Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-10032009-093840/ |
Resumo: | O amadurecimento e a senescência tem sido diretamente relacionados ao climatério do CO2 e do etileno. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que algumas transformações pós-colheita ocorrem independentemente desses eventos e que muitos frutos não se enquadram nas definições clássicas de padrão de atividade respiratória, indicando a necessidade de maiores estudos a respeito da fisiologia do amadurecimento e senescência de frutos. O comportamento respiratório de goiabas é contraditório, servindo como modelo para estes estudos. O uso de reguladores do amadurecimento pode auxiliar na definição do comportamento respiratório de goiabas Kumagai e Pedro Sato. Tendo-se em vista o estabelecido, conduziu-se a etapa 1, com o intuito de determinar índices que indiquem o início da senescência. A etapa 2 visou determinar o comportamento respiratório de goiabas das variedades Kumagai e Pedro Sato submetidas à aplicação de acelerador (etileno) e retardadores (1-MCP e AVG) do amadurecimento. Na etapa 1, as goiabas recém colhidas foram tratadas com fungicida e mantidas em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Na etapa 2, os frutos foram submetidos à aplicação de AVG, 1- MCP e etileno e então armazenados em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Frutos sem reguladores vegetais foram utilizados como controle. Os frutos foram avaliados a cada dois dias em ambas as etapas. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de dados longitudinais, devido ao caráter quantitativo imposto pelo fator tempo de armazenamento. As curvas também foram submetidas à análise do erro padrão da média. As diferenças entre dois tratamentos maiores que as somas de dois erros padrões foram consideradas significativas. Os teores de acetaldeído, etanol e o extravasamento de eletrólitos foram os índices que mais contribuíram para distinguir o amadurecimento da senescência. O aumento brusco apresentado nos teores de acetaldeído e etanol indica início do metabolismo fermentativo, comportamento característico de senescência, além do aumento no extravasamento de eletrólitos, sugerir descompartimentação celular. Os frutos da variedade Pedro Sato não podem ser classificados como climatéricos, nem tão pouco como não climatéricos, pois apesar de amadurecerem, apresentaram pico de produção de etileno após o amadurecimento dos mesmos, além de não responderem à aplicação de etileno exógeno. Apesar das goiabas Kumagai responderem à aplicação de etileno, não se observou comportamento climatério na produção de CO2 e de C2H4, desta forma, esta variedade não pode ser enquadrada nas classificações de padrão de atividade respiratória em uso. |
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Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'Physiology of ripening, senescence and respiratory behavior of Kumagai and Pedro Sato guavaFisiologia vegetalGoiabasGuavasMaturação vegetalMature PlantPlant RegulatorsPlant RespirationPlant PhysiolgoyReguladores vegetaisRespiração vegetal.O amadurecimento e a senescência tem sido diretamente relacionados ao climatério do CO2 e do etileno. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que algumas transformações pós-colheita ocorrem independentemente desses eventos e que muitos frutos não se enquadram nas definições clássicas de padrão de atividade respiratória, indicando a necessidade de maiores estudos a respeito da fisiologia do amadurecimento e senescência de frutos. O comportamento respiratório de goiabas é contraditório, servindo como modelo para estes estudos. O uso de reguladores do amadurecimento pode auxiliar na definição do comportamento respiratório de goiabas Kumagai e Pedro Sato. Tendo-se em vista o estabelecido, conduziu-se a etapa 1, com o intuito de determinar índices que indiquem o início da senescência. A etapa 2 visou determinar o comportamento respiratório de goiabas das variedades Kumagai e Pedro Sato submetidas à aplicação de acelerador (etileno) e retardadores (1-MCP e AVG) do amadurecimento. Na etapa 1, as goiabas recém colhidas foram tratadas com fungicida e mantidas em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Na etapa 2, os frutos foram submetidos à aplicação de AVG, 1- MCP e etileno e então armazenados em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Frutos sem reguladores vegetais foram utilizados como controle. Os frutos foram avaliados a cada dois dias em ambas as etapas. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de dados longitudinais, devido ao caráter quantitativo imposto pelo fator tempo de armazenamento. As curvas também foram submetidas à análise do erro padrão da média. As diferenças entre dois tratamentos maiores que as somas de dois erros padrões foram consideradas significativas. Os teores de acetaldeído, etanol e o extravasamento de eletrólitos foram os índices que mais contribuíram para distinguir o amadurecimento da senescência. O aumento brusco apresentado nos teores de acetaldeído e etanol indica início do metabolismo fermentativo, comportamento característico de senescência, além do aumento no extravasamento de eletrólitos, sugerir descompartimentação celular. Os frutos da variedade Pedro Sato não podem ser classificados como climatéricos, nem tão pouco como não climatéricos, pois apesar de amadurecerem, apresentaram pico de produção de etileno após o amadurecimento dos mesmos, além de não responderem à aplicação de etileno exógeno. Apesar das goiabas Kumagai responderem à aplicação de etileno, não se observou comportamento climatério na produção de CO2 e de C2H4, desta forma, esta variedade não pode ser enquadrada nas classificações de padrão de atividade respiratória em uso.Ripening and senescence have been directly related to CO2 and ethylene climacteric behavior. However, recent studies have shown that some postharvest processes occurs independently of those events and that many fruits are not frame in the definitions of respiratory activity traditional pattern, indicating the need for more studies on fruit ripening and senescence physiology. Guavas fruit respiratory behavior is contradictory and serves as a model for these studies. The use of ripening regulators can help in defining the respiratory behavior of Kumagai and Pedro Sato guavas. Consequently, the step 1 has been conducted, with the intention of determining indicators that indicate the beginning of the senescence. The step 2 aimed to determine the respiratory behavior of guava fruits of Kumagai and Pedro Sato cultivars subjected to the application of accelerator (ethylene) and retardants (1-MCP and AVG) of the ripening. In step 1, the newly harvested guavas were treated with fungicide and kept at 23 ± 1oC and 85% RH to complete senescence. In step 2, the fruits were submitted to AVG, 1-MCP and ethylene application and then stored at 23 ± 1oC and 85% RH to complete senescence. Fruit without ripening regulators were used as controls. The fruits were evaluated every two days in both steps. The experimental design was completely randomized and the results were submitted to longitudinal data analysis, due to the quantity of samples imposed by the storage time factor. The curves have been subjected to average standard error analysis. Differences between two treatments larger than the sum of two errors patterns were considered significant. The levels of acetaldehyde, ethanol and ion leakage were indices that contributed most to distinguish ripening from senescence. The increase made in levels of acetaldehyde and ethanol suggests fermentative metabolism, characteristic senescence behavior, beyond the increase in ion leakage, suggests cell decompartmentalization. The fruits of Pedro Sato cultivar can not be classified as climacteric, nor as non-climacteric, because despite they ripen, they show an ethylene production peak after their ripening, and besides do not respond to exogenous ethylene. Even though Kumagai guava fruits reply to ethylene application, there was no climacteric behavior observed during CO2 and C2H4 production thus this variety can not be framed in the respiratory climacteric pattern rankings in use.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJacomino, Angelo PedroCavalini, Flavia Cristina2009-02-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-10032009-093840/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:57Zoai:teses.usp.br:tde-10032009-093840Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O amadurecimento e a senescência tem sido diretamente relacionados ao climatério do CO2 e do etileno. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que algumas transformações pós-colheita ocorrem independentemente desses eventos e que muitos frutos não se enquadram nas definições clássicas de padrão de atividade respiratória, indicando a necessidade de maiores estudos a respeito da fisiologia do amadurecimento e senescência de frutos. O comportamento respiratório de goiabas é contraditório, servindo como modelo para estes estudos. O uso de reguladores do amadurecimento pode auxiliar na definição do comportamento respiratório de goiabas Kumagai e Pedro Sato. Tendo-se em vista o estabelecido, conduziu-se a etapa 1, com o intuito de determinar índices que indiquem o início da senescência. A etapa 2 visou determinar o comportamento respiratório de goiabas das variedades Kumagai e Pedro Sato submetidas à aplicação de acelerador (etileno) e retardadores (1-MCP e AVG) do amadurecimento. Na etapa 1, as goiabas recém colhidas foram tratadas com fungicida e mantidas em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Na etapa 2, os frutos foram submetidos à aplicação de AVG, 1- MCP e etileno e então armazenados em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Frutos sem reguladores vegetais foram utilizados como controle. Os frutos foram avaliados a cada dois dias em ambas as etapas. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de dados longitudinais, devido ao caráter quantitativo imposto pelo fator tempo de armazenamento. As curvas também foram submetidas à análise do erro padrão da média. As diferenças entre dois tratamentos maiores que as somas de dois erros padrões foram consideradas significativas. Os teores de acetaldeído, etanol e o extravasamento de eletrólitos foram os índices que mais contribuíram para distinguir o amadurecimento da senescência. O aumento brusco apresentado nos teores de acetaldeído e etanol indica início do metabolismo fermentativo, comportamento característico de senescência, além do aumento no extravasamento de eletrólitos, sugerir descompartimentação celular. Os frutos da variedade Pedro Sato não podem ser classificados como climatéricos, nem tão pouco como não climatéricos, pois apesar de amadurecerem, apresentaram pico de produção de etileno após o amadurecimento dos mesmos, além de não responderem à aplicação de etileno exógeno. Apesar das goiabas Kumagai responderem à aplicação de etileno, não se observou comportamento climatério na produção de CO2 e de C2H4, desta forma, esta variedade não pode ser enquadrada nas classificações de padrão de atividade respiratória em uso. |
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