Expressão de marcadores imunoistoquímicos de origem tecidual e de carcinogênese nos adenocarcinomas tipo intestinal e pancreatobiliar da ampola de Vater
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-18022010-151232/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Os adenocarcinomas da ampola de Vater (AAV) são classificados conforme a diferenciação histológica em tipos pancreatobliliar e intestinal, com comportamento biológico e prognóstico diferentes. O objetivo deste estudo foi determinar um painel imuno-histoquímico para a diferenciação do tipo histológico dos AAVs e analisar os fatores relacionados com a sobrevivência desses tumores em uma série de pacientes submetidos à ressecção do tumor com intenção curativa. MÉTODO: Variáveis clínicas e histopatológicas foram analisadas para os tipos intestinal e pancreatobiliar em 97 doentes submetidos à ressecção pancreática por AAV. A expressão de mucinas (MUC1, MUC2, MUC5AC, MUC6), citoqueratinas (CK7, CK17, CK20), CD10, CDX2, p53, p16, Ki67, CEA, CA19-9, hMLH1, hMLH2 e hMSH6 foi avaliada usando técnica de imunoistoquímica. RESULTADOS: Quarenta e três casos foram histologicamente classificados como tipo intestinal, 47 como tipo pancreatobiliar e 7 em outros tipos, de acordo com a classificação de Albores-Saavedra. O tipo intestinal apresentou expressão significativamente maior de MUC2 (74,4% vs 23,4%; p<0,001), CK20 (76,7% vs 29,8%; p <0,001), CDX2 (86% vs 21,3%; p<0,001) e CD10 (81,4% vs 51,1%; p=0,002); enquanto MUC1 (53,5% vs 82,9%; p=0,001) e CK7 (79,1% vs 95,7%; p=0,041) foram mais expressos nos adenocarcinomas pancreatobiliares. Os marcadores imunoistoquímicos com maior acurácia para determinação do tipo histológico foram CDX2, MUC2 e CK20 (82,2%, 75,5% e 73,3% respectivamente). A positividade para p53, p16, Ki67, CEA e CA19-9 foram 36,1%, 30,9%, 37,1%, 79,4% e 88,6%, respectivamente, sem qualquer diferença significativa entre os tipos intestinal e pancreatobiliar. A perda de expressão de pelo menos uma das proteínas hMLH1, hMLH2 e hMSH6 ocorreu em 13,4%, sem diferença entre os tipos histológicos. Em análise univarida, a sobrevivência foi significativamente menor para o tipo histológico pancreaticobiliar (p = 0,021), estadiamentos TNM mais avançados (p <0,001), neoplasias com acometimento linfonodal (p <0,001) e invasão linfática (p=0,004). Em análise multivariada, o acometimento linfonodal (p <0,001) e a invasão linfática (0,013) foram fatores independentes de risco. CONCLUSÃO: A expressão imunoistoquímica de MUC1, MUC2 e CDX2 são úteis para a classificação dos AAVs em tipo intestinal e pancreatobiliar. O tipo intestinal esteve associado a um melhor prognóstico, mas apenas o acometimento linfonodal e a invasão linfática foram fatores independentes de risco |
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Expressão de marcadores imunoistoquímicos de origem tecidual e de carcinogênese nos adenocarcinomas tipo intestinal e pancreatobiliar da ampola de VaterImmunohistochemistry expression of tissue origin and carcinogenesis markers in adenocarcinomas of intestinal and pancreaticobiliary types of Vaters ampollaAdenocarcinomaAdenocarcinomaAmpola hepatopancreáticaCirurgiaHepatopancreatic ampullaImmunohistochemistryImunoistoquímicaPrognosisPrognósticoSurgeryINTRODUÇÃO: Os adenocarcinomas da ampola de Vater (AAV) são classificados conforme a diferenciação histológica em tipos pancreatobliliar e intestinal, com comportamento biológico e prognóstico diferentes. O objetivo deste estudo foi determinar um painel imuno-histoquímico para a diferenciação do tipo histológico dos AAVs e analisar os fatores relacionados com a sobrevivência desses tumores em uma série de pacientes submetidos à ressecção do tumor com intenção curativa. MÉTODO: Variáveis clínicas e histopatológicas foram analisadas para os tipos intestinal e pancreatobiliar em 97 doentes submetidos à ressecção pancreática por AAV. A expressão de mucinas (MUC1, MUC2, MUC5AC, MUC6), citoqueratinas (CK7, CK17, CK20), CD10, CDX2, p53, p16, Ki67, CEA, CA19-9, hMLH1, hMLH2 e hMSH6 foi avaliada usando técnica de imunoistoquímica. RESULTADOS: Quarenta e três casos foram histologicamente classificados como tipo intestinal, 47 como tipo pancreatobiliar e 7 em outros tipos, de acordo com a classificação de Albores-Saavedra. O tipo intestinal apresentou expressão significativamente maior de MUC2 (74,4% vs 23,4%; p<0,001), CK20 (76,7% vs 29,8%; p <0,001), CDX2 (86% vs 21,3%; p<0,001) e CD10 (81,4% vs 51,1%; p=0,002); enquanto MUC1 (53,5% vs 82,9%; p=0,001) e CK7 (79,1% vs 95,7%; p=0,041) foram mais expressos nos adenocarcinomas pancreatobiliares. Os marcadores imunoistoquímicos com maior acurácia para determinação do tipo histológico foram CDX2, MUC2 e CK20 (82,2%, 75,5% e 73,3% respectivamente). A positividade para p53, p16, Ki67, CEA e CA19-9 foram 36,1%, 30,9%, 37,1%, 79,4% e 88,6%, respectivamente, sem qualquer diferença significativa entre os tipos intestinal e pancreatobiliar. A perda de expressão de pelo menos uma das proteínas hMLH1, hMLH2 e hMSH6 ocorreu em 13,4%, sem diferença entre os tipos histológicos. Em análise univarida, a sobrevivência foi significativamente menor para o tipo histológico pancreaticobiliar (p = 0,021), estadiamentos TNM mais avançados (p <0,001), neoplasias com acometimento linfonodal (p <0,001) e invasão linfática (p=0,004). Em análise multivariada, o acometimento linfonodal (p <0,001) e a invasão linfática (0,013) foram fatores independentes de risco. CONCLUSÃO: A expressão imunoistoquímica de MUC1, MUC2 e CDX2 são úteis para a classificação dos AAVs em tipo intestinal e pancreatobiliar. O tipo intestinal esteve associado a um melhor prognóstico, mas apenas o acometimento linfonodal e a invasão linfática foram fatores independentes de riscoThe intestinal and pancreatobliliary types of histological Vaters ampulla adenocarcinoma present different biologic behavior and prognosis. The aim of the present study was to determine the best immunohistochemical panel for tumor classification and analyze the survival of these histological types in a series of patients. Clinical and histopathologal variables were analyzed for each pancreatobiliary and intestinal type differentiation in 97 resected ampullary adenocarcinomas. The expression of mucins (MUC1, MUC2, MUC5AC, MUC6), cytokeratins (CK7, CK17, CK20), CD10, CDX2, p53, p16, Ki67, CEA, CA19-9, hMLH1, hMLH2 and hMSH6 was evaluated by using immunohistochemistry. Forty three Vaters ampulla carcinomas were histologically classified into intestinal type, 47 into pancreatobiliary type and 7 into other types, according to Albores-Saavedra classification. The intestinal type had a significantly higher expression of MUC2 (74.4%vs23.4%. p<0.001), CK20 (76.7%vs29.8%p<0.001), CDX2 (86%vs21. 3%. p<0.001) and CD10 (81.4%vs51.1%. p=0.002); while MUC1 (53.5%vs82.9%. p=0.001) and CK7 (79.1%vs95.7%. p=0.041) were higher in pancreatobiliary adenocarcinomas. The most accurate markers for the immunohistochemical classification were CDX2, MUC2 and CK20 (82.2%. 75.5% and 73.3% respectively). The positivity of p53, p16, Ki67, CEA and CA19-9 were 36.1%, 30.6%, 37.1%, 79% and 88%, respectively without any significant difference between intestinal and pancreatobiliary types. Loss of hMLH1, hMLH2 and hMSH6 proteins expression occurred in 13.4% of Vaters adenocarcinoma, without difference between intestinal and pancreaticobiliary types. Survival was significantly affected by pancreaticobiliary type (p=0.021), tumor grade (p<0.001), nodal status (p<0.001) and lymphatic invasion (p=0.004). Only regional lymph node involvement (p<0.001) and lymphatic invasion (p=0.013) was independent risk factors for survival in a multivariate analysis. In conclusion, the immunohistochemical expression of apomucins MUC1, MUC2 and CDX2 are useful for the classification of ampullary adenocarcinoma in intestinal and pancreaticobiliary types. Intestinal type was associated with a better prognosis, but only lymph node status and lymphatic invasion were independent risk factorsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJukemura, JoséHaddad, Luciana Bertocco de Paiva2009-09-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-18022010-151232/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:01Zoai:teses.usp.br:tde-18022010-151232Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: Os adenocarcinomas da ampola de Vater (AAV) são classificados conforme a diferenciação histológica em tipos pancreatobliliar e intestinal, com comportamento biológico e prognóstico diferentes. O objetivo deste estudo foi determinar um painel imuno-histoquímico para a diferenciação do tipo histológico dos AAVs e analisar os fatores relacionados com a sobrevivência desses tumores em uma série de pacientes submetidos à ressecção do tumor com intenção curativa. MÉTODO: Variáveis clínicas e histopatológicas foram analisadas para os tipos intestinal e pancreatobiliar em 97 doentes submetidos à ressecção pancreática por AAV. A expressão de mucinas (MUC1, MUC2, MUC5AC, MUC6), citoqueratinas (CK7, CK17, CK20), CD10, CDX2, p53, p16, Ki67, CEA, CA19-9, hMLH1, hMLH2 e hMSH6 foi avaliada usando técnica de imunoistoquímica. RESULTADOS: Quarenta e três casos foram histologicamente classificados como tipo intestinal, 47 como tipo pancreatobiliar e 7 em outros tipos, de acordo com a classificação de Albores-Saavedra. O tipo intestinal apresentou expressão significativamente maior de MUC2 (74,4% vs 23,4%; p<0,001), CK20 (76,7% vs 29,8%; p <0,001), CDX2 (86% vs 21,3%; p<0,001) e CD10 (81,4% vs 51,1%; p=0,002); enquanto MUC1 (53,5% vs 82,9%; p=0,001) e CK7 (79,1% vs 95,7%; p=0,041) foram mais expressos nos adenocarcinomas pancreatobiliares. Os marcadores imunoistoquímicos com maior acurácia para determinação do tipo histológico foram CDX2, MUC2 e CK20 (82,2%, 75,5% e 73,3% respectivamente). A positividade para p53, p16, Ki67, CEA e CA19-9 foram 36,1%, 30,9%, 37,1%, 79,4% e 88,6%, respectivamente, sem qualquer diferença significativa entre os tipos intestinal e pancreatobiliar. A perda de expressão de pelo menos uma das proteínas hMLH1, hMLH2 e hMSH6 ocorreu em 13,4%, sem diferença entre os tipos histológicos. Em análise univarida, a sobrevivência foi significativamente menor para o tipo histológico pancreaticobiliar (p = 0,021), estadiamentos TNM mais avançados (p <0,001), neoplasias com acometimento linfonodal (p <0,001) e invasão linfática (p=0,004). Em análise multivariada, o acometimento linfonodal (p <0,001) e a invasão linfática (0,013) foram fatores independentes de risco. CONCLUSÃO: A expressão imunoistoquímica de MUC1, MUC2 e CDX2 são úteis para a classificação dos AAVs em tipo intestinal e pancreatobiliar. O tipo intestinal esteve associado a um melhor prognóstico, mas apenas o acometimento linfonodal e a invasão linfática foram fatores independentes de risco |
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