Estratégias de indução, alimentação pós-indução e permeabilização de membrana em cultivo descontínuo alimentado de Escherichia coli BL21 (DE3) na produção de L-asparaginase II EcA (P40S/S206C)
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9134/tde-09102024-173658/ |
Resumo: | L-asparaginase II é a enzima amplamente utilizada no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda, atuando na depleção do aminoácido L-asparagina, o qual é fundamental para a sobrevivência das células cancerosas. Este trabalho tem como finalidade o estudo e desenvolvimento de uma tecnologia para produção de uma inovadora biomolécula: L-asparaginase II EcA (P40S/S206C), a qual apresenta duas mutações que permitem maior resistência à ação de proteases humanas. A fim de aumentar a expressão da proteína recombinante e compreender o comportamento celular durante o bioprocesso, em cultivo descontínuo alimentado de Escherichia coli BL21 (DE3) em alta densidade celular, estudaram-se distintas estratégias de alimentação durante a pós- indução e métodos não convencionais de indução. Também se estudou a permeabilização da membrana visando a exportação da enzima para o meio extracelular. A alimentação durante a pós-indução alterou significativamente a atividade de L-asparaginase II, de 340 U/L obtido em cultivo sem alimentação pós-indução para 30.770 U/L com a alimentação pós-indução no modo DO-stat. A indução da expressão de L-asparaginase II com base no aumento progressivo de IPTG (concentração final: 0,085mmol/gcélula) proporcionou atividades de 2070 U/gcélula e 113.575 U/L, valor que foi 19 vezes maior que o obtido com a mesma concentração de IPTG administrada por apenas um pulso. Em cultivo com indução por lactose adicionado em estratégia de alimentação DO-stat obteve-se a atividade máxima de L-asparaginase II de 49.120 U/L. Ao permeabilizar a membrana com adição de 0,8% de glicina, 55% da atividade total de L-asparaginase II foi quantificada em meio extracelular o que resultou num aumento da atividade total de aproximadamente 2 vezes: 211.192 U/L. Portanto, o modo de indução mais lento reduziu os efeitos nocivos do IPTG, o que não afetou na produtividade do biofármaco. A permeabilização de membrana proporcionou aumento da atividade de L-asparaginase II, uma vez que uma porção da proteína foi redirecionada e expressa em meio extracelular. |
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Estratégias de indução, alimentação pós-indução e permeabilização de membrana em cultivo descontínuo alimentado de Escherichia coli BL21 (DE3) na produção de L-asparaginase II EcA (P40S/S206C)Induction strategies, post-induction feeding and membrane permeabilization in fed-batch culture of Escherichia coli BL21 (DE3) in the production of Lasparaginase II EcA (P40S/S206C)BiofármacoBiopharmaceuticalCultivo descontínuo alimentadoE. coliE. coliFed-batchL-asparaginase IIL-asparaginase IIL-asparaginase II é a enzima amplamente utilizada no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda, atuando na depleção do aminoácido L-asparagina, o qual é fundamental para a sobrevivência das células cancerosas. Este trabalho tem como finalidade o estudo e desenvolvimento de uma tecnologia para produção de uma inovadora biomolécula: L-asparaginase II EcA (P40S/S206C), a qual apresenta duas mutações que permitem maior resistência à ação de proteases humanas. A fim de aumentar a expressão da proteína recombinante e compreender o comportamento celular durante o bioprocesso, em cultivo descontínuo alimentado de Escherichia coli BL21 (DE3) em alta densidade celular, estudaram-se distintas estratégias de alimentação durante a pós- indução e métodos não convencionais de indução. Também se estudou a permeabilização da membrana visando a exportação da enzima para o meio extracelular. A alimentação durante a pós-indução alterou significativamente a atividade de L-asparaginase II, de 340 U/L obtido em cultivo sem alimentação pós-indução para 30.770 U/L com a alimentação pós-indução no modo DO-stat. A indução da expressão de L-asparaginase II com base no aumento progressivo de IPTG (concentração final: 0,085mmol/gcélula) proporcionou atividades de 2070 U/gcélula e 113.575 U/L, valor que foi 19 vezes maior que o obtido com a mesma concentração de IPTG administrada por apenas um pulso. Em cultivo com indução por lactose adicionado em estratégia de alimentação DO-stat obteve-se a atividade máxima de L-asparaginase II de 49.120 U/L. Ao permeabilizar a membrana com adição de 0,8% de glicina, 55% da atividade total de L-asparaginase II foi quantificada em meio extracelular o que resultou num aumento da atividade total de aproximadamente 2 vezes: 211.192 U/L. Portanto, o modo de indução mais lento reduziu os efeitos nocivos do IPTG, o que não afetou na produtividade do biofármaco. A permeabilização de membrana proporcionou aumento da atividade de L-asparaginase II, uma vez que uma porção da proteína foi redirecionada e expressa em meio extracelular.L-asparaginase II is the enzyme used in the treatment of Acute Lymphoblastic Leukemia (ALL), depleting the amino acid L-asparagine, which is essential for the cancer cells survival. This work aims to study the production technology of an innovative biomolecule: L-asparaginase II EcA (P40S/S206C), which presents two mutations that allow greater resistance to the action of human proteases. In order to increase the expression of the recombinant protein and understand cellular behavior during the bioprocess, in fed-batch cultivation of Escherichia coli BL21 (DE3) at high cell density, different feeding strategies were studied during post-induction and unconventional induction methods. In addition, cell membrane permeabilization was studied to enhance the secretion of protein to extracellular media. Feeding during post-induction increased L-asparaginase II activity, from 340 U/L obtained in cultivation without post-induction feeding to 30,770 U/L with post-induction DO-stat feeding. The induction of L-asparaginase II expression in progressive increase in IPTG (final concentration: 0.085 mmol/gcell) provided activities of 2070 U/gcell and 113,575.2 U/L, it was 19 fold increased than that obtained with the same concentration of IPTG added in single pulse. In cultivation applying lactose induction in a DO-stat feeding strategy, the maximum L-asparaginase II activity of 49,120 U/L was obtained. When permeabilizing the membrane with the addition of 0.8% glycine, 55% of the total L-asparaginase II activity was quantified in extracellular media, which resulted in a total activity increase of approximately twofold: 211,192 U/L. Therefore, slower feeding induction strategies reduced the harmful effects of IPTG. Membrane permeabilization provided an increase in L-asparaginase II activity since a portion of the protein was secreted in the extracellular medium.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPessoa Junior, AdalbertoChaves, Flaviana da Silva2024-08-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9134/tde-09102024-173658/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-21T19:09:02Zoai:teses.usp.br:tde-09102024-173658Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-21T19:09:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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