2G tiveram maior chance de ter uma rotura do manguito rotador: razão de chances (RC) igual a 4,8 (Intervalo de confiança de 95% [IC 95%] 2,1 a 11,0) e 5,2 (IC 95% 1,8 a 14,9), respectivamente. Também observamos uma distribuição significativamente diferente nos alelos e genótipos da MMP-3 (p = 0,045, p = 0,021, respectivamente) entre os casos e controles. Indivíduos com genótipo 5A/5A tiveram maior chance de apresentarem uma rotura do manguito rotador (RC 5,5; IC 95% 1,4 a 20,9). Indíviduos com haplótipo 2G/5A tiveram maior possibilidade de ter uma rotura do manguito rotador, este haplótipo foi encontrado em 42 de 64 pacientes (66%) e em 17 de 64 controles (27%), com razão de chances de 5,3 (IC 95% 2,5 a 11,3). Pacientes com rotura do manguito rotador relataram, em maior número (19 de 64 pacientes, 30%), a existência de familiares que realizaram tratamento para rotura do manguito rotador em relação aos pacientes controles (quatro de 64 pacientes, 6%; p = 0,001). CONCLUSÃO: O polimorfismo genético das MMP-1 e MMP-3 foi associado à rotura do manguito rotador
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spelling Associação entre o polimorfismo genético das metaloproteinases da matriz 1 e 3 e a rotura completa do manguito rotadorAssociation between genetic polymorphism of matrix metalloproteinases 1 and 3 and the full-thickness rotator cuff tearGenetic polymorphismManguito rotadorMetalloproteinaseMetaloproteinasesOmbroPolimorfismo genéticoRotator cuffShoulderINTRODUÇÃO: Na patogênese da rotura do manguito rotador, diminuição da síntese e aumento da degradação das fibras colágenas são encontradas, associadas ao aumento da atividade das metaloproteinases da matriz 1 e 3 (MMP-1 e MMP-3). Há evidências que fatores genéticos estão envolvidos na produção das metaloproteinases e na etiologia da rotura do manguito rotador. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo genético das MMP-1 e MMP-3 com a rotura de espessura completa do manguito rotador. Como objetivos secundários, tivemos avaliar a correlação dos haplótipos da MMP-1 e MMP-3 com a rotura de espessura completa do manguito rotador e comparar se indíviduos com rotura transfixante do manguito rotador têm maior proporção de familiares com a mesma doença, em relação aos indíviduos controles. MÉTODOS: Avaliamos 64 pacientes com rotura transfixante do manguito rotador e 64 controles assintomáticos. Foram incluídos apenas pacientes com idade inferior a 65 anos e rotura de espessura completa não traumática. A rotura ou integridade do manguito rotador foi avaliada por ressonância magnética ou ultrassonografia em todos indivíduos. Os pacientes e os controles foram pareados por idade. O ácido desoxirribonucleico (DNA) dos voluntários foi obtido a partir de células epiteliais da mucosa bucal. Os genótipos das MMP-1 e MMP-3 foram determinados utilizando as técnicas de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) e Polimorfismo no Comprimento de Fragmentos de Restrição (RFLP). RESULTADOS: Observamos uma presença de 77% do alelo 1G e 64% do genótipo 1G/1G no grupo controle. Os pacientes com rotura transfixante do manguito rotador apresentaram uma taxa de 48% do alelo 2G e 73% de genótipos 1G/2G ou 2G/2G (p < 0,001). Indivíduos com genótipo 1G/2G e 2G/2G tiveram maior chance de ter uma rotura do manguito rotador: razão de chances (RC) igual a 4,8 (Intervalo de confiança de 95% [IC 95%] 2,1 a 11,0) e 5,2 (IC 95% 1,8 a 14,9), respectivamente. Também observamos uma distribuição significativamente diferente nos alelos e genótipos da MMP-3 (p = 0,045, p = 0,021, respectivamente) entre os casos e controles. Indivíduos com genótipo 5A/5A tiveram maior chance de apresentarem uma rotura do manguito rotador (RC 5,5; IC 95% 1,4 a 20,9). Indíviduos com haplótipo 2G/5A tiveram maior possibilidade de ter uma rotura do manguito rotador, este haplótipo foi encontrado em 42 de 64 pacientes (66%) e em 17 de 64 controles (27%), com razão de chances de 5,3 (IC 95% 2,5 a 11,3). Pacientes com rotura do manguito rotador relataram, em maior número (19 de 64 pacientes, 30%), a existência de familiares que realizaram tratamento para rotura do manguito rotador em relação aos pacientes controles (quatro de 64 pacientes, 6%; p = 0,001). CONCLUSÃO: O polimorfismo genético das MMP-1 e MMP-3 foi associado à rotura do manguito rotadorINTRODUCTION: In the pathogenesis of rotator cuff tear, decreased synthesis and increased degradation of collagen fibers are found, associated with an increase in activity of matrix metalloproteinases 1 and 3 (MMP-1 and MMP-3). There is evidence that genetic factors may be involved in metalloproteinase production and the etiology of rotator cuff tear. The aim of this study was to evaluate the association between the genetic polymorphism of MMP-1 and MMP-3 and full-thickness rotator cuff tear. As secondary aims, we measured the correlation of MMP-1 and MMP-3 haplotypes with full-thickness rotator cuff tears and compared if individuals with full-thickness rotator cuff tears have a higher proportion of relatives with the same disease than the control subjects. METHODS: We evaluated 64 patients with full-thickness rotator cuff tear and 64 asymptomatic controls. Patients aged below 65 years, with non-traumatic full thickness tears, were included. The rotator cuff tear or integrity was evaluated by magnetic resonance or ultrasound in all individuals. The patients and controls were paired by age. The deoxyribonucleic acid (DNA) of the volunteers was obtained from oral mucosa epithelial cells. MMP-1 and MMP-3 genotypes were determined using the Polimerase Chain Reaction (PCR) and Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP) assays. RESULTS: We observed a 77% presence of allele 1G and 64% of genotypes 1G/1G in the control group. The patients with full-thickness rotator cuff tear presented 48% of allele 2G and 73% of genotypes 1G/2G or 2G/2G (p < 0.001). Individuals with genotypes 1G/2G and 2G/2G were more likely to have a rotator cuff tear: odds ratio equal to 4.8 (95% confidence interval [95% CI] 2.1 to 11.0) and 5.2 (95% CI 1.8 to 14.9), respectively. We also observed a significantly different distribution in the alleles and genotypes of MMP-3 (p = 0.045, p = 0.021, respectively) among the cases and controls. Individuals with the 5A/5A genotype were more likely to have a rotator cuff tear (OR 5.5; 95% CI 1.4 to 20.9). Individuals with the haplotype 2G/5A were more likely to have rotator cuff tears develop, this haplotype was found in 42 of 64 patients (66%) and in 17 of 64 controls (27%) with odds ratio 5.3 (95% CI 2.5 to 11.3). Patients with rotator cuff tears reported, in higher number (19 of 64 patients, 30%), the existence of relatives who previously had treatment for rotator cuff tears compared to control patients (four of 64 patients, 6%; p = 0,001). CONCLUSION: The genetic polymorphism of MMP-1 and MMP-3 was associated with rotator cuff tearBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerreira Neto, Arnaldo AmadoAssunção, Jorge Henrique2019-04-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-03072019-143113/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-02T20:50:02Zoai:teses.usp.br:tde-03072019-143113Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-02T20:50:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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