Estudo randomizado, duplo cego, placedo controlado da ação da rivastigmina no desempenho cognitivo de pacientes crônicos pós traumatismo crânio encefálico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freire, Fábio Rios
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-03012019-102115/
Resumo: Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) caracteriza-se por ser uma lesão não degenerativa e não congênita e que é provocado por uma força mecânica externa. Espera-se um prejuízo, permanente ou temporário, nas funções cognitiva, física e psicossocial, com diminuição ou alteração do estado de consciência. As consequências residuais pós-TCE acometem de forma diferente cada paciente. A maioria das pessoas que sofrem traumas leves tem um processo de recuperação sem grandes complicações, e são capazes de retornar às suas atividades pré-trauma. Entretanto, a maioria dos pacientes que sofrem de TCE moderado e grave apresentam sequelas e limitações. Uma das opções medicamentosas vigentes e descritas em relatos de casos são os inibidores de acetilcolinesterase que mostram benefícios significativos quanto a melhora atencional e principalmente da memória quando utilizados em paciente na fase crônica pós TCE. Objetivo: Investigar a eficácia da rivastigmina em pacientes com comprometimento cognitivo crônico após o TCE. Métodos: Foi realizado um estudo duplo-cego, controlado com placebo em pacientes com TCE. Catorze pacientes com TCE (sete que tomaram o remédio ativo e sete que tomaram placebo) entre 18 e 70 anos completaram o estudo. Os pacientes foram randomizados em dois grupos, para receber rivastgmina ou placebo. Utilizou-se para análise dos dados comparativos entre grupo medicamento e placebo, análise estatística Z escore, teste T, qui-quadrado, correlação com o EEG e teste de correlação. Resultados: Observou-se que os pacientes que receberam a rivastigmina apresentaram melhora nos testes Cubos, BAI e memória visual de evocação imediata. No entanto, estas diferenças não foram estatisticamente significativas pelos padrões usualmente utilizados em trabalhos da área médica (alfa de 5%). Conclusão: Os resultados obtidos em pacientes com TCE apontam uma tendência que o tratamento medicamentoso com rivastigmina (medicação anti-colinesterásica) pode favorecer a estabilização ou resultar até mesmo em melhora dos déficits cognitivos, emocionais e funcionais. São necessários mais estudos com número maior de pacientes para aprofundarmos os achados aqui encontrados
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A maioria das pessoas que sofrem traumas leves tem um processo de recuperação sem grandes complicações, e são capazes de retornar às suas atividades pré-trauma. Entretanto, a maioria dos pacientes que sofrem de TCE moderado e grave apresentam sequelas e limitações. Uma das opções medicamentosas vigentes e descritas em relatos de casos são os inibidores de acetilcolinesterase que mostram benefícios significativos quanto a melhora atencional e principalmente da memória quando utilizados em paciente na fase crônica pós TCE. Objetivo: Investigar a eficácia da rivastigmina em pacientes com comprometimento cognitivo crônico após o TCE. Métodos: Foi realizado um estudo duplo-cego, controlado com placebo em pacientes com TCE. Catorze pacientes com TCE (sete que tomaram o remédio ativo e sete que tomaram placebo) entre 18 e 70 anos completaram o estudo. Os pacientes foram randomizados em dois grupos, para receber rivastgmina ou placebo. Utilizou-se para análise dos dados comparativos entre grupo medicamento e placebo, análise estatística Z escore, teste T, qui-quadrado, correlação com o EEG e teste de correlação. Resultados: Observou-se que os pacientes que receberam a rivastigmina apresentaram melhora nos testes Cubos, BAI e memória visual de evocação imediata. No entanto, estas diferenças não foram estatisticamente significativas pelos padrões usualmente utilizados em trabalhos da área médica (alfa de 5%). Conclusão: Os resultados obtidos em pacientes com TCE apontam uma tendência que o tratamento medicamentoso com rivastigmina (medicação anti-colinesterásica) pode favorecer a estabilização ou resultar até mesmo em melhora dos déficits cognitivos, emocionais e funcionais. São necessários mais estudos com número maior de pacientes para aprofundarmos os achados aqui encontradosIntroduction: Traumatic brain injury (TBI) is characterized by a nondegenerative and non-congenital injury and is caused by an external mechanical force. Permanent or temporary impairment is expected in cognitive, physical and psychosocial functions, with a decrease or alteration of the state of consciousness. The residual consequences after TBI affect each patient differently. Most people who suffer mild trauma have a recovery process without major complications and are able to return to their pre-trauma activities. However, most patients suffering from moderate and severe TBI have sequelae and limitations. One of the current and described drug options in case reports are acetylcholinesterase inhibitors that show significant benefits in terms of attentional and especially memory improvement when used in patients in the chronic phase after TBI. Objective: To investigate the efficacy of rivastigmine in patients with chronic cognitive impairment after TBI. Methods: A double-blind, placebo-controlled study was performed in patients with TBI. Fourteen patients with TBI (seven who took the active drug and seven who took placebo) between 18 and 70 years completed the study. Patients were randomized into two groups to receive rivastgmin or placebo. To analyze the comparative data between drug group and placebo, statistical analysis Z score, T test, chi-square, correlation with the EEG and correlation test were used. Results: It was observed that the patients who received rivastigmine presented improvement in the Cubus, BAI and visual memory of immediate recall. However, these differences were not statistically significant by the standards commonly used in medical papers (5% alpha). Conclusion: The results obtained in patients with TBI point to a tendency that drug therapy with rivastigmine (anti-cholinesterase medication) may favor stabilization or even result in improvement of cognitive, emotional and functional deficits. Further studies with a larger number of patients are needed to deepen the findings found hereBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAnghinah, RenatoFreire, Fábio Rios2018-10-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-03012019-102115/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-09T23:21:59Zoai:teses.usp.br:tde-03012019-102115Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-09T23:21:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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