Formulação e avaliação de dentifrícios para próteses totais à base de óleos essenciais - características organolépticas, propriedades físico-químicas e efeitos adversos sobre resinas para base protética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ponpeo, Fernanda Thaís
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-06122022-163022/
Resumo: O propósito deste estudo in vitro foi formular e avaliar dentifrícios experimentais para higienização de próteses totais à base de óleos essenciais à 1% de Sucupira, Copaíba, Eucalipto, Melaleuca e Pinheiro Branco, quanto às características organolépticas, propriedades físico-químicas e efeitos adversos sobre resinas para base protética. As características organolépticas (aspecto, cor, odor e sabor) foram avaliadas nos tempos 0, 15, 30, 60 e 90 dias. As propriedades físico-químicas compreenderam densidade, pH, consistência e propriedades reológicas. Para análise de efeitos adversos (alteração de massa, alteração de rugosidade de superfície e resistência à flexão), corpos de prova de 3 resinas (Resina acrílica termopolimerizável, Classico®, de micro ondas, Onda Cryl® e de impressão 3D, Smart Print®) foram confeccionados e submetidos à escovação com os dentifrícios, em máquina de escovação artificial com escovas cerdas macias em um período simulado de 5 anos (89.000 ciclos -250 minutos). Grupos com água destilada (controle negativo) e dentifrício Trihydral® (controle positivo), além de um dentifrício Placebo foram utilizados para comparação. Para alteração de massa (mg) e alteração de rugosidade de superfície (µm), 96 corpos de prova (n=12) retangulares (90 mm x 90 mm x 4mm) foram confeccionados e para resistência à flexão (MPa), (n=12) (50 kgf com velocidade de 5mm/min), 108 corpos de prova retangulares (65 mm x 10 mm x 3,3 mm) foram submetidos à Máquina Universal de Ensaios e um grupo sem escovação foi adicionado para comparação. A análise das características organolépticas evidenciou estabilidade das formulações em todos os períodos. Quanto às propriedades físico-químicas, o pH das formulações mostrou-se neutro, com valores de densidade (1,05 g/mL a 1,57 g/mL), consistência (40 a 57,33 mm) e características reológicas (área de histerese 0,60 cm² a 4,33 cm²). Os dados referentes a alteração de massa, rugosidade e resistência á flexão foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis e pós teste de Dunn (&alpha;=0,05). Para alteração de massa, foram encontradas diferenças significantes entre resinas (p<0,001), dentifrícios (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p=0,013). Para termopolimerizável, os valores de alteração de massa variaram de [-0,09±1,56 à -47,33±9,66 mg]. Para resina de micro-ondas, os valores variaram de [-17,28±8,67 à -49,92±14,71 mg]. Para a resina de impressão 3D, os valores de alteração foram [-3,44±1,94 à -30,50±6,34 mg]. As análises dos valores de alteração de massa classificaram os dentifrícios experimentais como sendo de média abrasividade. Para &Delta;Ra (µm), houve significância entre as resinas (p<0,001), dentifrícios (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p<0,001). Para resina termopolimerizável, os valores de alteração variaram de (0,02±0,03 à 1,23±0,61 µm); para resina de micro-ondas (0,01±0,02 à 0,79±0,47 µm) e resina de Impressão 3D (0,04±0,03 à 0,85±0,57 µm). O dentifrício Copaíba apresentou diferença significante entre as resinas. Na interação com a resina de micro-ondas, apresentou menor alteração de rugosidade que a resina impressa (p<0,001) e impressa apresentou valores intermediários (termo - p=1,000; micro-ondas - p=0,263). Quanto aos demais grupos, não houve diferença significante entre as resinas. Para resistência à flexão, houve diferença significante entre os dentifrícios (p<0,001), resinas (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p<0,001). Os valores de alteração variaram para resina termopolimerizável [91,17±23,28 à 78,25±12,07 MPa] e de micro-ondas [103,74±86,88 MPa], resina Smart Print [93,56±24,52 à 56,67±13,98 MPa]. A análise dos dentifrícios experimentais para a mesma resina não registrou diferença estatística entre os grupos controle e dentifrícios experimentais para resina termopolimerizável e de micro-ondas. Valores de redução de resistência à flexão foram registrados para a resina impressa: o grupo sem escovação apresentou valores de resistência à flexão maiores que Trihydral (p<0,001), Placebo (p=0,001), Eucalipto (p=0,001), Melaleuca (p<0,001), e Pinheiro Branco (p<0,001). O grupo água (Controle Negativo) apresentou valores de resistência à flexão maiores que o grupo controle positivo (Trihydral) (p=0,008), Melaleuca (p=0,036) e Pinheiro Branco (p=0,001). Conclui-se com base na análise das variáveis, que os dentifrícios experimentais de Sucupira, Melaleuca e Pinheiro branco podem ser utilizados como higienizadores de próteses por apresentaram adequadas propriedades organolépticas, físico-químicas e propiciarem o mínimo de efeitos adversos nas resinas de base avaliadas.
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spelling Formulação e avaliação de dentifrícios para próteses totais à base de óleos essenciais - características organolépticas, propriedades físico-químicas e efeitos adversos sobre resinas para base protéticaFormulation and evaluation of dentifrices for complete dentures based on essential oils - organoleptic, physicochemical properties and adverse effects on resins for denture baseComplete dentureDentifrícios óleos essenciaisDenture base resinsEssential oil toothpastesHigienizaçãoHygienePrótese totalResinas para base de próteseO propósito deste estudo in vitro foi formular e avaliar dentifrícios experimentais para higienização de próteses totais à base de óleos essenciais à 1% de Sucupira, Copaíba, Eucalipto, Melaleuca e Pinheiro Branco, quanto às características organolépticas, propriedades físico-químicas e efeitos adversos sobre resinas para base protética. As características organolépticas (aspecto, cor, odor e sabor) foram avaliadas nos tempos 0, 15, 30, 60 e 90 dias. As propriedades físico-químicas compreenderam densidade, pH, consistência e propriedades reológicas. Para análise de efeitos adversos (alteração de massa, alteração de rugosidade de superfície e resistência à flexão), corpos de prova de 3 resinas (Resina acrílica termopolimerizável, Classico®, de micro ondas, Onda Cryl® e de impressão 3D, Smart Print®) foram confeccionados e submetidos à escovação com os dentifrícios, em máquina de escovação artificial com escovas cerdas macias em um período simulado de 5 anos (89.000 ciclos -250 minutos). Grupos com água destilada (controle negativo) e dentifrício Trihydral® (controle positivo), além de um dentifrício Placebo foram utilizados para comparação. Para alteração de massa (mg) e alteração de rugosidade de superfície (µm), 96 corpos de prova (n=12) retangulares (90 mm x 90 mm x 4mm) foram confeccionados e para resistência à flexão (MPa), (n=12) (50 kgf com velocidade de 5mm/min), 108 corpos de prova retangulares (65 mm x 10 mm x 3,3 mm) foram submetidos à Máquina Universal de Ensaios e um grupo sem escovação foi adicionado para comparação. A análise das características organolépticas evidenciou estabilidade das formulações em todos os períodos. Quanto às propriedades físico-químicas, o pH das formulações mostrou-se neutro, com valores de densidade (1,05 g/mL a 1,57 g/mL), consistência (40 a 57,33 mm) e características reológicas (área de histerese 0,60 cm² a 4,33 cm²). Os dados referentes a alteração de massa, rugosidade e resistência á flexão foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis e pós teste de Dunn (&alpha;=0,05). Para alteração de massa, foram encontradas diferenças significantes entre resinas (p<0,001), dentifrícios (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p=0,013). Para termopolimerizável, os valores de alteração de massa variaram de [-0,09±1,56 à -47,33±9,66 mg]. Para resina de micro-ondas, os valores variaram de [-17,28±8,67 à -49,92±14,71 mg]. Para a resina de impressão 3D, os valores de alteração foram [-3,44±1,94 à -30,50±6,34 mg]. As análises dos valores de alteração de massa classificaram os dentifrícios experimentais como sendo de média abrasividade. Para &Delta;Ra (µm), houve significância entre as resinas (p<0,001), dentifrícios (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p<0,001). Para resina termopolimerizável, os valores de alteração variaram de (0,02±0,03 à 1,23±0,61 µm); para resina de micro-ondas (0,01±0,02 à 0,79±0,47 µm) e resina de Impressão 3D (0,04±0,03 à 0,85±0,57 µm). O dentifrício Copaíba apresentou diferença significante entre as resinas. Na interação com a resina de micro-ondas, apresentou menor alteração de rugosidade que a resina impressa (p<0,001) e impressa apresentou valores intermediários (termo - p=1,000; micro-ondas - p=0,263). Quanto aos demais grupos, não houve diferença significante entre as resinas. Para resistência à flexão, houve diferença significante entre os dentifrícios (p<0,001), resinas (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p<0,001). Os valores de alteração variaram para resina termopolimerizável [91,17±23,28 à 78,25±12,07 MPa] e de micro-ondas [103,74±86,88 MPa], resina Smart Print [93,56±24,52 à 56,67±13,98 MPa]. A análise dos dentifrícios experimentais para a mesma resina não registrou diferença estatística entre os grupos controle e dentifrícios experimentais para resina termopolimerizável e de micro-ondas. Valores de redução de resistência à flexão foram registrados para a resina impressa: o grupo sem escovação apresentou valores de resistência à flexão maiores que Trihydral (p<0,001), Placebo (p=0,001), Eucalipto (p=0,001), Melaleuca (p<0,001), e Pinheiro Branco (p<0,001). O grupo água (Controle Negativo) apresentou valores de resistência à flexão maiores que o grupo controle positivo (Trihydral) (p=0,008), Melaleuca (p=0,036) e Pinheiro Branco (p=0,001). Conclui-se com base na análise das variáveis, que os dentifrícios experimentais de Sucupira, Melaleuca e Pinheiro branco podem ser utilizados como higienizadores de próteses por apresentaram adequadas propriedades organolépticas, físico-químicas e propiciarem o mínimo de efeitos adversos nas resinas de base avaliadas.The purpose of this in vitro study, was to formulate experimental dentifrices for complete dentures with essential oils at 1% of Bowdichia virgilioides Kunth , Copaifera officinalis, Eucalyptus citriodora, tea tree oil-Melaleuca alternifólia and Pinus strobus , in terms of organoleptic, physicochemical characteristics and adverse effects resins for dentures base. The organoleptic characteristics (color, odor and flavor) were analysis in the times: 0, 30, 60 and 90 days. The physicochemical properties comprised density, pH, consistency and rheological properties. For analysis of adverse effects (mass change, surface roughness and flexural strength), specimens of 3 resins (Thermopolymerizable acrylic resin, Classico®, microwave, Onda Cryl® and 3D printing, Smart Print® ) were prepared and brushed with dentifrices, in an artificial brushing machine with soft bristles over a period of 5 years (89,000 cycles -250 minutes).Groups with distilled water (negative control) and Trihydral® dentifrice (positive control), and a Placebo dentifrice were used for comparison. For mass change (mg) and roughness, 96 specimens (n=12) rectangular (90 mm x 90 mm x 4 mm) were constructed and for flexural strength (MPa), (n= 12) (50 kgf at 5mm/min speed), 108 rectangular specimens (65 mm x 10 mm x 3.3 mm) were selected from the Universal Testing Machine and a brushless group was added for comparison. The analysis of the organoleptic characteristics showed stability of the formulations in all periods. As for the physicochemical properties, the pH of the formulations was neutral, with values of density (1.05 g/mL to 1.57 g/mL), consistency (40 to 57.33 mm) and rheological characteristics (area of hysteresis 0.60 cm² to 4.33 cm²). The data refer to a mass change, roughness and resistance to reflection were analyzed using the Kruskal-Wallis test and post Dunn\'s test (&alpha;=0.05). For mass change, there were significant differences between resins (<0.001), dentifrices (p<0.001) and there was an interaction between resins vs dentifrices (p=0.013). For the thermopolymerizable resin, the mass change values range from [-0.09±1.56 to -47.33±9.66 mg]. For microwave resin, the values range from [-17.28±8.67 to -49.92±14.71 mg]. For the 3D printing resin, the change values were [-3.44±1.94 to -30.50±6.34 mg]. The reference mass reference values classify the experimental dentifrices as being of medium abrasiveness. For &Delta;Ra (µm), there was significance between resins (p<0.001), toothpastes (p<0.001) and there was an interaction between resins vs toothpastes (p<0.001). For thermopolymerizable, the change values range from (0.02±0.03 to 1.23±0.61 µm); for microwave resin (0.01±0.02 to 0.79±0.47 µm) and 3D Printing resin (0.04±0.03 to 0.85±0.57 µm). The lowest surface roughness values were recorded for dentifrices : Placebo, Sucupira, Melaleuca and Pinheiro Branco . For flexural strength, there was a significant difference between dentifrices (p<0.001), resins (p<0.001) and there was interaction between dentifrices (p<0.001). The values found varied for thermopolymerizable resin [91.17±23.28 to 78.25±12.07 MPa] MPa and for microwave [103.74±86.88a], Smart Print resin [93.56±24 .52 to 56.67±13.98 MPa]. An analysis of the experimental dentifrices for the same resin did not record any statistical difference between the control and experimental dentifrices for thermopolymerizable and microwave resin. Values of reduced flexural strength were recorded for the printed resin: or group without brushing, flexural strength values were higher than Trihydral (p<0.001), Placebo (p=0.001), Eucalyptus (p=0.001), tea tree oil (p<0.001), and (p<0.001). The water group (Negative Control) showed higher flexural strength values than the positive control group (Trihydral) (p=0.008), tea tree oil (p=0.036) and Pinus strobus (p=0.001). It is concluded from the changes, that the experimental dentifrices can be used as denture cleansers because they have adequate organoleptic, physicochemical properties and provide minimal adverse effects on the base resins evaluated. Additional studies aimed at investigating the physical-mechanical properties of 3D printing resins are needed to effectively determine the effect of denture cleansers on these materials.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSouza, Valéria Oliveira Pagnano dePonpeo, Fernanda Thaís2022-09-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-06122022-163022/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-12-07T17:29:55Zoai:teses.usp.br:tde-06122022-163022Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-12-07T17:29:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Ponpeo, Fernanda Thaís
Complete denture
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Higienização
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description O propósito deste estudo in vitro foi formular e avaliar dentifrícios experimentais para higienização de próteses totais à base de óleos essenciais à 1% de Sucupira, Copaíba, Eucalipto, Melaleuca e Pinheiro Branco, quanto às características organolépticas, propriedades físico-químicas e efeitos adversos sobre resinas para base protética. As características organolépticas (aspecto, cor, odor e sabor) foram avaliadas nos tempos 0, 15, 30, 60 e 90 dias. As propriedades físico-químicas compreenderam densidade, pH, consistência e propriedades reológicas. Para análise de efeitos adversos (alteração de massa, alteração de rugosidade de superfície e resistência à flexão), corpos de prova de 3 resinas (Resina acrílica termopolimerizável, Classico®, de micro ondas, Onda Cryl® e de impressão 3D, Smart Print®) foram confeccionados e submetidos à escovação com os dentifrícios, em máquina de escovação artificial com escovas cerdas macias em um período simulado de 5 anos (89.000 ciclos -250 minutos). Grupos com água destilada (controle negativo) e dentifrício Trihydral® (controle positivo), além de um dentifrício Placebo foram utilizados para comparação. Para alteração de massa (mg) e alteração de rugosidade de superfície (µm), 96 corpos de prova (n=12) retangulares (90 mm x 90 mm x 4mm) foram confeccionados e para resistência à flexão (MPa), (n=12) (50 kgf com velocidade de 5mm/min), 108 corpos de prova retangulares (65 mm x 10 mm x 3,3 mm) foram submetidos à Máquina Universal de Ensaios e um grupo sem escovação foi adicionado para comparação. A análise das características organolépticas evidenciou estabilidade das formulações em todos os períodos. Quanto às propriedades físico-químicas, o pH das formulações mostrou-se neutro, com valores de densidade (1,05 g/mL a 1,57 g/mL), consistência (40 a 57,33 mm) e características reológicas (área de histerese 0,60 cm² a 4,33 cm²). Os dados referentes a alteração de massa, rugosidade e resistência á flexão foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis e pós teste de Dunn (&alpha;=0,05). Para alteração de massa, foram encontradas diferenças significantes entre resinas (p<0,001), dentifrícios (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p=0,013). Para termopolimerizável, os valores de alteração de massa variaram de [-0,09±1,56 à -47,33±9,66 mg]. Para resina de micro-ondas, os valores variaram de [-17,28±8,67 à -49,92±14,71 mg]. Para a resina de impressão 3D, os valores de alteração foram [-3,44±1,94 à -30,50±6,34 mg]. As análises dos valores de alteração de massa classificaram os dentifrícios experimentais como sendo de média abrasividade. Para &Delta;Ra (µm), houve significância entre as resinas (p<0,001), dentifrícios (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p<0,001). Para resina termopolimerizável, os valores de alteração variaram de (0,02±0,03 à 1,23±0,61 µm); para resina de micro-ondas (0,01±0,02 à 0,79±0,47 µm) e resina de Impressão 3D (0,04±0,03 à 0,85±0,57 µm). O dentifrício Copaíba apresentou diferença significante entre as resinas. Na interação com a resina de micro-ondas, apresentou menor alteração de rugosidade que a resina impressa (p<0,001) e impressa apresentou valores intermediários (termo - p=1,000; micro-ondas - p=0,263). Quanto aos demais grupos, não houve diferença significante entre as resinas. Para resistência à flexão, houve diferença significante entre os dentifrícios (p<0,001), resinas (p<0,001) e houve interação resinas vs dentifrícios (p<0,001). Os valores de alteração variaram para resina termopolimerizável [91,17±23,28 à 78,25±12,07 MPa] e de micro-ondas [103,74±86,88 MPa], resina Smart Print [93,56±24,52 à 56,67±13,98 MPa]. A análise dos dentifrícios experimentais para a mesma resina não registrou diferença estatística entre os grupos controle e dentifrícios experimentais para resina termopolimerizável e de micro-ondas. Valores de redução de resistência à flexão foram registrados para a resina impressa: o grupo sem escovação apresentou valores de resistência à flexão maiores que Trihydral (p<0,001), Placebo (p=0,001), Eucalipto (p=0,001), Melaleuca (p<0,001), e Pinheiro Branco (p<0,001). O grupo água (Controle Negativo) apresentou valores de resistência à flexão maiores que o grupo controle positivo (Trihydral) (p=0,008), Melaleuca (p=0,036) e Pinheiro Branco (p=0,001). Conclui-se com base na análise das variáveis, que os dentifrícios experimentais de Sucupira, Melaleuca e Pinheiro branco podem ser utilizados como higienizadores de próteses por apresentaram adequadas propriedades organolépticas, físico-químicas e propiciarem o mínimo de efeitos adversos nas resinas de base avaliadas.
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