Efeito da remoção das vibrissas mistaciais sobre o comportamento exploratório do rato no labirinto em cruz elevado sob condições de claridade e obscuridade.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Parra, Luis Fernando Cardenas
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-08032002-161055/
Resumo: O comportamento exploratório do rato é caraterizado pela preferência por ambientes escuros e pela tendência a permanecer na proximidade de paredes verticais (tigmotatismo). Quando permitida a exploração espontânea de um labirinto em cruz elevado o rato exibe um menor número de visitas aos braços abertos e um menor tempo de permanência nos mesmos. Contudo, essa situação pode ser revertida pela administração de fármacos ansiolíticos. Embora utilizado amplamente no estudo do medo e da ansiedade, ainda não está muito claro qual ou quais são os estímulos aversivos que induzem a esquiva dos braços abertos. O presente trabalho estudou o papel da luminosidade e do tigmotatismo(mediado pelas vibrissas mistaciais) no comportamento exploratório do rato no labirinto em cruz elevado. Para tal fim, essas vibrissas foram removidas de forma aguda (5 minutos antes dos testes) ou crônica: dias (8, 14 e 25; corte diário) antes do teste ou no dia do nascimento e os ratos foram submetidos ao teste do labirinto em cruz elevado sob condições de claridade (150 Lux) e de obscuridade (2 Lux). Os resultados mostraram que na obscuridade os ratos com remoção das vibrissas entram mais e permanecem por mais tempo nos braços abertos, quando comparados tanto com os ratos com vibrissas intactas quanto com ratos com remoções equivalentes das vibrissas mas testados na claridade. Esses resultados sugerem um possível efeito de tipo ansiolítico causado pela remoção das vibrissas somada à falta de luz. O aumento da exploração dos braços abertos poderia dever-se à ausência conjunta de informações provenientes dos dois sistemas sensoriais (visual e tátil das vibrissas). Porém, a ausência de apenas a informação tátil das vibrissas ou de apenas a visual não aumentam a exploração. Estudos posteriores devem ser realizados com o objetivo de conhecer os mecanismos neuroniais envolvidos.
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