Potencialidades urbanas do cotidiano da cidade de São Paulo: os casos do Vale do Anhangabaú e do Largo da Batata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Marina Carvalho Ferreira de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-26092019-152407/
Resumo: Não alheia às mudanças culturais e econômicas ocorridas durante o século XX, é possível dizer que a relação clássica entre homem e cidade também se transforma. Comparáveis a uma composição de retalhos aglutinados, as cidades pós-modernsas se fragmentam e diluem equanto o homem se torna alienado, perdido em meio à homogeneidade e ao caos urbano no qual ele reside. Em resposta a este cenário, diversos autores desde a década de 1960 vêm debatendo a temática da revalorização urbana, sua viabilidade e as possibilidades pelas quais poder-se-ia, eventualmente, reestruturar um vínculo sociourbano íntimo e sólido. Aceitando a premissa e presumindo que a utilização da rua é indispensável para a manutenção de uma vivência urbana mais saudável, o presente trabalho refere-se ao estudo de como, nas cidades contemporâneas, as ruas - vistas enquanto espaços livres - poderiam ser compreendidas como um equipamento urbano para convivência coletiva. Permeando todo o tecido urbano, este se articularia na escala da cidade por meio da influência de pontos polarizadores sociourbanos. Também chamados de lugar, é ponderado que esses pontos são determinantes à revalorização urbana. Assim como outros autores, acredita-se que a terminologia designa um espaço apropriado por meio de seu uso, onde ocorre uma transformação sociourbana intrínseca a partir de então determinante da personalidade de ambas as partes. Dessa forma, o lugar é solo fértil para cultivo de identidades coletivas, imprescindíveis ao processo de referenciamento do homem alienado. Todavia, é exposta a pergunta: que uso, que viviência urbana, seria capaz de desencadear tal processo? No intuito de responder o questionamento, ao longo desta dissertação tentar-se-á argumentar que reside no uso intencional de compartilhar os espaços públicos livres a capacidade de ativar o potencial cívico de um espaço. A fim de problematizar tais apontamentos, foram selecionados dois estudos de caso na cidade de São Paulo: Largo da Batata e Vale do Anhangabaú. Embora ambos sejam praças importantes no contexto da metrópole, por um lado são encontradas pistas de que uma nova vida comunitária nasce no Largo da Batata, enquanto no Vale do Anhangabaú não parece ser encontrada vivência distinta da passagem descompromissada pelo local, alheia à praça. De tal forma, serão analisados aspectos sociais e urbanos de ambos os estudos de caso, estabelecendo um diálogo entre as partes; espera-que ao expor suas similaridades e diferenças seja possível principiar, ou não, respostas às inquietações que movem esta dissertação.
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spelling Potencialidades urbanas do cotidiano da cidade de São Paulo: os casos do Vale do Anhangabaú e do Largo da BatataUrban potentialities of Sao Paulo\'s city everyday life: the cases of the Vale do Anhangabaú and the Largo da BatataApropriação urbanaCidades contemporâneasCollective identityContemporary citiesCotidianoEspaços livresEveryday experiencesFenomenologiaIdentidade coletivaLargo da BatataLargo da BatataLugarPhenomenologyPlaceRevalorização urbanaSão PauloSão PauloUrban appropriationUrban open spacesUrban revaluationVale do AnhangabaúVale do AnhangabaúNão alheia às mudanças culturais e econômicas ocorridas durante o século XX, é possível dizer que a relação clássica entre homem e cidade também se transforma. Comparáveis a uma composição de retalhos aglutinados, as cidades pós-modernsas se fragmentam e diluem equanto o homem se torna alienado, perdido em meio à homogeneidade e ao caos urbano no qual ele reside. Em resposta a este cenário, diversos autores desde a década de 1960 vêm debatendo a temática da revalorização urbana, sua viabilidade e as possibilidades pelas quais poder-se-ia, eventualmente, reestruturar um vínculo sociourbano íntimo e sólido. Aceitando a premissa e presumindo que a utilização da rua é indispensável para a manutenção de uma vivência urbana mais saudável, o presente trabalho refere-se ao estudo de como, nas cidades contemporâneas, as ruas - vistas enquanto espaços livres - poderiam ser compreendidas como um equipamento urbano para convivência coletiva. Permeando todo o tecido urbano, este se articularia na escala da cidade por meio da influência de pontos polarizadores sociourbanos. Também chamados de lugar, é ponderado que esses pontos são determinantes à revalorização urbana. Assim como outros autores, acredita-se que a terminologia designa um espaço apropriado por meio de seu uso, onde ocorre uma transformação sociourbana intrínseca a partir de então determinante da personalidade de ambas as partes. Dessa forma, o lugar é solo fértil para cultivo de identidades coletivas, imprescindíveis ao processo de referenciamento do homem alienado. Todavia, é exposta a pergunta: que uso, que viviência urbana, seria capaz de desencadear tal processo? No intuito de responder o questionamento, ao longo desta dissertação tentar-se-á argumentar que reside no uso intencional de compartilhar os espaços públicos livres a capacidade de ativar o potencial cívico de um espaço. A fim de problematizar tais apontamentos, foram selecionados dois estudos de caso na cidade de São Paulo: Largo da Batata e Vale do Anhangabaú. Embora ambos sejam praças importantes no contexto da metrópole, por um lado são encontradas pistas de que uma nova vida comunitária nasce no Largo da Batata, enquanto no Vale do Anhangabaú não parece ser encontrada vivência distinta da passagem descompromissada pelo local, alheia à praça. De tal forma, serão analisados aspectos sociais e urbanos de ambos os estudos de caso, estabelecendo um diálogo entre as partes; espera-que ao expor suas similaridades e diferenças seja possível principiar, ou não, respostas às inquietações que movem esta dissertação.Not oblivious to cultural and economic shifts that occourred in the XX century, it is plausible to say that the bond between humanity and the cities also changes. Comparable to a cluster of scattered images, post modern cities become fragmented and diluted images of itself wereas men becomes alienated, lost amid urban homogenity and chaos. In face of this reality, since the 1960\'s, an wide array of authors have discussed the theme of urban reappropriation, estrategies and visions focused in the relationship between man and cities, in order to stablish, or not, an stronger linkage among them. Accepting this premiss and believing that the use of the streets is indispensible to maintein a healthy urban life, this dissertation intends to debate how, in contemporary cities, streets - read as urban open spaces - could be seen as a community public center. Spread out permeating the urban fabric, this notion would be articulated in the scale of the city by means of influence of a few spots of urban and social significance. Also denominated as place, it is pondered that these spots are of foremost importance to urban revaluation. In accordance to some authors, it is believed that the terminology designates a space that was reappropriated by its social use, where occours an intrinsic social and urban transformation that form than will shape out both personalities. Therefore, the place is seen as fertile ground for cultivating collective identities, indisposable to the process of social referencing of man. Nevertheless, it is wondered: which use is this, which urban experiences, that capable to set of such transformations? Motivated by this question, through out this dissertation it will be argued that resides in the intentional act of sharing urban open spaces the habbility to activate the latent potencial for them to turn into places. In order to problematize these allegations, it was selected two case studies in the city of São Paulo: the Largo da Batata and the Vale do Anhangabaú. Although both are proeminent squares in the metropolis context, while it could be said that a new communal life arises in the Largo da Batata, by other side in Vale do Anhangabaú it is not found distinct experiences other than uncompromised passages, oblivious to the square. Therefore it will be analised social and urban aspects of both case studies to establish a dialogue between them; it is expected that by exposing its similarities and differences it will be possible to answer some of the concerns that motivate this dissertation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSpadoni, FranciscoMello, Marina Carvalho Ferreira de2019-04-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-26092019-152407/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T23:49:33Zoai:teses.usp.br:tde-26092019-152407Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T23:49:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Vale do Anhangabaú
description Não alheia às mudanças culturais e econômicas ocorridas durante o século XX, é possível dizer que a relação clássica entre homem e cidade também se transforma. Comparáveis a uma composição de retalhos aglutinados, as cidades pós-modernsas se fragmentam e diluem equanto o homem se torna alienado, perdido em meio à homogeneidade e ao caos urbano no qual ele reside. Em resposta a este cenário, diversos autores desde a década de 1960 vêm debatendo a temática da revalorização urbana, sua viabilidade e as possibilidades pelas quais poder-se-ia, eventualmente, reestruturar um vínculo sociourbano íntimo e sólido. Aceitando a premissa e presumindo que a utilização da rua é indispensável para a manutenção de uma vivência urbana mais saudável, o presente trabalho refere-se ao estudo de como, nas cidades contemporâneas, as ruas - vistas enquanto espaços livres - poderiam ser compreendidas como um equipamento urbano para convivência coletiva. Permeando todo o tecido urbano, este se articularia na escala da cidade por meio da influência de pontos polarizadores sociourbanos. Também chamados de lugar, é ponderado que esses pontos são determinantes à revalorização urbana. Assim como outros autores, acredita-se que a terminologia designa um espaço apropriado por meio de seu uso, onde ocorre uma transformação sociourbana intrínseca a partir de então determinante da personalidade de ambas as partes. Dessa forma, o lugar é solo fértil para cultivo de identidades coletivas, imprescindíveis ao processo de referenciamento do homem alienado. Todavia, é exposta a pergunta: que uso, que viviência urbana, seria capaz de desencadear tal processo? No intuito de responder o questionamento, ao longo desta dissertação tentar-se-á argumentar que reside no uso intencional de compartilhar os espaços públicos livres a capacidade de ativar o potencial cívico de um espaço. A fim de problematizar tais apontamentos, foram selecionados dois estudos de caso na cidade de São Paulo: Largo da Batata e Vale do Anhangabaú. Embora ambos sejam praças importantes no contexto da metrópole, por um lado são encontradas pistas de que uma nova vida comunitária nasce no Largo da Batata, enquanto no Vale do Anhangabaú não parece ser encontrada vivência distinta da passagem descompromissada pelo local, alheia à praça. De tal forma, serão analisados aspectos sociais e urbanos de ambos os estudos de caso, estabelecendo um diálogo entre as partes; espera-que ao expor suas similaridades e diferenças seja possível principiar, ou não, respostas às inquietações que movem esta dissertação.
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