Valores de referência de acetona urinária em uma população do sul de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Danielle Palma de
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-02102007-142622/
Resumo: A determinação de valores de referência de alguns xenobióticos naturalmente existentes no organismo é importante na biomonitorização, para comparação de níveis encontrados na população exposta com os da população de referência. A acetona é um solvente muito popular, utilizado em vários ramos da indústria e em laboratórios químicos. O isopropanol é um solvente largamente utilizado em indústrias, laboratórios e está presente em vários produtos domésticos. Este solvente é biotransformado no organismo humano, tendo como principal metabólito a acetona. A acetona em urina (AcU) é o bioindicador mais usado para avaliar a exposição de trabalhadores expostos a acetona e ao isopropanol. Como também é encontrada em pessoas não expostas ocupacionalmente a estes solventes, o objetivo deste trabalho foi verificar os níveis basais de AcU e a possível influência de fatores individuais nestes níveis. A população de referência foi constituída por 207 indivíduos (91 homens e 116 mulheres, com idades entre 18 e 80 anos). A AcU foi determinada por headspace/cromatografia em fase gasosa/DIC. O método mostrou linearidade de 0,1 a 5,0 mg/L; o limite de detecção e de quantificação de 0,1 mglL; precisão intra-ensaio, entre 4 e 5% e inter ensaio, entre 5,2 e 8,8% (urina sem adição e fortificada com 1,0 e 3,0 mgIL de acetona). Para a população total, os valores de referência encontrados foram: média (&#177;DP) de 1,12 (&#177;0,47) mgIL; mediana de 1,04 mgIL; média geométrica de 1,03 mglL; intervalo de confiança 95% entre 0,98-1,26 mglL e valor superior de referência (média + 2DP) de 2,06 mgIL. Devido ao fato da distribuição dos valores de AcU (mgIL) não ser Gaussiana, optou-se por uma transformação dos valores (Iog AcU) que aproximou os dados da distribuição normal ( W = 0,98532, P < 0,7000). A população selecionada demonstrou ser saudável e adequada ao estudo; o sexo e a ingestão de bebidas alcoólicas parecem afetar os teores de acetona urinária, enquanto a idade e o uso de tabaco não mostraram este efeito.
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