Sob os olhos de quem vê: a casa moderna nas publicações do MoMA sobre a América Latina

• Autor(a) principal: Maryá de Sousa Aldrigue Casado
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.102.2020.tde-30012020-113812

Assumindo a casa unifamiliar - reconhecida por diversos autores como programa fundamental para a produção arquitetônica do século XX - como objeto mediador da investigação proposta, o interesse é estudar a casa moderna na América Latina a partir dos exemplares incluídos nos catálogos das exposições organizadas pelo The Museum of Modern Art (MoMA, Nova York) que tratam da arquitetura moderna latino-americana: Brazil Builds: architecture new and old 1652-1942 (GOODWIN, 1943), Latin American Architecture since 1945 (HITCHCOCK, 1955) e Latin America in Construction: architecture 1955-1980 (BERGDOLL; COMAS; LIERNUR; DEL REAL, 2015), considerando as exposições e seus catálogos como constituições de um fenômeno simbiótico. Procura entender como a casa unifamiliar foi tratada nesses textos e qual seu lugar no processo de constituição e revisão da narrativa da arquitetura moderna na América Latina. Enquanto as duas primeiras publicações inauguraram os argumentos que seriam incorporados e repetidos nas reflexões seguintes, a mais recente vem recolocar, através de uma abordagem crítica, algumas dessas verdades instituídas em uma tarefa de redescoberta e revisão, no interior de uma tradição intelectual própria. Busca analisar a produção residencial moderna presente nesses catálogos, a fim de investigar os argumentos subjacentes em sua narrativa e refletir sobre a imagem de arquitetura latino-americana que essas publicações procuraram transmitir, considerando a relevância do debate promovido pelo MoMA no contexto ampliado da produção historiográfica. Conclui que as casas modernas na América Latina apresentaram variações, a partir de um repertório compartilhado de adaptações, que lhes diferenciam como conjunto em relação aos esquemas de origem, mas não têm pretensão de universalidade ou permitem sua homogeneização.