Luta antimanicomial: da participação política à formação da personagem militante
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-01112014-232022/ |
Resumo: | As ações que resultaram na Reforma Psiquiátrica tiveram início no Brasil a partir da década de 1970 e, especialmente na década de 1980, favorecendo a abertura para a participação política de usuários dos serviços de saúde mental e familiares de usuários, possibilitando a formação de diversos coletivos antimanicomiais que partilham dos ideais de eliminação dos manicômios, das práticas segregadoras em relação à saúde mental e pelo reconhecimento dos direitos e das capacidades de uma pessoa portadora de sofrimento psíquico. Essas transformações que vem ocorrendo nos últimos anos colocaram o usuário e o familiar em outra relação, seja com a própria loucura, seja com a sociedade, pois, ao menos em tese, novas possibilidades de inserção no espaço público foram se mostrando. Ainda assim, reconhecemos também os interesses envolvidos na Reforma Psiquiátrica que podem esconder as práticas manicomiais ainda presentes na sociedade, podendo ser essas transportadas para espaços extra-muros. Diante disso, os usuários e familiares que participam de coletivos antimanicomiais encontram-se na encruzilhada das políticas de identidades que regulam seu modo de vida e os lugares de sua existência e, das identidades políticas que visam desconstruir naturalizações de desigualdades sociais a que alguns grupos estão submetidos. Entre esses dois polos, desejamos verificar como se dá as metamorfoses da identidade de militantes da luta antimanicomial. Para isso, utilizamos duas histórias de vida: Laura e Fernando, militantes da luta antimanicomial que vão nos contar, por meio de suas memórias da participação política, como as relações sociais se materializaram em suas individualidades. Para a análise de suas histórias, utilizamos o referencial teórico de autores que entendem a identidade pelo sintagma identidade-metamorfose-emancipação. Ao final, verificamos o potencial emancipador da luta por reconhecimento que ambos estiveram inseridos, evidenciando a busca por melhores condições de vida para outros indivíduos, assim como o reconhecimento de seu valor social. |
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Luta antimanicomial: da participação política à formação da personagem militanteAntimanicomial struggle: political participation to the training of activist personageAnti-asylum fightIdentidadeIdentityLuta antimanicomialLuta por reconhecimentoParticipação políticaPolitical participationStruggle for recognitionAs ações que resultaram na Reforma Psiquiátrica tiveram início no Brasil a partir da década de 1970 e, especialmente na década de 1980, favorecendo a abertura para a participação política de usuários dos serviços de saúde mental e familiares de usuários, possibilitando a formação de diversos coletivos antimanicomiais que partilham dos ideais de eliminação dos manicômios, das práticas segregadoras em relação à saúde mental e pelo reconhecimento dos direitos e das capacidades de uma pessoa portadora de sofrimento psíquico. Essas transformações que vem ocorrendo nos últimos anos colocaram o usuário e o familiar em outra relação, seja com a própria loucura, seja com a sociedade, pois, ao menos em tese, novas possibilidades de inserção no espaço público foram se mostrando. Ainda assim, reconhecemos também os interesses envolvidos na Reforma Psiquiátrica que podem esconder as práticas manicomiais ainda presentes na sociedade, podendo ser essas transportadas para espaços extra-muros. Diante disso, os usuários e familiares que participam de coletivos antimanicomiais encontram-se na encruzilhada das políticas de identidades que regulam seu modo de vida e os lugares de sua existência e, das identidades políticas que visam desconstruir naturalizações de desigualdades sociais a que alguns grupos estão submetidos. Entre esses dois polos, desejamos verificar como se dá as metamorfoses da identidade de militantes da luta antimanicomial. Para isso, utilizamos duas histórias de vida: Laura e Fernando, militantes da luta antimanicomial que vão nos contar, por meio de suas memórias da participação política, como as relações sociais se materializaram em suas individualidades. Para a análise de suas histórias, utilizamos o referencial teórico de autores que entendem a identidade pelo sintagma identidade-metamorfose-emancipação. Ao final, verificamos o potencial emancipador da luta por reconhecimento que ambos estiveram inseridos, evidenciando a busca por melhores condições de vida para outros indivíduos, assim como o reconhecimento de seu valor social.The actions which resulted in the Psychiatric Reform began in the 1970s especially in the 1980s in Brazil and have favoured openness to the political participation for mental health service of users and their families. This fact has enabled the formation of various anti-asylum collectives which shared the ideals of eliminating not only the asylums but also the segregating practices regarding mental health and for the recognition of the rights and capacities of people with mental suffering. These transformations which have occurred in recent years have provided the users and their families the opportunity to establish a different relation with either the insanity or the society, once, at least in thesis, they were shown new possibilities of being inserted into the public space. Nevertheless, it is important to recognize to which extent the interests involved in the Psychiatric Reform can hide asylum practices still present in our society. Therefore, users and their families who participate in anti-asylum collective are at the crucial crossroads of polices of identity which rule and shape their way of life and the places they live in, and also the political identities which aim to deconstruct the naturalization of social inequalities some groups are submitted. Between these two poles, our aim is to check how the metamorphosis of anti-asylum fight activists identity is formed. For this purpose, we used two life stories: Laura and Fernando, anti-asylum fight activists who will tell us based on the memory they have of their political participation, such as social relations materialized in their individualities. For the analysis of their stories, we used the theoretical framework of authors who understand by the term identity identity-bubble-emancipation. Finally, we will analyse the emancipatory potential of the struggle for recognition both stories were inserted in and put the search for better conditions of life for others individuals in evidence, as well as the recognition of its social value.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlmeida, Marco Antonio Bettine deBrito, Debora Cidro de2014-09-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-01112014-232022/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-01112014-232022Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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