Características biomecânicas do salto e mudança de direção em mulheres praticantes de voleibol e basquetebol com histórico de fratura por estresse na tíbia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-05102021-141927/ |
Resumo: | Embora seja frequentemente incapacitante e apresente um alto índice de recidiva, condições que ocasionam desde quadros de interrupção da atividade, até situações de acometimento total da estrutura cortical, os dados disponíveis na literatura especializada acerca da fratura por estresse são escassos. O objetivo deste trabalho foi analisar as características biomecânicas de movimentos de locomoção de voluntários com históricos de fratura por estresse na tíbia. No presente estudo, foram analisadas 24 voluntárias: atletas profissionais com idade média de 18±1, sendo que destas, 17 nunca haviam apresentado nenhum episódio de fratura por estresse tibial (grupo controle). O grupo experimental (n=7) foi composto por atletas profissionais (que haviam apresentado histórico de fraturas por estresse primária ou reincidente em algum momento de suas carreiras. O grupo controle (n=17) também foi composto por atletas profissionais que no entanto não haviam apresentado qualquer tipo de lesão musculoesquelética nos últimos 6 meses. As voluntárias foram avaliadas em movimentos específicos das modalidades praticadas (basquete e voleibol): salto vertical, salto horizontal, e mudanças de direção. As voluntárias foram monitoradas bilateralmente por eletromiografia de superfície nos mm. gastrocnêmio mediai e tibial anterior onde foi avaliado RMS no janelamento de 50ms pré e pós contato do sujeito com a plataforma de força nas condições de deslocamento antero-posterior, deslocamento lateral-medial, saltos horizontais e verticais, e pela plataforma de força piezoelétrica onde se avaliou a força pico, tempo de pico, gradiente de crescimento e impulso em 50ms nos momentos de transição de massa para os deslocamentos, controle de carga para os saltos verticais e propulsão e controle de carga para os saltos verticais. Os resultados, mostram que apenas nas condições de deslocamento ântero-posterior houveram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, sendo que nessa condição, o grupo experimental mostrou um tempo para pico de força diminuído (0,20±0,090s-15±0,09s) e um gradiente de crescimento aumentado (12,63 \' + OU -\' 10,04s - 20,7 \'+ OU -\' 18,31 s) quando comparado ao grupo controle para as variáveis dinâmicas. Para a mesma condição, os parâmetros relacionados à ativação muscular do grupo experimental , apresentaram-se diferenciados em relação ao grupo controle. O músculo gastrocrêmio medial, no momento da transição do deslocamento anterior para posterior, apresentou uma atividade eletromiográfica maior no janelamento de 50 ms pré-contato com o solo (1,19 \'+ ou -\' 0,84s - 1,43 \'+ OU -\' 0,62s). Os resultados obtidos evidenciam a existência de importantes alterações no acionamento muscular das voluntárias com histórico de fratura por estresse, alterações estas que podem explicar o comportamento dinâmico observado no grupo_ |
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Características biomecânicas do salto e mudança de direção em mulheres praticantes de voleibol e basquetebol com histórico de fratura por estresse na tíbiaBiomechanical characteristics of the jump and change direction in women\'s basketball and volleyball players with a history of stress fracture of the tibiaBiomecânicaBiomechanicsFraturas por estresseLesões esportivasSports injuriesStress fracturesEmbora seja frequentemente incapacitante e apresente um alto índice de recidiva, condições que ocasionam desde quadros de interrupção da atividade, até situações de acometimento total da estrutura cortical, os dados disponíveis na literatura especializada acerca da fratura por estresse são escassos. O objetivo deste trabalho foi analisar as características biomecânicas de movimentos de locomoção de voluntários com históricos de fratura por estresse na tíbia. No presente estudo, foram analisadas 24 voluntárias: atletas profissionais com idade média de 18±1, sendo que destas, 17 nunca haviam apresentado nenhum episódio de fratura por estresse tibial (grupo controle). O grupo experimental (n=7) foi composto por atletas profissionais (que haviam apresentado histórico de fraturas por estresse primária ou reincidente em algum momento de suas carreiras. O grupo controle (n=17) também foi composto por atletas profissionais que no entanto não haviam apresentado qualquer tipo de lesão musculoesquelética nos últimos 6 meses. As voluntárias foram avaliadas em movimentos específicos das modalidades praticadas (basquete e voleibol): salto vertical, salto horizontal, e mudanças de direção. As voluntárias foram monitoradas bilateralmente por eletromiografia de superfície nos mm. gastrocnêmio mediai e tibial anterior onde foi avaliado RMS no janelamento de 50ms pré e pós contato do sujeito com a plataforma de força nas condições de deslocamento antero-posterior, deslocamento lateral-medial, saltos horizontais e verticais, e pela plataforma de força piezoelétrica onde se avaliou a força pico, tempo de pico, gradiente de crescimento e impulso em 50ms nos momentos de transição de massa para os deslocamentos, controle de carga para os saltos verticais e propulsão e controle de carga para os saltos verticais. Os resultados, mostram que apenas nas condições de deslocamento ântero-posterior houveram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, sendo que nessa condição, o grupo experimental mostrou um tempo para pico de força diminuído (0,20±0,090s-15±0,09s) e um gradiente de crescimento aumentado (12,63 \' + OU -\' 10,04s - 20,7 \'+ OU -\' 18,31 s) quando comparado ao grupo controle para as variáveis dinâmicas. Para a mesma condição, os parâmetros relacionados à ativação muscular do grupo experimental , apresentaram-se diferenciados em relação ao grupo controle. O músculo gastrocrêmio medial, no momento da transição do deslocamento anterior para posterior, apresentou uma atividade eletromiográfica maior no janelamento de 50 ms pré-contato com o solo (1,19 \'+ ou -\' 0,84s - 1,43 \'+ OU -\' 0,62s). Os resultados obtidos evidenciam a existência de importantes alterações no acionamento muscular das voluntárias com histórico de fratura por estresse, alterações estas que podem explicar o comportamento dinâmico observado no grupo_Data available in literature about stress fractures are scarce, even though it is often disabling and presents a high recurrence rate. These conditions can cause disruption of activity and total involvement of bone cortical structure. The aim of this study was to analyze the biomechanical charateristics of locomotion of volunteers with history of tibial fracture caused by stress. In this study we analyzed 24 volunteers, professional athletes aged 18 ± 1. The experimental group was formed by 7 professional athletes who had previous primary or relapsed stress fractures. The control group was formed by 17 professional athletes who had not had any type of musculoskeletal injury in the last 6 months. The volunteers were evaluated in terms of specific movements of the practiced sport (basketball or volleyball) such as: vertical jump, horizontal jump, and changes of direction. The volunteers were monitored bilaterally by surface electromyography on the mediai gastrocnemius and anterior tibial muscles. The electromyography rated RMS with 50ms Windows before and after the subject had contact with the force platform in conditions of anterior- posterior displacement, medial-lateral displacement and horizontal and-vertical jumps. The piezoelectric platform rated the peak force, time to peak, growth gradient and momentum in 50ms during mass transition, load control, propulsion control and charge. The results showed statistically significant differences between groups under conditions of anteroposterior displacement. In this condition, the experimental group showed a decreased time to peak force (0.20±0,09s - 0,15±0.09 s) and an increased growth gradient (12.63 ±10.04s to 20.7±18.31s) when compared to the control group. The parameters related to muscle activation in the same condition were different for the control and experimental groups. At the time of transition from anterior to posterior displacement, the mediai gastrocnemius muscle\'s electromyographic activity showed a greater than 50 ms window prior to contact with the ground (1.19 + OU - 0.84 - 1.43 + OU - 0.62). The results show that were significant changes in muscle activation of the volunteers with history of stress fracture, these changes may explain the dynamic behavior observed in the groupBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSerrão, Julio CercaJosé, Fábio Rodrigues2011-04-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-05102021-141927/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-10-05T18:26:02Zoai:teses.usp.br:tde-05102021-141927Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-10-05T18:26:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Embora seja frequentemente incapacitante e apresente um alto índice de recidiva, condições que ocasionam desde quadros de interrupção da atividade, até situações de acometimento total da estrutura cortical, os dados disponíveis na literatura especializada acerca da fratura por estresse são escassos. O objetivo deste trabalho foi analisar as características biomecânicas de movimentos de locomoção de voluntários com históricos de fratura por estresse na tíbia. No presente estudo, foram analisadas 24 voluntárias: atletas profissionais com idade média de 18±1, sendo que destas, 17 nunca haviam apresentado nenhum episódio de fratura por estresse tibial (grupo controle). O grupo experimental (n=7) foi composto por atletas profissionais (que haviam apresentado histórico de fraturas por estresse primária ou reincidente em algum momento de suas carreiras. O grupo controle (n=17) também foi composto por atletas profissionais que no entanto não haviam apresentado qualquer tipo de lesão musculoesquelética nos últimos 6 meses. As voluntárias foram avaliadas em movimentos específicos das modalidades praticadas (basquete e voleibol): salto vertical, salto horizontal, e mudanças de direção. As voluntárias foram monitoradas bilateralmente por eletromiografia de superfície nos mm. gastrocnêmio mediai e tibial anterior onde foi avaliado RMS no janelamento de 50ms pré e pós contato do sujeito com a plataforma de força nas condições de deslocamento antero-posterior, deslocamento lateral-medial, saltos horizontais e verticais, e pela plataforma de força piezoelétrica onde se avaliou a força pico, tempo de pico, gradiente de crescimento e impulso em 50ms nos momentos de transição de massa para os deslocamentos, controle de carga para os saltos verticais e propulsão e controle de carga para os saltos verticais. Os resultados, mostram que apenas nas condições de deslocamento ântero-posterior houveram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, sendo que nessa condição, o grupo experimental mostrou um tempo para pico de força diminuído (0,20±0,090s-15±0,09s) e um gradiente de crescimento aumentado (12,63 \' + OU -\' 10,04s - 20,7 \'+ OU -\' 18,31 s) quando comparado ao grupo controle para as variáveis dinâmicas. Para a mesma condição, os parâmetros relacionados à ativação muscular do grupo experimental , apresentaram-se diferenciados em relação ao grupo controle. O músculo gastrocrêmio medial, no momento da transição do deslocamento anterior para posterior, apresentou uma atividade eletromiográfica maior no janelamento de 50 ms pré-contato com o solo (1,19 \'+ ou -\' 0,84s - 1,43 \'+ OU -\' 0,62s). Os resultados obtidos evidenciam a existência de importantes alterações no acionamento muscular das voluntárias com histórico de fratura por estresse, alterações estas que podem explicar o comportamento dinâmico observado no grupo_ |
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