A longitudinalidade do cuidado em equipes da estratégia saúde da família que implementaram o acesso avançado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-30102024-171231/ |
Resumo: | Introdução: No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada oficialmente a porta de entrada preferencial do sistema de saúde e tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para a organização dos serviços. Logo, para que a população possa acessar o serviço de saúde, o acesso é considerado como a primeira etapa a ser superada pelo usuário. Para isso, alguns países têm desenvolvido dispositivos de reorganização do acesso na APS. Um deles é o Acesso Avançado (AA) ou Open Access, que tem como objetivo Fazer hoje o trabalho de hoje. O AA amplia o acesso à demanda espontânea ao mesmo tempo em que organiza o atendimento dos grupos prioritários, além de fechar a lacuna no tempo entre a oferta e a demanda, entre a demanda rotineira e a demanda urgente. Dessa forma, o AA acaba por favorecer a diminuição do absenteísmo, porém em contrapartida compromete a longitudinalidade ao não assegurar ao paciente o atendimento com seu profissional de referência. Conceituamos longitudinalidade sendo a relação pessoal de longa duração entre profissionais de saúde e pacientes, permeada por fortes laços interpessoais que refletem a cooperação mútua entre as pessoas e os profissionais de saúde. Assim, parte-se do pressuposto que, entre os desafios da implementação do Acesso Avançado, a longitudinalidade do cuidado concede a possibilidade para conhecer o usuário, seu contexto social, hábitos de vida e problemas de saúde, permitindo intervenções adequadas e resolutivas. Objetivo: Conhecer o Atributo Acesso de primeiro contato - Utilização e Acessibilidade e o Atributo longitudinalidade do cuidado após o processo de implementação do Acesso Avançado na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo descritivo analítico comparativo, com abordagem quantitativa, realizado com usuários maiores de 18 anos, de 5 Unidades de Estratégia Saúde da Família, que estão sob administração direta da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), da região Sul da cidade de São Paulo. Resultados: As eSF apresentam uma média de 3.509 usuários por eSF. o Atributo acesso de primeiro contato - acessibilidade apresentou escore baixo para 5 UBS, tendo este correlação direta com o Atributo longitudinalidade este por sua vez apresentou escore APS próximos da linha de corte para as 5 UBS. Os dados da UPC após a implementação do AA foi <0.6 em 3 UBS. Conclusão: As eSF devem ter entre 2000 a 3500 pessoas adscritas conforme descrito pela PNAB (2017), levando em consideração a vulnerabilidade desta população; O Atributo Acesso de primeiro contato - Acessibilidade apresenta correlação direta com o Atributo Longitudinalidade do Cuidado. Sendo assim, quanto menor a acessibilidade, menor a longitudinalidade; A implementação do AA pode impactar negativamente o atributo longitudinalidade do cuidado; A presença de equipes irmãs pode ser um dificultador para alcançar uma boa longitudinalidade do cuidado. Considerando que os resultados deste estudo foram satisfatórios e relevantes, espera-se que possam nortear estratégias de melhorias ao longo da implementação do AA ou reestruturar pontos importantes nas eSF que já implementaram o AA. Sendo um instrumento importante para a prática dos gestores e para as eSF. |
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A longitudinalidade do cuidado em equipes da estratégia saúde da família que implementaram o acesso avançadoThe longitudinality of care in family health strategy teams that implemented advanced accessAccess to Health ServicesAcesso aos Serviços de SaúdeAtenção Primária à SaúdeLongitudinalidade do CuidadoLongitudinality of CarePrimary Health CareIntrodução: No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada oficialmente a porta de entrada preferencial do sistema de saúde e tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para a organização dos serviços. Logo, para que a população possa acessar o serviço de saúde, o acesso é considerado como a primeira etapa a ser superada pelo usuário. Para isso, alguns países têm desenvolvido dispositivos de reorganização do acesso na APS. Um deles é o Acesso Avançado (AA) ou Open Access, que tem como objetivo Fazer hoje o trabalho de hoje. O AA amplia o acesso à demanda espontânea ao mesmo tempo em que organiza o atendimento dos grupos prioritários, além de fechar a lacuna no tempo entre a oferta e a demanda, entre a demanda rotineira e a demanda urgente. Dessa forma, o AA acaba por favorecer a diminuição do absenteísmo, porém em contrapartida compromete a longitudinalidade ao não assegurar ao paciente o atendimento com seu profissional de referência. Conceituamos longitudinalidade sendo a relação pessoal de longa duração entre profissionais de saúde e pacientes, permeada por fortes laços interpessoais que refletem a cooperação mútua entre as pessoas e os profissionais de saúde. Assim, parte-se do pressuposto que, entre os desafios da implementação do Acesso Avançado, a longitudinalidade do cuidado concede a possibilidade para conhecer o usuário, seu contexto social, hábitos de vida e problemas de saúde, permitindo intervenções adequadas e resolutivas. Objetivo: Conhecer o Atributo Acesso de primeiro contato - Utilização e Acessibilidade e o Atributo longitudinalidade do cuidado após o processo de implementação do Acesso Avançado na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo descritivo analítico comparativo, com abordagem quantitativa, realizado com usuários maiores de 18 anos, de 5 Unidades de Estratégia Saúde da Família, que estão sob administração direta da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), da região Sul da cidade de São Paulo. Resultados: As eSF apresentam uma média de 3.509 usuários por eSF. o Atributo acesso de primeiro contato - acessibilidade apresentou escore baixo para 5 UBS, tendo este correlação direta com o Atributo longitudinalidade este por sua vez apresentou escore APS próximos da linha de corte para as 5 UBS. Os dados da UPC após a implementação do AA foi <0.6 em 3 UBS. Conclusão: As eSF devem ter entre 2000 a 3500 pessoas adscritas conforme descrito pela PNAB (2017), levando em consideração a vulnerabilidade desta população; O Atributo Acesso de primeiro contato - Acessibilidade apresenta correlação direta com o Atributo Longitudinalidade do Cuidado. Sendo assim, quanto menor a acessibilidade, menor a longitudinalidade; A implementação do AA pode impactar negativamente o atributo longitudinalidade do cuidado; A presença de equipes irmãs pode ser um dificultador para alcançar uma boa longitudinalidade do cuidado. Considerando que os resultados deste estudo foram satisfatórios e relevantes, espera-se que possam nortear estratégias de melhorias ao longo da implementação do AA ou reestruturar pontos importantes nas eSF que já implementaram o AA. Sendo um instrumento importante para a prática dos gestores e para as eSF.Introduction: In Brazil, Primary Health Care (PHC) is officially considered the preferred gateway to the health system and Family Health is considered a priority strategy for the services organization. So, for the population to get health service, the access is considered as the first step to be overcome by the user. For this, some countries have developed devices to reorganize the access to the PHC. One of them is Advanced Access (AA) or Open Access, which aims to Do today\'s work today. The AA expands access to spontaneous demand at the same time as it organizes the service of priority groups, in addition to closing the gap in time between supply and demand, between routine demand and urgent demand. In this way, the AA ends up favoring the decrease in absenteeism, in contrast compromises longitudinality by not ensuring that the patient receives care from his or her referenced professional. We conceptualize longitudinality as the long-term personal relationship between health professionals and patients, permeated by strong interpersonal ties that reflect the cooperation between people and health professionals. Thus, it is assumed that, among the challenges of implementing Advanced Access, the longitudinality of care assures the possibility to know better the user, their social environment, life habits and health problems, allowing adequate and resolute interventions. Objective: To know the Attribute of First Contact Access - Use and Accessibility and the longitudinality Attribute of care after the implementation process of Advanced Access in Primary Health Care. Method: It is a descriptive analytical comparative study, with a quantitative approach, carried out with users over 18 years old, from 5 Family Health Strategy Units, which are under the direct administration of the Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), in the southern region of São Paulo city. Results: The FHs have an average of 3,509 users per FHs branch. The attribute of first contact access accessibility - had a low score for 5 BHus, which was directly correlated with the attribute longitudinality, which, on the other hand had a PHC score close to the cut-off line for the 5 BHus. The CPU data after the implementation of the AA was <0.6 in 3 BHus. Conclusion: The FHs units must have between 2000 and 3500 people enrolled as described by the PNAB (2017), taking into account the vulnerability of this population; The Attribute of First Contact Access - Accessibility has a direct correlation with the Attribute Longitudinality of Care. Therefore, the lower the accessibility, the lower the longitudinality; The implementation of AA can negatively impact the longitudinality of care attribute; The existence of similar teams doing the same job can turn to achieve good longitudinality of care into a difficulty task. Considering that the results of this study were satisfactory and relevant, it is expected that they can guide improvement strategies throughout the implementation of the AA or restructure important points in the FHs that have already implemented the AA. Being an important instrument for the practice of managers and for the FHs.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelo, Celia Regina Maganha eScherbaty, Daniele2022-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-30102024-171231/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-11-01T19:10:02Zoai:teses.usp.br:tde-30102024-171231Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-11-01T19:10:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada oficialmente a porta de entrada preferencial do sistema de saúde e tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para a organização dos serviços. Logo, para que a população possa acessar o serviço de saúde, o acesso é considerado como a primeira etapa a ser superada pelo usuário. Para isso, alguns países têm desenvolvido dispositivos de reorganização do acesso na APS. Um deles é o Acesso Avançado (AA) ou Open Access, que tem como objetivo Fazer hoje o trabalho de hoje. O AA amplia o acesso à demanda espontânea ao mesmo tempo em que organiza o atendimento dos grupos prioritários, além de fechar a lacuna no tempo entre a oferta e a demanda, entre a demanda rotineira e a demanda urgente. Dessa forma, o AA acaba por favorecer a diminuição do absenteísmo, porém em contrapartida compromete a longitudinalidade ao não assegurar ao paciente o atendimento com seu profissional de referência. Conceituamos longitudinalidade sendo a relação pessoal de longa duração entre profissionais de saúde e pacientes, permeada por fortes laços interpessoais que refletem a cooperação mútua entre as pessoas e os profissionais de saúde. Assim, parte-se do pressuposto que, entre os desafios da implementação do Acesso Avançado, a longitudinalidade do cuidado concede a possibilidade para conhecer o usuário, seu contexto social, hábitos de vida e problemas de saúde, permitindo intervenções adequadas e resolutivas. Objetivo: Conhecer o Atributo Acesso de primeiro contato - Utilização e Acessibilidade e o Atributo longitudinalidade do cuidado após o processo de implementação do Acesso Avançado na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo descritivo analítico comparativo, com abordagem quantitativa, realizado com usuários maiores de 18 anos, de 5 Unidades de Estratégia Saúde da Família, que estão sob administração direta da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), da região Sul da cidade de São Paulo. Resultados: As eSF apresentam uma média de 3.509 usuários por eSF. o Atributo acesso de primeiro contato - acessibilidade apresentou escore baixo para 5 UBS, tendo este correlação direta com o Atributo longitudinalidade este por sua vez apresentou escore APS próximos da linha de corte para as 5 UBS. Os dados da UPC após a implementação do AA foi <0.6 em 3 UBS. Conclusão: As eSF devem ter entre 2000 a 3500 pessoas adscritas conforme descrito pela PNAB (2017), levando em consideração a vulnerabilidade desta população; O Atributo Acesso de primeiro contato - Acessibilidade apresenta correlação direta com o Atributo Longitudinalidade do Cuidado. Sendo assim, quanto menor a acessibilidade, menor a longitudinalidade; A implementação do AA pode impactar negativamente o atributo longitudinalidade do cuidado; A presença de equipes irmãs pode ser um dificultador para alcançar uma boa longitudinalidade do cuidado. Considerando que os resultados deste estudo foram satisfatórios e relevantes, espera-se que possam nortear estratégias de melhorias ao longo da implementação do AA ou reestruturar pontos importantes nas eSF que já implementaram o AA. Sendo um instrumento importante para a prática dos gestores e para as eSF. |
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