Vivre à St. Paul: os imigrantes franceses na São Paulo oitocentista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bivar, Vanessa dos Santos Bodstein
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-14052008-151916/
Resumo: Esta tese tem por fulcro o estudo dos imigrantes franceses que viveram na cidade de São Paulo na segunda metade do século XIX. Apesar de quantitativamente minoritários, se comparados a outras correntes migratórias, como a dos italianos, foram qualitativamente relevantes em um momento no qual a propagação da influência francesa era ali premente. Nos almanaques e jornais abundavam nomes de franceses com suas casas de negócio. Tratou-se de uma imigração espontânea e de cunho individual, voltada, sobretudo, a ocupações urbanas. A despeito dos mais conhecidos através da historiografia serem engenheiros, pintores, médicos, enfim, detentores de saberes especializados ou técnicos, a maior parte daqueles que emigraram eram pessoas comuns que improvisavam seus papéis para a sobrevivência diária. Mesmo sem o savoir-faire, era estratégia do imigrante articular-se ao universo cultural francês, tornando-se modista, cozinheiro, cabeleireiro, ourives, alfaiate, ou proprietário dos ramos de hotéis e restaurantes - leque de inserções que a cidade, por conta dos lucros cafeeiros, passava a demandar. Também fez parte desse contexto, desvendar as relações comerciais e consulares entre Brasil e França, na medida em que se formava uma teia de expansão comercial francesa em concorrência aos produtos ingleses e alemães, na qual o cônsul era intermediador: verdadeiro elo dos interesses da França na região.
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