Desenvolvimento do ácaro plano, Brevipalpus phoenicis, (Geijiskes, 1939) e ocorrência da mancha anular em função de alguns nutrientes no cafeeiro, Coffea arabica, L.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Reymar Coutinho de
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20181127-161832/
Resumo: No final da década de noventa, a mancha anular do cafeeiro voltou a manifestar seus sintomas, após muito tempo desde a sua constatação. Este fato pode estar relacionado com as condições climáticas do período, manejo nutricional e fitossanitário adotado pelos produtores. O objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre determinados nutrientes fornecidos ao cafeeiro e a ocorrência do ácaro B. phoenicis, transmissor do vírus da mancha anular do cafeeiro, (MAC) e os sintomas dessa virose. Para tanto, foram conduzidos ensaios nas regiões de Espírito Santo do Pinhal - SP e Araguarí- MG, onde foram testados os nutrientes B, Zn e S via solo, separadamente e associados, relacionando-os à população do ácaro B. phoenicis e aos sintomas da virose, quantificados através de três avaliações mensais. Pôde-se verificar que plantas bem nutridas em enxofre e zinco com doses baixas de B podem atuar como agente controlador do ácaro avaliado. A utilização de acaricidas, interferindo na população deste vetor, também, foi observada comparando-o aos diferentes nutrientes testados. Utilizando-se plantas na ausência desses micronutrientes, com a aplicação via foliar de Carbax (dicofol 160g/l + tetradifon 60g/l) houve redução da população de ácaros, porém aumentou o número de ovos encontrados. O efeito do acaricida foi superior ao do nutriente sobre o controle do ácaro plano. Coletando-se várias amostras de solo em áreas com plantas sobre forte manifestação dos sintomas da virose (reboleiras) e adjacentes sob um grau de infestação menor e após analisá-las, pode-se observar uma menor ocorrência destes sintomas ou de seu vetor, onde era maior o nível de enxofre. A desfolha, em plantas marcadas com e sem aplicação de enxofre, foi quantificada após a eliminação das folhas caídas e com a contagem após 5 dias de novas folhas como, também, os frutos caídos. As plantas tratadas com enxofre apresentaram índice de desfolha menor. As folhas caídas estavam mais atacadas pela virose do que pelo bicho mineiro que também provoca queda de folhas e é uma praga chave do cafeeiro. A queda de frutos, diferente do ocorrido com a desfolha foi ligeiramente maior nas parcelas que receberam a aplicação de enxofre. Utilizando-se band-aids, com diferentes doses de enxofre, aplicados em plantas de café, observou-se que este elemento exerce um efeito sobre a presença do ácaro reduzindo assim a ocorrência da MAC, e nas maiores doses aplicadas foi encontrado o menor número de ácaros. Tais estudos evidenciaram que a presença de enxofre no solo, e sua aplicação em várias doses e de diferentes formas influenciaram o seu teor no tecido vegetal e consequentemente a presença do ácaro vetor e os sintomas causados, às plantas devido a ocorrência do vírus. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que culturas bem nutridas e principalmente rica em enxofre, podem apresentar tolerância ao ataque do vetor da MAC, e suas manifestações
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