Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-05062023-110005/ |
Resumo: | Bloqueios anestésicos em quaisquer partes do corpo são úteis para analgesia intraoperatória e pós-operatória. Nos bloqueios do plano eretor da espinha (BPES) e paravertebral torácico (BPVT) é possível fazer uma injeção única, mas também é possível administrar anestésico local (AL) continuamente no período pós-operatório, por meio de um cateter deixado no local. Se a injeção única já é capaz de produzir toxicidade pelo AL tanto no sistema nervoso central quanto no sistema cardiovascular, a administração contínua suscita preocupação. Este trabalho teve o objetivo de mensurar a concentração plasmática arterial de ropivacaína após bolus e infusão contínua desse AL durante 24 horas. Este ensaio clínico foi prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado e com dois braços paralelos: 18 pacientes que receberam o BPES e 16 que receberam o BPVT. Todos os bloqueios foram realizados com o auxílio da ultrassonografia e após a indução da anestesia geral. Amostras de sangue arterial foram coletadas em tempos pré determinados (1; 2,5; 5; 7,5; 10; 12,5; 15; 17,5; 20; 25; 30 minutos) para quantificação da concentração plasmática de ropivacaína. Após o término da cirurgia, iniciou-se infusão contínua de ropivacaína pelo cateter, pelo período de 24 horas. Nova amostra de sangue para quantificação de ropivacaína foi coletada no tempo 24 horas. Não houve diferença entre as concentrações plasmáticas de ropivacaína após a injeção em bolus e em infusão contínua de ropivacaína nos pacientes que receberam BPES ou BPVT. Infere-se, assim, que o BPES apresenta segurança, em termos de toxicidade sistêmica ao anestésico local, muito semelhante ao BPVT, após administração de bolus de 0,4 ml/kg de ropivacaína a 0,5% e infusão contínua via cateter de 0,1 mL/kg/h de ropivacaina a 0,2%. Em ambos, as concentrações plasmáticas arteriais de ropivacaína total e não ligada estiveram bem abaixo dos limites de toxicidade. A administração em bolus e em infusão contínua de ropivacaína nas doses assinaladas é segura. |
id |
USP_cf74f6230c485682a5be543f7822c248 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-05062023-110005 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonaresPlasma concentration of ropivacaine after spinal erector plane block and thoracic paravertebral in lung surgeriesBloqueio do plano eretor da espinhaBloqueio paravertebral torácicoErector spinae plane blockFarmacocinéticaLocal anesthetic toxicityRopivacaínaRopivacaine pharmacokineticsThoracic paravertebral blockToxicidade do anestésico localBloqueios anestésicos em quaisquer partes do corpo são úteis para analgesia intraoperatória e pós-operatória. Nos bloqueios do plano eretor da espinha (BPES) e paravertebral torácico (BPVT) é possível fazer uma injeção única, mas também é possível administrar anestésico local (AL) continuamente no período pós-operatório, por meio de um cateter deixado no local. Se a injeção única já é capaz de produzir toxicidade pelo AL tanto no sistema nervoso central quanto no sistema cardiovascular, a administração contínua suscita preocupação. Este trabalho teve o objetivo de mensurar a concentração plasmática arterial de ropivacaína após bolus e infusão contínua desse AL durante 24 horas. Este ensaio clínico foi prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado e com dois braços paralelos: 18 pacientes que receberam o BPES e 16 que receberam o BPVT. Todos os bloqueios foram realizados com o auxílio da ultrassonografia e após a indução da anestesia geral. Amostras de sangue arterial foram coletadas em tempos pré determinados (1; 2,5; 5; 7,5; 10; 12,5; 15; 17,5; 20; 25; 30 minutos) para quantificação da concentração plasmática de ropivacaína. Após o término da cirurgia, iniciou-se infusão contínua de ropivacaína pelo cateter, pelo período de 24 horas. Nova amostra de sangue para quantificação de ropivacaína foi coletada no tempo 24 horas. Não houve diferença entre as concentrações plasmáticas de ropivacaína após a injeção em bolus e em infusão contínua de ropivacaína nos pacientes que receberam BPES ou BPVT. Infere-se, assim, que o BPES apresenta segurança, em termos de toxicidade sistêmica ao anestésico local, muito semelhante ao BPVT, após administração de bolus de 0,4 ml/kg de ropivacaína a 0,5% e infusão contínua via cateter de 0,1 mL/kg/h de ropivacaina a 0,2%. Em ambos, as concentrações plasmáticas arteriais de ropivacaína total e não ligada estiveram bem abaixo dos limites de toxicidade. A administração em bolus e em infusão contínua de ropivacaína nas doses assinaladas é segura.Anesthetic blocks in any parts of the body are useful for intraoperative and postoperative analgesia. In erector spinae plane block (ESPB) and thoracic paravertebral block (TPVB), it is possible to make a single injection, but it is also possible to administer local anesthetic (LA) continuously in the postoperative period, by means of a catheter left at the site. If the single injection is already capable of producing toxicity by the LA in both the central nervous system and the cardiovascular system, continuous administration raises concern. The objective of this work was to measure the arterial plasma concentration of ropivacaine after bolus and continuous infusion of this LA for 24 hours. This clinical trial was prospective, randomized, double-blind, controlled and with two parallel arms: 18 patients who received ESPB and 16 received TPVB. All blockades were performed with the aid of ultrasound and after induction of general anesthesia. Arterial blood samples were collected at predetermined times (1; 2.5; 5; 7.5; 10; 12.5; 15; 17.5; 20; 25; 30 minutes) to quantify the plasma concentration of ropivacaine. After the end of the surgery, continuous infusion of ropivacaine was initiated through the catheter for a period of 24 hours. A new blood sample for ropivacaine quantification was collected in 24 hours. There was no difference between plasma concentrations of ropivacaine after bolus injection and continuous infusion of ropivacaine in patients receiving ESPB or TPVB. Thus, it is infering that ESPB presents safety in terms of local anesthetic systemic toxicity very similar to TPVB, after bolus administration of 0.4 ml/kg of 0.5% ropivacaine and continuous infusion via a 0.1 mL/kg/h catheter of 0.2% ropivacaine. In both, arterial plasma concentrations of total and unbound ropivacaine were well below toxicity limits. The administration in bolus and continuous infusion of ropivacaine at the indicated doses is safe.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGarcia, Luis VicenteGarcia, Waynice Neiva de PaulaPereira, Victor Egypto2023-03-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-05062023-110005/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-06-12T14:34:34Zoai:teses.usp.br:tde-05062023-110005Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-06-12T14:34:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares Plasma concentration of ropivacaine after spinal erector plane block and thoracic paravertebral in lung surgeries |
title |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares |
spellingShingle |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares Pereira, Victor Egypto Bloqueio do plano eretor da espinha Bloqueio paravertebral torácico Erector spinae plane block Farmacocinética Local anesthetic toxicity Ropivacaína Ropivacaine pharmacokinetics Thoracic paravertebral block Toxicidade do anestésico local |
title_short |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares |
title_full |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares |
title_fullStr |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares |
title_full_unstemmed |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares |
title_sort |
Concentração plasmática de ropivacaína após bloqueio do plano eretor da espinha e paravertebral torácico em cirurgias pulmonares |
author |
Pereira, Victor Egypto |
author_facet |
Pereira, Victor Egypto |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Garcia, Luis Vicente Garcia, Waynice Neiva de Paula |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Victor Egypto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bloqueio do plano eretor da espinha Bloqueio paravertebral torácico Erector spinae plane block Farmacocinética Local anesthetic toxicity Ropivacaína Ropivacaine pharmacokinetics Thoracic paravertebral block Toxicidade do anestésico local |
topic |
Bloqueio do plano eretor da espinha Bloqueio paravertebral torácico Erector spinae plane block Farmacocinética Local anesthetic toxicity Ropivacaína Ropivacaine pharmacokinetics Thoracic paravertebral block Toxicidade do anestésico local |
description |
Bloqueios anestésicos em quaisquer partes do corpo são úteis para analgesia intraoperatória e pós-operatória. Nos bloqueios do plano eretor da espinha (BPES) e paravertebral torácico (BPVT) é possível fazer uma injeção única, mas também é possível administrar anestésico local (AL) continuamente no período pós-operatório, por meio de um cateter deixado no local. Se a injeção única já é capaz de produzir toxicidade pelo AL tanto no sistema nervoso central quanto no sistema cardiovascular, a administração contínua suscita preocupação. Este trabalho teve o objetivo de mensurar a concentração plasmática arterial de ropivacaína após bolus e infusão contínua desse AL durante 24 horas. Este ensaio clínico foi prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado e com dois braços paralelos: 18 pacientes que receberam o BPES e 16 que receberam o BPVT. Todos os bloqueios foram realizados com o auxílio da ultrassonografia e após a indução da anestesia geral. Amostras de sangue arterial foram coletadas em tempos pré determinados (1; 2,5; 5; 7,5; 10; 12,5; 15; 17,5; 20; 25; 30 minutos) para quantificação da concentração plasmática de ropivacaína. Após o término da cirurgia, iniciou-se infusão contínua de ropivacaína pelo cateter, pelo período de 24 horas. Nova amostra de sangue para quantificação de ropivacaína foi coletada no tempo 24 horas. Não houve diferença entre as concentrações plasmáticas de ropivacaína após a injeção em bolus e em infusão contínua de ropivacaína nos pacientes que receberam BPES ou BPVT. Infere-se, assim, que o BPES apresenta segurança, em termos de toxicidade sistêmica ao anestésico local, muito semelhante ao BPVT, após administração de bolus de 0,4 ml/kg de ropivacaína a 0,5% e infusão contínua via cateter de 0,1 mL/kg/h de ropivacaina a 0,2%. Em ambos, as concentrações plasmáticas arteriais de ropivacaína total e não ligada estiveram bem abaixo dos limites de toxicidade. A administração em bolus e em infusão contínua de ropivacaína nas doses assinaladas é segura. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-03-13 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-05062023-110005/ |
url |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-05062023-110005/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1809090409442312192 |