O adolescente lutando para que a hemodiálise não o defina: corporeidade, identidade e estigma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mieto, Fernanda Stella Risseto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-23072019-163357/
Resumo: O adolescente com insuficiência renal crônica que realiza hemodiálise, além de vivenciar mudanças psíquicas, físicas e sociais inerentes à adolescência, convive com o intenso impacto em suas vidas advindo da necessidade de realizar sessões de hemodiálise para manter-se vivo. A pesquisa tem como objetivo compreender como o adolescente com insuficiência renal crônica vivencia o tratamento hemodialítico. O estudo de abordagem qualitativa utilizou como referencial metodológico a Teoria Fundamentada em Dados e como referencial teórico, o Interacionismo Simbólico. Os dados foram obtidos por meio da observação, do genograma e ecomapa e da entrevista com a técnica Romance Original que permitiu ao pesquisador compreender a percepção subjetiva do sujeito sobre sua história. A análise comparativa dos dados possibilitou identificar dois fenômenos que compõem a experiência: \"Tendo uma experiência disruptiva\" que expressa as experiências vivenciadas pelo adolescente e são produtoras de uma necessária reconstrução da identidade e \"Reconfigurando o self\" que representa as estratégias empreendidas para suportar a experiência de aniquilamento do eu. A articulação desses fenômenos permitiu identificar a categoria central: \"Lutando para que a hemodiálise não o defina, a partir do qual se propõe um novo modelo teórico. Os resultados do estudo foram interpretados à luz do interacionismo simbólico, emergindo desse processo três conceitos centrais: corporeidade, identidade e estigma. O modelo teórico construído fornece subsídios teóricos para o planejamento do cuidado aos adolescentes em um ambiente altamente tecnológico.
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