Ricardo III: a construção de memória
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-19052021-170116/ |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é analisar e identificar a maneira como a memória do rei Ricardo III da Inglaterra foi construída nos primeiros trinta anos após sua morte e como ela se estabelece posteriormente, tendo como bases principais duas obras contemporâneas a ele: De Occupatione Regni Anglie per Riccardum Tercium, de Dominic Mancini e Historia regum Angliae, de John Rous. Ao longo de nossa análise, constatamos a existência de imagens, referências e temas dentro das narrativas criadas pelos autores que foram reutilizadas por demais escritores entre os séculos XV e XVI. Ricardo III é retratado como o vilão de sua história, como o rei maléfico e deformado, assassino e tirano. As obras principais, escritas entre 1483 -- o ano que ascendeu ao trono -- e 1489, possuem algumas distinções -- Mancini é mais diplomático enquanto Rous é mais dramático -- mas de certa maneira apresentam visões negativas do monarca, em particular quando observamos as metáforas empregadas no discurso da segunda obra supracitada. A escolha desses documentos, foi importante, sobretudo, por serem não apenas contemporâneas ao monarca e entre si, mas por serem as primeiras a estabelecerem uma narrativa e uma composição imagética de Ricardo III, que seriam referenciadas posteriormente, culminando na peça histórico trágica de William Shakespeare no final do século XVI. |
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Ricardo III: a construção de memóriaRichard III: the construction of memory15th centuryEnglandGuerras das RosasIdade MédiaInglaterraMemóriaMemoryMiddle AgesRicardo IIIRichard IIISéculo XVShakespeareShakespeareWars of the RosesO objetivo deste trabalho é analisar e identificar a maneira como a memória do rei Ricardo III da Inglaterra foi construída nos primeiros trinta anos após sua morte e como ela se estabelece posteriormente, tendo como bases principais duas obras contemporâneas a ele: De Occupatione Regni Anglie per Riccardum Tercium, de Dominic Mancini e Historia regum Angliae, de John Rous. Ao longo de nossa análise, constatamos a existência de imagens, referências e temas dentro das narrativas criadas pelos autores que foram reutilizadas por demais escritores entre os séculos XV e XVI. Ricardo III é retratado como o vilão de sua história, como o rei maléfico e deformado, assassino e tirano. As obras principais, escritas entre 1483 -- o ano que ascendeu ao trono -- e 1489, possuem algumas distinções -- Mancini é mais diplomático enquanto Rous é mais dramático -- mas de certa maneira apresentam visões negativas do monarca, em particular quando observamos as metáforas empregadas no discurso da segunda obra supracitada. A escolha desses documentos, foi importante, sobretudo, por serem não apenas contemporâneas ao monarca e entre si, mas por serem as primeiras a estabelecerem uma narrativa e uma composição imagética de Ricardo III, que seriam referenciadas posteriormente, culminando na peça histórico trágica de William Shakespeare no final do século XVI.The goal is to analyse the creation and establishment of the memory of King Richard III of England in the first thirty years after his death. We use two sources which were written during his life: De Occupatione Regni Anglie per Riccardum Tercium, by Dominic Mancini and Historia Regum Angliae, by John Rous. The analyses incorporate images, references and themes within the narratives created by the authors that were reused by other writers between the 15th and 16th centuries. The authors portrayed Richard III as the villain of his story, as the evil and deformed king, a murderer and tyrant. The two books, written between 1483 - the year in which Richard III ascended the throne - and 1489, have some distinctions. While Mancini is more diplomatic, Rous is more dramatic. However, all in all, they present detrimental views of the monarch, particularly when we look at the metaphors employed in the speech of the second work. The selection of these documents is justified because they are contemporary sources to the monarch, being the first ones to establish a narrative and an imaginary composition of Richard III. Later authors confirmed these documents influence by acknowledging them, culminating in the historical-tragic play created by William Shakespeare in the late 16th century.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTacconi, Ana Paula Tavares MagalhãesOliveira, Beatriz Breviglieri2020-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-19052021-170116/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-05-20T01:04:02Zoai:teses.usp.br:tde-19052021-170116Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-05-20T01:04:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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