Influência da suplementação mineral sobre o desenvolvimento reprodutivo de búfalos do desmame aos 24 meses de idade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-03052013-085329/ |
Resumo: | Objetivando-se estudar o efeito da suplementação mineral no desenvolvimento reprodutivo de bubalinos do desmame aos 24 meses de idade, utilizaram-se 110 búfalos, distribuídos em três experimentos (A, B e C), que foram criados em três propriedades (GA, GB e GC) no Estado do Pará. Os experimentos A e B foram realizados em áreas de terra firme com pastagens cultivadas (Brachiaria brizantha cv. Marandu) em manejos rotacionado e extensivo, respectivamente, com capacidade de suporte e perfil nutricional da forragem, semelhantes. O experimento C foi desenvolvido em áreas de várzea na Ilha de Marajó, com pastagens nativas constituídas, principalmente, por Panicum sp, Axonopus sp e Paspalum sp. Em todas as propriedades dividiram-se os animais em dois grupos (experimento A: GA1 e GA2, experimento B: GB1 e GB2, e experimento C: GC1 e GC2) que foram mantidos a pasto com diferentes suplementações minerais. Os animais foram pesados a cada 28 dias e receberam distintos suplementos minerais: grupos GA2 e GB2 mistura mineral, a ser testada, indicada para búfalos; grupos GA1 e GB1 - misturas minerais utilizadas rotineiramente na fazenda e recomendadas para bovinos; GC1 animais não suplementados e GC2 mistura mineral indicada para búfalos criados em áreas de várzea com águas salobras. As sobras da mistura mineral foram recolhidas semanalmente para se calcular o consumo real da mesma. A cada 56 dias as circunferências escrotais, comprimentos, larguras e espessuras dos testículos foram mensurados, como também foi avaliada a disponibilidade quali-quantitativa da forragem. Aos 22 meses de idade, 77 búfalos foram submetidos a colheitas de sêmen semanais, nos meses de maio e junho de 2005 (n = 616 amostras de sêmen), através de eletroejaculação para se analisar as características físico-morfológicas do sêmen. No plasma seminal foram, determinadas as concentrações de Ca, P, Mg, Cu, Co, Fe, Zn e Mn. Após 14 meses de estudos constatou-se que tanto os animais do grupo GA2 como os do GB2 obtiveram um maior ganho de peso médio diário (p<0,0001). O grupo GA1 consumiu uma maior (p<0,0001) quantidade de mistura mineral, enquanto que para os grupos GB1 e GB2 não houve diferença significativa. As medidas testiculares do grupo GA2 foram significativamente maiores, ao final do estudo, do que as do grupo GA1, demonstrando com isso um efeito da suplementação mineral sobre estas variáveis. Para o grupo GB2 a espessura, a largura e o volume testicular foram significativamente maiores. As demais medidas não sofreram variações significativas. No experimento C não houve variação entre o peso e o ganho de peso para ambos os grupos. Isso provavelmente esta relacionado ao baixo consumo de mistura mineral pelo grupo GC2. Essa pequena diferença do peso entre os grupos GC1 e GC2 foi acompanhada por uma diferença não significativa nas medidas testiculares dos grupos. Deduz-se que devido as altas correlações positivas entre a circunferência escrotal (CE), o peso corporal e demais medidas dos testículos, a CE possa ser utilizada para predizer o tamanho testicular. Conclui-se ainda que a suplementação mineral testada exerceu efeito positivo sobre o peso e o ganho de peso médio diário dos animais dos experimentos A e B. Evidenciou-se médias significativamente maiores para as características físicas do sêmen dos animais que receberam a suplementação mineral testada (GA2) com exceção da concentração espermática. Para as características morfológicas do ejaculado, observou-se que os animais do grupo GA1 apresentaram médias significativamente maiores para o número total de espermatozóides anormais. Não foram verificadas diferenças significativas nas características físicas e morfológicas do sêmen dos grupos GB1 e GB2, com exceção do volume do ejaculado e da motilidade progressiva que foram significativamente maiores para os animais do grupo GB2. Observaram-se correlações significativas, porém baixas, entre a CE a algumas características do ejaculado. Conclui-se, portanto que houve influência da suplementação mineral nas características físicas e morfológicas do sêmen dos animais do experimento A, com melhores resultados para o grupo GA2, que consumiram a suplementação mineral testada; constatou-se, ainda, uma tendência de uma melhor qualidade no sêmen dos animais do grupo GB2. Foi possível averiguar que não houve diferença significativa para os constituintes macro e microminerais do plasma seminal de búfalos jovens, criados em pastejo rotacionado, exceto para os níveis de manganês que foram significativamente maiores para os animais do grupo GA2. Obtiveram-se os seguintes valores para Ca (14,32 ± 6,40 mg/dl), P (3,86 ± 3,30 mg/dl), Mg (11,64 ± 7,02 mg/dl), Zn (4,23 ± 1,35 μg/ml), Fe (8,23 ± 2,38 μg/ml), Cu (0,17 ± 0,07 μg/ml), Co (0,06 ± 0,04 μg/ml) e Mn (0,08 ± μ0,06 g/ml) contidos no plasma seminal de búfalos criados em pastejo rotacionado. Os animais do grupo GB2 apresentaram maiores níveis de fósforo e cobalto do que os do grupo GB1, que por sua vez obtiveram maiores teores de manganês. Encontraram-se os seguintes valores Ca (12,16 ± 2,97 mg/dl), P (4,01 ± 4,46 mg/dl), Mg (11,37 ± 6,48 mg/dl), Zn (4,02 ± 1,39 μg/ml), Fe (6,73 ± 1,80 μg/ml), Cu (0,07 ± 0,03 μg/ml), Co (0,14 ± 0,06 μg/ml) e Mn (0,17 ± 0,11 μg/ml) contidos no plasma seminal de búfalos criados em sistema extensivo. Muito embora alguns minerais tenham apresentado correlações significativas com algumas características do ejaculado, essas foram baixas. Portanto não se observou uma variação quali-quantitativa nas concentrações físicas e morfológicas do ejaculado de búfalos jovens criados em pastejo rotacionado e sistema extensivo, em função da concentração de minerais no plasma seminal. |
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Influência da suplementação mineral sobre o desenvolvimento reprodutivo de búfalos do desmame aos 24 meses de idadeInfluence of mineral supplementation on the reproductive development of male buffaloes from wean through the 24 months of ageBiometria testicularBúfalosBuffaloesEspermiogramaMacro-micro mineralMineral supplementationPlasma seminalSemenSêmenSeminal plasmaSuplementação mineralTesticular biometryObjetivando-se estudar o efeito da suplementação mineral no desenvolvimento reprodutivo de bubalinos do desmame aos 24 meses de idade, utilizaram-se 110 búfalos, distribuídos em três experimentos (A, B e C), que foram criados em três propriedades (GA, GB e GC) no Estado do Pará. Os experimentos A e B foram realizados em áreas de terra firme com pastagens cultivadas (Brachiaria brizantha cv. Marandu) em manejos rotacionado e extensivo, respectivamente, com capacidade de suporte e perfil nutricional da forragem, semelhantes. O experimento C foi desenvolvido em áreas de várzea na Ilha de Marajó, com pastagens nativas constituídas, principalmente, por Panicum sp, Axonopus sp e Paspalum sp. Em todas as propriedades dividiram-se os animais em dois grupos (experimento A: GA1 e GA2, experimento B: GB1 e GB2, e experimento C: GC1 e GC2) que foram mantidos a pasto com diferentes suplementações minerais. Os animais foram pesados a cada 28 dias e receberam distintos suplementos minerais: grupos GA2 e GB2 mistura mineral, a ser testada, indicada para búfalos; grupos GA1 e GB1 - misturas minerais utilizadas rotineiramente na fazenda e recomendadas para bovinos; GC1 animais não suplementados e GC2 mistura mineral indicada para búfalos criados em áreas de várzea com águas salobras. As sobras da mistura mineral foram recolhidas semanalmente para se calcular o consumo real da mesma. A cada 56 dias as circunferências escrotais, comprimentos, larguras e espessuras dos testículos foram mensurados, como também foi avaliada a disponibilidade quali-quantitativa da forragem. Aos 22 meses de idade, 77 búfalos foram submetidos a colheitas de sêmen semanais, nos meses de maio e junho de 2005 (n = 616 amostras de sêmen), através de eletroejaculação para se analisar as características físico-morfológicas do sêmen. No plasma seminal foram, determinadas as concentrações de Ca, P, Mg, Cu, Co, Fe, Zn e Mn. Após 14 meses de estudos constatou-se que tanto os animais do grupo GA2 como os do GB2 obtiveram um maior ganho de peso médio diário (p<0,0001). O grupo GA1 consumiu uma maior (p<0,0001) quantidade de mistura mineral, enquanto que para os grupos GB1 e GB2 não houve diferença significativa. 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Conclui-se ainda que a suplementação mineral testada exerceu efeito positivo sobre o peso e o ganho de peso médio diário dos animais dos experimentos A e B. Evidenciou-se médias significativamente maiores para as características físicas do sêmen dos animais que receberam a suplementação mineral testada (GA2) com exceção da concentração espermática. Para as características morfológicas do ejaculado, observou-se que os animais do grupo GA1 apresentaram médias significativamente maiores para o número total de espermatozóides anormais. Não foram verificadas diferenças significativas nas características físicas e morfológicas do sêmen dos grupos GB1 e GB2, com exceção do volume do ejaculado e da motilidade progressiva que foram significativamente maiores para os animais do grupo GB2. Observaram-se correlações significativas, porém baixas, entre a CE a algumas características do ejaculado. Conclui-se, portanto que houve influência da suplementação mineral nas características físicas e morfológicas do sêmen dos animais do experimento A, com melhores resultados para o grupo GA2, que consumiram a suplementação mineral testada; constatou-se, ainda, uma tendência de uma melhor qualidade no sêmen dos animais do grupo GB2. Foi possível averiguar que não houve diferença significativa para os constituintes macro e microminerais do plasma seminal de búfalos jovens, criados em pastejo rotacionado, exceto para os níveis de manganês que foram significativamente maiores para os animais do grupo GA2. Obtiveram-se os seguintes valores para Ca (14,32 ± 6,40 mg/dl), P (3,86 ± 3,30 mg/dl), Mg (11,64 ± 7,02 mg/dl), Zn (4,23 ± 1,35 μg/ml), Fe (8,23 ± 2,38 μg/ml), Cu (0,17 ± 0,07 μg/ml), Co (0,06 ± 0,04 μg/ml) e Mn (0,08 ± μ0,06 g/ml) contidos no plasma seminal de búfalos criados em pastejo rotacionado. Os animais do grupo GB2 apresentaram maiores níveis de fósforo e cobalto do que os do grupo GB1, que por sua vez obtiveram maiores teores de manganês. Encontraram-se os seguintes valores Ca (12,16 ± 2,97 mg/dl), P (4,01 ± 4,46 mg/dl), Mg (11,37 ± 6,48 mg/dl), Zn (4,02 ± 1,39 μg/ml), Fe (6,73 ± 1,80 μg/ml), Cu (0,07 ± 0,03 μg/ml), Co (0,14 ± 0,06 μg/ml) e Mn (0,17 ± 0,11 μg/ml) contidos no plasma seminal de búfalos criados em sistema extensivo. Muito embora alguns minerais tenham apresentado correlações significativas com algumas características do ejaculado, essas foram baixas. Portanto não se observou uma variação quali-quantitativa nas concentrações físicas e morfológicas do ejaculado de búfalos jovens criados em pastejo rotacionado e sistema extensivo, em função da concentração de minerais no plasma seminal.To objectify the study of the effect of mineral supplementation in the reproductive development of buffaloes of wean in the 24 months of age, were used 110 buffaloes, distributed in three experiments (A, B e C) created in three farms (GA, GB e GC) in the Para State. The experiments A e B were realized in areas of firm soil with cultivated pasture (Brachiaria brizantha cv. Marandu) in rotational and extensive management, respectively, with similar capacity of support and nutritional profile of the forage. The experiment C was developed in tilled plain areas in Marajo Island, with native pasture basically formed by Panicum sp, Axonopus sp e Paspalum sp. In all farms the animals were divided in two groups (A: GA1 e GA2 experiment, B: GB1 e GB2 experiment, and C: GC1 e GC2 experiment) which were maintained in the pasture with different mineral supplements. The animals were pondered in each 28 days and received different mineral supplements: GA2 and GB2 groups mineral blend, to be tested, indicated to buffaloes; GA1 and GB1 groups mineral blend used in a regular procedure in the farm and recommended to bovines; GC1 group not supplemented animals and GC2 group mineral blend indicated to buffaloes created in tilled plain areas with salutary waters. The remaining mineral blends were collected weekly to calculate the real use of the blends. In each 56 days the scrotal circumferences, lengths and widths of the testis were measured, and was evaluated the availablebility of the quality and the quantity of the forage, as well. In the 22 month of age, 77 buffaloes were submitted to weekly semen collects, in May and June of 2005 (n = 616 semen samples), trough electroejaculation to analyze the semen physic and morphologic characteristics. In the seminal plasma were determined the Ca, P, Mg, Cu, Co, Fe, Zn e Mn concentration. After 14 months of research both animal groups (GA2 and GB2 groups) got larger diary medium weight gain (p<0,0001). The GA1 group has consumed a larger (p<0,0001) quantity of mineral blend, although to the GB1 and GB2 groups there wasnt any significative difference. The testicular measurements of GA2 group were significatively larger, at the end of the research, as the GA1 group, proving that the effects of mineral supplement on these variants. To the GB2 group the thickness, the width and the testicular volume were significatively larger. The others measurements havent significant variations. In the C experiment there wasnt any variation between the weight and gain of weight to both groups. This is probably connected to low use of mineral blend by GC2 group. This insignificant difference of the weight between GC1 and GC2 group was followed by an insignificant difference in the testicular measurements of the groups. Due to high positive correlations between the scrotal circumference (SC), the weight of the body e others measurements, deduce that the SC can be used to predict the testicular size. It can be concluded, as well, that the tested mineral supplement carried out a positive effect on the weight and the gain of diary medium weight of the animals in the experiments A and B. The research proved significant bigger mean rates to the physical characteristics of the animals semen that received the tested mineral supplement (GA2) with exception of spermatic concentration. To the morphological characteristics of semen, it observed that the GA1 animal group showed significant mean rates larger to the total number of abnormal sperm. Significant differences werent noted in the physical and morphological characteristics of the semen of GB1 and GB2 groups, with exception of the volume of the semen and of the motility progressive which were significatively larger to the animals of GB2 group. Significant, but low correlations between the SC and some characteristics of the semen were observed. Consequently, it can be concluded, there were influence of the mineral supplement in the physical and morphological characteristics of the animals semen of A experiment, with better results to GA2 group , that consumed the tested mineral supplement; a tendency of a better quality of the animals semen of the GB2 group animals. Was possible to verify there werent important difference to the macro and micro mineral constituents of the seminal plasma of young buffaloes, created in rotational pasture system, except to the levels of manganese which were significatively larger to the GA2 group animals. The next values were obtained: to Ca (14,32 ± 6,40 mg/dl), P (3,86 ± 3,30 mg/dl), Mg (11,64 ± 7,02 mg/dl), Zn (4,23 ± 1,35 μg/ml), Fe (8,23 ± 2,38 μg/ml), Cu (0,17 ± 0,07 μg/ml), Co (0,06 ± 0,04 μg/ml) e Mn (0,08 ± 0,06 μg/ml) contained in the seminal plasma of the buffaloes created in rotational pasture system. The GB2 group animals introduced larger levels phosphorus and cobalt than the GB1 group, which obtained larger values of manganese. The following values were also discovered: Ca (12,16 ± 2,97 mg/dl), P (4,01 ± 4,46 mg/dl), Mg (11,37 ± 6,48 mg/dl), Zn (4,02 ± 1,39 μg/ml), Fe (6,73 ± 1,80 μg/ml), Cu (0,07 ± 0,03 μg/ml), Co (0,14 ± 0,06 μg/ml) e Mn (0,17 ± 0,11 μg/ml) contained in the seminal plasma of the buffaloes created in extensive system. In spite of some minerals have presented significant correlations with some characteristics of the semen, these ones were lows. Then a variation of the quality and the quantity of physical and morphological concentrations of the semen of young buffaloes created in rotational pasture system and extensive system werent observed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBaruselli, Pietro SampaioViana, Rinaldo Batista2006-04-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-03052013-085329/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-03052013-085329Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivando-se estudar o efeito da suplementação mineral no desenvolvimento reprodutivo de bubalinos do desmame aos 24 meses de idade, utilizaram-se 110 búfalos, distribuídos em três experimentos (A, B e C), que foram criados em três propriedades (GA, GB e GC) no Estado do Pará. Os experimentos A e B foram realizados em áreas de terra firme com pastagens cultivadas (Brachiaria brizantha cv. Marandu) em manejos rotacionado e extensivo, respectivamente, com capacidade de suporte e perfil nutricional da forragem, semelhantes. O experimento C foi desenvolvido em áreas de várzea na Ilha de Marajó, com pastagens nativas constituídas, principalmente, por Panicum sp, Axonopus sp e Paspalum sp. Em todas as propriedades dividiram-se os animais em dois grupos (experimento A: GA1 e GA2, experimento B: GB1 e GB2, e experimento C: GC1 e GC2) que foram mantidos a pasto com diferentes suplementações minerais. Os animais foram pesados a cada 28 dias e receberam distintos suplementos minerais: grupos GA2 e GB2 mistura mineral, a ser testada, indicada para búfalos; grupos GA1 e GB1 - misturas minerais utilizadas rotineiramente na fazenda e recomendadas para bovinos; GC1 animais não suplementados e GC2 mistura mineral indicada para búfalos criados em áreas de várzea com águas salobras. As sobras da mistura mineral foram recolhidas semanalmente para se calcular o consumo real da mesma. A cada 56 dias as circunferências escrotais, comprimentos, larguras e espessuras dos testículos foram mensurados, como também foi avaliada a disponibilidade quali-quantitativa da forragem. Aos 22 meses de idade, 77 búfalos foram submetidos a colheitas de sêmen semanais, nos meses de maio e junho de 2005 (n = 616 amostras de sêmen), através de eletroejaculação para se analisar as características físico-morfológicas do sêmen. No plasma seminal foram, determinadas as concentrações de Ca, P, Mg, Cu, Co, Fe, Zn e Mn. Após 14 meses de estudos constatou-se que tanto os animais do grupo GA2 como os do GB2 obtiveram um maior ganho de peso médio diário (p<0,0001). O grupo GA1 consumiu uma maior (p<0,0001) quantidade de mistura mineral, enquanto que para os grupos GB1 e GB2 não houve diferença significativa. As medidas testiculares do grupo GA2 foram significativamente maiores, ao final do estudo, do que as do grupo GA1, demonstrando com isso um efeito da suplementação mineral sobre estas variáveis. Para o grupo GB2 a espessura, a largura e o volume testicular foram significativamente maiores. As demais medidas não sofreram variações significativas. No experimento C não houve variação entre o peso e o ganho de peso para ambos os grupos. Isso provavelmente esta relacionado ao baixo consumo de mistura mineral pelo grupo GC2. Essa pequena diferença do peso entre os grupos GC1 e GC2 foi acompanhada por uma diferença não significativa nas medidas testiculares dos grupos. Deduz-se que devido as altas correlações positivas entre a circunferência escrotal (CE), o peso corporal e demais medidas dos testículos, a CE possa ser utilizada para predizer o tamanho testicular. Conclui-se ainda que a suplementação mineral testada exerceu efeito positivo sobre o peso e o ganho de peso médio diário dos animais dos experimentos A e B. Evidenciou-se médias significativamente maiores para as características físicas do sêmen dos animais que receberam a suplementação mineral testada (GA2) com exceção da concentração espermática. Para as características morfológicas do ejaculado, observou-se que os animais do grupo GA1 apresentaram médias significativamente maiores para o número total de espermatozóides anormais. Não foram verificadas diferenças significativas nas características físicas e morfológicas do sêmen dos grupos GB1 e GB2, com exceção do volume do ejaculado e da motilidade progressiva que foram significativamente maiores para os animais do grupo GB2. Observaram-se correlações significativas, porém baixas, entre a CE a algumas características do ejaculado. Conclui-se, portanto que houve influência da suplementação mineral nas características físicas e morfológicas do sêmen dos animais do experimento A, com melhores resultados para o grupo GA2, que consumiram a suplementação mineral testada; constatou-se, ainda, uma tendência de uma melhor qualidade no sêmen dos animais do grupo GB2. Foi possível averiguar que não houve diferença significativa para os constituintes macro e microminerais do plasma seminal de búfalos jovens, criados em pastejo rotacionado, exceto para os níveis de manganês que foram significativamente maiores para os animais do grupo GA2. Obtiveram-se os seguintes valores para Ca (14,32 ± 6,40 mg/dl), P (3,86 ± 3,30 mg/dl), Mg (11,64 ± 7,02 mg/dl), Zn (4,23 ± 1,35 μg/ml), Fe (8,23 ± 2,38 μg/ml), Cu (0,17 ± 0,07 μg/ml), Co (0,06 ± 0,04 μg/ml) e Mn (0,08 ± μ0,06 g/ml) contidos no plasma seminal de búfalos criados em pastejo rotacionado. Os animais do grupo GB2 apresentaram maiores níveis de fósforo e cobalto do que os do grupo GB1, que por sua vez obtiveram maiores teores de manganês. Encontraram-se os seguintes valores Ca (12,16 ± 2,97 mg/dl), P (4,01 ± 4,46 mg/dl), Mg (11,37 ± 6,48 mg/dl), Zn (4,02 ± 1,39 μg/ml), Fe (6,73 ± 1,80 μg/ml), Cu (0,07 ± 0,03 μg/ml), Co (0,14 ± 0,06 μg/ml) e Mn (0,17 ± 0,11 μg/ml) contidos no plasma seminal de búfalos criados em sistema extensivo. Muito embora alguns minerais tenham apresentado correlações significativas com algumas características do ejaculado, essas foram baixas. 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