Toxicidade dos sedimentos da Bacia Hidrográfica do Rio Monjolinho ( São Carlos - SP): ênfase nas substâncias cobre, aldrin e heptacloro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campagna, Aline Fernanda
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-09112005-152042/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade do Rio Monjolinho (São Carlos - SP) através de análises físicas, químicas, biológicas, e ecotoxicológicas. Para tanto foram realizadas quatro coletas (julho/03, outubro/03, janeiro/04 e abril/04) nos quais foram amostrados água e sedimento em quatorze pontos localizados neste sistema. Estudos sobre a sobrevivência, crescimento e morfologia de brânquias também foram realizados em organismos expostos em concentrações crônicas de cobre, aldrin e heptacloro, ou seja, alguns poluentes detectados no sistema em estudo que estiveram acima da resolução CONAMA 357/05. Os resultados das análises físicas, químicas, biológicas e ecotoxicológicas demonstraram a degradação geral do sistema desde sua nascente, sendo possível observar variabilidade espacial e temporal da qualidade. A toxicidade das amostras de sedimento variou entre períodos de coleta, sendo que as maiores porcentagens foram encontradas em janeiro/04 para ambas as espécies testadas (D. rerio e P. reticulata). Ocorreu também, uma variabilidade nas respostas das diferentes espécies, sendo que P. reticulata apresentou-se mais sensível que D. rerio nos dois períodos em que foram realizados estudos ecotoxicológicos (julho/03 e janeiro/04). A análise histológica dos tecidos branquiais dos organismos expostos aos sedimentos confirmou a degradação deste sistema, revelando alterações de primeiro grau em sete dias de exposição na maioria dos pontos amostrados. Exceção foi encontrada na estação UFSCar, onde as brânquias dos organismos apresentaram lesões de segundo estágio. As substâncias de referência: cobre, aldrin e heptacloro demonstraram efeitos na sobrevivência, crescimento e na morfologia das brânquias dos organismos-teste, expostos em concentrações sub-letais (permitidas pelo CONAMA 357/05) durante sete dias de bioensaio. Estes resultados permitiram considerar que, em concentrações detectadas no rio Monjolinho, estas substâncias poderão representar riscos para a perpetuação de espécies de peixes, bem como, para o equilíbrio da comunidade aquática.
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