Uso de glicerina bruta e farelo de algodão na alimentação de ovinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Patricia Pimentel dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-14072016-141004/
Resumo: Os ovinos apresentam grande potencial de aproveitamento de produtos que não seriam empregados na alimentação de animais monogástricos. Dentre esses produtos estão os coprodutos da cadeia do biodiesel. Porém os ruminantes produzem metano durante o processo digestivo, um dos gases de efeito estufa. O objetivo deste trabalho foi avaliar o farelo de algodão e a glicerina bruta na alimentação de ovinos em substituição ao farelo de soja e do milho. Neste trabalho foram realizados três experimentos. O primeiro foi realizado ensaio in vitro de produção de gases e de degradabilidade da matéria orgânica para avaliar dietas com feno de Tifton (70%) e concentrado (30%) com milho e farelo de soja. As dietas experimentais foram elaboradas substituindo-se o farelo de soja pelo farelo de algodão e o milho por glicerina bruta nos níveis de 25, 50, 75 e 100%, totalizando 25 dietas. Como resultado, foi encontrada redução na produção de gases com o aumento na proporção de farelo de algodão, além do aumento na produção de gases até 75% de glicerina bruta, sendo que acima deste nível houve redução na produção de gases. Para a degradabilidade das dietas, houve aumento com a substituição de até 50% de farelo de algodão. Quanto à produção de metano, houve aumento de acordo com o aumento nos níveis de glicerina, não sendo influenciada pela presença de farelo de algodão. Com os resultados deste primeiro experimento, foram selecionadas dez dietas que apresentaram maiores valores de degradabilidade e menor produção de metano, as quais foram utilizadas nos ensaios in vitro de degradabilidade e digestibilidade pós ruminal da proteína; bem como a quantificação dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) produzidos no ensaio de produção de gases. Para os resultados de degradabilidade da proteína foi observado que a adição de glicerina bruta promoveu redução, enquanto que para a digestibilidade da proteína pós-rúmen, a presença de glicerina bruta não teve efeito. Para os AGCC se observou aumento na produção de propionato e redução na de acetato, em relação à adição de glicerina bruta. Após os dois ensaios, foram selecionadas cinco dietas que apresentaram os melhores resultados de degradabilidade in vitro para estimar a síntese microbiana in vitro. Não foram observadas diferenças entre as dietas testadas para síntese microbiana. De acordo com os resultados dos ensaios in vitro, foram selecionadas duas dietas que apresentaram os melhores resultados para a digestibilidade da proteína e da matéria orgânica, bem como para a produção de metano. Foram realizados dois ensaios, o primeiro com 15 animais e o segundo com 6 animais. Como resultados foram observados redução na digestibilidade da fibra em detergente neutro e da proteína bruta para as dietas testadas. Quanto à concentração de AGCC in vivo, houve redução na concentração de acetato e aumento na de propionato. A produção de metano in vivo foi menor nos animais que receberam as dietas testadas. Como conclusão pode-se afirmar que tanto o farelo de algodão como a glicerina bruta podem substituir os ingredientes tradicionais farelo de soja e milho na dieta para ruminantes
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As dietas experimentais foram elaboradas substituindo-se o farelo de soja pelo farelo de algodão e o milho por glicerina bruta nos níveis de 25, 50, 75 e 100%, totalizando 25 dietas. Como resultado, foi encontrada redução na produção de gases com o aumento na proporção de farelo de algodão, além do aumento na produção de gases até 75% de glicerina bruta, sendo que acima deste nível houve redução na produção de gases. Para a degradabilidade das dietas, houve aumento com a substituição de até 50% de farelo de algodão. Quanto à produção de metano, houve aumento de acordo com o aumento nos níveis de glicerina, não sendo influenciada pela presença de farelo de algodão. Com os resultados deste primeiro experimento, foram selecionadas dez dietas que apresentaram maiores valores de degradabilidade e menor produção de metano, as quais foram utilizadas nos ensaios in vitro de degradabilidade e digestibilidade pós ruminal da proteína; bem como a quantificação dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) produzidos no ensaio de produção de gases. Para os resultados de degradabilidade da proteína foi observado que a adição de glicerina bruta promoveu redução, enquanto que para a digestibilidade da proteína pós-rúmen, a presença de glicerina bruta não teve efeito. Para os AGCC se observou aumento na produção de propionato e redução na de acetato, em relação à adição de glicerina bruta. Após os dois ensaios, foram selecionadas cinco dietas que apresentaram os melhores resultados de degradabilidade in vitro para estimar a síntese microbiana in vitro. Não foram observadas diferenças entre as dietas testadas para síntese microbiana. De acordo com os resultados dos ensaios in vitro, foram selecionadas duas dietas que apresentaram os melhores resultados para a digestibilidade da proteína e da matéria orgânica, bem como para a produção de metano. Foram realizados dois ensaios, o primeiro com 15 animais e o segundo com 6 animais. Como resultados foram observados redução na digestibilidade da fibra em detergente neutro e da proteína bruta para as dietas testadas. Quanto à concentração de AGCC in vivo, houve redução na concentração de acetato e aumento na de propionato. A produção de metano in vivo foi menor nos animais que receberam as dietas testadas. Como conclusão pode-se afirmar que tanto o farelo de algodão como a glicerina bruta podem substituir os ingredientes tradicionais farelo de soja e milho na dieta para ruminantesSheep have great potential for using products that usually would not be used in feeding of monogastric animals. Among these products are the byproducts of the biodiesel chain. However ruminants produce methane during the digestive process, one of the greenhouse gases. The aim of this study was to evaluate the cottonseed meal and crude glycerin in diets for sheep to replace soybean meal and corn respectively. This work was carried out in three experiments. The first trial was an in vitro gas production and organic matter degradability assay for evaluating diets with 70% Tifton hay and 30% concentrate (soybean meal and corn). The experimental diets were formulated by replacing soybean meal by cottonseed meal and corn by crude glycerin at levels of 25, 50, 75 and 100%, totaling 25 diets. As results, it was observed a decreased in the gas production with the increase in the proportion of cottonseed meal, and it was also observed an increase when crude glycerin was increased up to 75%, and above this level, there was a reduction in the gases production. For degradability, it was increased with the replacement of up to 50% of cottonseed meal. Methane production was increased in accordance with increasing levels of glycerin, and it was not influenced by the presence of cottonseed meal. After this experiment, it was selected ten diets which showed higher degradability and lower methane production, and then they were used for in vitro degradability and post ruminal digestibility of protein tests, as well as the quantification of short-chain fatty acids (SCFA) produced during the gas test. The result of degradability of the protein was observed that the addition of crude glycerin caused a reduction in degradability of the diets; as for the digestibility of protein post-rumen, the presence of crude glycerin did not affect digestibility, whereas the highest values were observed in the diets which had lower degradability. SCFA quantification showed an increase in propionate production and decreased in acetate production as reflecting the addition of crude glycerin. After the two tests, it was selected five diets in order to evaluate its potential for in vitro microbial synthesis; with no differences observed among the tested diets. According to the results from the in vitro assays, it was selected two diets which showed best results for digestibility of protein and organic matter as well as methane production. These two diets were used to conduct an in vivo digestibility trial and quantification of enteric methane production. Two experiments were conducted, the first with 15 animals and the second with 6 animals. As results, it was observed reduction in neutral detergent fiber and crude protein digestibility for the tested diets. As for the concentration of SCFA in vivo, reduction in the acetate concentration with increase in propionate concentrations was observed. For methane production in vivo, there was a reduction in methane production by animals fed the tested diets. As a conclusion, it can be stated that both the cottonseed meal and crude glycerin can replace the traditional ingredients soybean meal and corn in diets for ruminantsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAbdalla, Adibe LuizSantos, Patricia Pimentel dos2013-07-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-14072016-141004/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:47Zoai:teses.usp.br:tde-14072016-141004Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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