Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Packer, Irineu Umberto
Data de Publicação: 1971
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143251/
Resumo: O presente trabalho foi realizado, com o objetivo de estudar a influência da energia e da proteína da ração sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras da marca comercial Keystone Parks, submetidas à um regime normal de criação, em gaiolas individuais de postura. Para atender êsses objetivos, foi conduzido um experimento fatorial 32, em blocos ao acaso. Os nove tratamentos testados, foram obtidos pela combinação de três níveis de energia - 2.600, - 2.900 e 3.200 - kcal de EM por kg, e três níveis de proteína - 13, 16 e 19% na ração. A avaliação dos efeitos desses fatôres, foi efetuada mediante a análise dos seguintes dados: consumo de ração, - intensidade de postura, pêso do ôvo, pêso do corpo e conversão alimentar. Êsse estudo foi baseado na média dos valores obtidos após sete períodos de produção, cada um dêles com 28 dias. Para verificação dos efeitos da energia e da proteína, - sôbre a eficiência produtiva das aves, durante o ciclo de produçao, foi considerado o fatorial 2 x 2, obtido pela combinação dos dois menores níveis de energia - 2.600 e 2.900 - kcal de EM por kg e de proteína - 13 e 16% -, com a duração de nove períodos. Em primeiro lugar, foram avaliados os efeitos dos nove períodos do ciclo de postura, sôbre o consumo de ração, observado nêsses quatro tratamentos. Posteriormente, os dados observados da eficiência produtiva, foram agrupados por fase do ciclo de postura. Nêsse estudo foram consideradas três fases, a saber: inicial (I), intermediária (II) e final (III), cada uma delas abrangendo três períodos. Dentro de cada fase, foram estudados os efeitos dos níveis de energia e de proteína, sôbre as diversas características de produção das galinhas, visando observar a variação das necessidades daqueles nutrientes nos vários estágios do ciclo de postura. Dos dados obtidos no presente trabalho, foram tiradas as seguintes conclusões: 1 - O consumo de ração foi afetado tanto pelo teor de energia como pelo de proteína. O aumento da energia influiu diretamente no consumo alimentar, causando redução no mesmo, enquanto que o de proteína, face ter determinado maior produção de ovos, aumentou de modo indireto o consumo. 2 - A presença de efeito significativo da interação energia x proteína sobre o consumo alimentar, tornou difícil estimar a redução do consumo em função exclusiva do teor energético. Dentro da variação de energia estudada, foi obtida uma redução da ordem de 2,5% no consumo de ração, para um aumento de 100 kcal de energia metabolizável. 3 - A intensidade de postura, sofreu efeitos linear e quadrático da proteína, tendo sido verificado ainda, a presença de interação entre as componentes lineares de energia x proteína. 4 - O efeito da energia reduzindo a intensidade de postura, foi evidente no menor nível de proteína. Concluiu-se que esse efeito consequência da redução no consumo alimentar, e portanto, da quantidade de proteína ingerida por dia. A ausência do efeito da energia nos níveis mais altos de proteína, foi atribuída ao fato da redução na quantidade de proteína ingerida não ter sido suficientemente grande de modo a afetar a produção. 5 - O nível protéico de 16% na ração, acarretou uma ingestão diária da proteína de aproximadamente 16 gramas a qual, foi suficiente para atender as exigências de uma produção média de 70%. 6- A conversão alimentar, medida em quilogramas de ração por dúzia de ovos, sofreu os efeitos da proteína e da energia, tendo sido observado que o efeito da proteína foi maior à medida que aumentou o nível energético. 7 - A melhoria da conversão alimentar, foi causada principalmente pelo acréscimo na produção de ovos, e menos pela redução no consumo de ração. O nível de 16% de proteína, que determinou maior intensidade de postura em qualquer teor de energia, foi aquele que permitiu melhor conversão. 8 - O pêso médio do ôvo, foi afetado apenas pelo nível de proteína, aumentando com o mesmo, ao passo que a energia determinou uma pequena redução, ao qual, entretanto não foi significativa. 9 - O pêso corporal sofreu apenas o efeito do teor de proteína da ração, tendo sido verificado perda de pêso no nível de13% e ganho em 16 e 19%, sendo que no último o aumento foi maior. 10 - Os períodos do ciclo de postura tiveram efeito significativo sôbre o consumo alimentar, tendo sido constatado um aumento gradativo dessa característica, do primeiro ao nono período. Tal aumento foi atribuído ao desenvolvimento corporal da ave, à intensidade de postura e ao aumento do pêso do ôvo. Nas condições, em que o ensaio foi conduzido, não foi possível evidenciar efeito da temperatura ambiente sôbre o consumo de raçao. 11 - Foi observado efeito similar das fases do ciclo produtivo sôbre o consumo de reação, e consequentemente, verificou-se uma variação equivalente na quantidade de proteína ingerida por dia, para cada tratamento.12 - O emprêgo de ração com teor constante de proteína, acarretou deficiência na ingestão dêsse nutriente, no início da postura, e excesso no final, em relação às necessidades em cada fase.13 - Em virtude da variação do consumo alimentar entre os períodos e as fases do ciclo de postura, concluiu-se que o conhecimento prévio da variação do consumo alimentar seria o fator fundamental a ser considerado num programa de alimentação, que pretendesse ajustar a quantidade de proteína ingerida, à necessana.14 - A intensidade de postura sofreu o efeito da fase do ciclo de produção. Foi observado que nas duas primeiras fases, houve efeito significativo do nível de proteína sôbre a postura, enquanto que, na terceira fase não ocorreram diferenças estatísticas, na produção de ovos entre os quatro tratamentos. Tal fato levou a admitir a possibilidade de reduzir a quantidade de proteína ingerida por dia, no fim do ciclo de produção. 15 - A variação do pêso do ôvo, relacionada com a ingestão de proteína em cada fase, mostrou que êsse nutriente apresentou efeito significativo apenas no final do ciclo de postura.16 - O pêso do corpo foi sensivelmente influenciado pelo teor de proteína da ração, nas três fases consideradas. Foi evidenciado a necessidade de uma ingestão diária de proteína da ordem de 14 gramas aproximadamente, para as aves revelarem aumento do pêso.
id USP_dabb21a6c333d2269fb7289b366486e8
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-20240301-143251
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeirasDESEMPENHO REPRODUTIVOGALINHAS POEDEIRASNUTRIÇÃO ANIMALSUPLEMENTOS ENERGÉTICOSSUPLEMENTOS PROTEICOSO presente trabalho foi realizado, com o objetivo de estudar a influência da energia e da proteína da ração sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras da marca comercial Keystone Parks, submetidas à um regime normal de criação, em gaiolas individuais de postura. Para atender êsses objetivos, foi conduzido um experimento fatorial 32, em blocos ao acaso. Os nove tratamentos testados, foram obtidos pela combinação de três níveis de energia - 2.600, - 2.900 e 3.200 - kcal de EM por kg, e três níveis de proteína - 13, 16 e 19% na ração. A avaliação dos efeitos desses fatôres, foi efetuada mediante a análise dos seguintes dados: consumo de ração, - intensidade de postura, pêso do ôvo, pêso do corpo e conversão alimentar. Êsse estudo foi baseado na média dos valores obtidos após sete períodos de produção, cada um dêles com 28 dias. Para verificação dos efeitos da energia e da proteína, - sôbre a eficiência produtiva das aves, durante o ciclo de produçao, foi considerado o fatorial 2 x 2, obtido pela combinação dos dois menores níveis de energia - 2.600 e 2.900 - kcal de EM por kg e de proteína - 13 e 16% -, com a duração de nove períodos. Em primeiro lugar, foram avaliados os efeitos dos nove períodos do ciclo de postura, sôbre o consumo de ração, observado nêsses quatro tratamentos. Posteriormente, os dados observados da eficiência produtiva, foram agrupados por fase do ciclo de postura. Nêsse estudo foram consideradas três fases, a saber: inicial (I), intermediária (II) e final (III), cada uma delas abrangendo três períodos. Dentro de cada fase, foram estudados os efeitos dos níveis de energia e de proteína, sôbre as diversas características de produção das galinhas, visando observar a variação das necessidades daqueles nutrientes nos vários estágios do ciclo de postura. Dos dados obtidos no presente trabalho, foram tiradas as seguintes conclusões: 1 - O consumo de ração foi afetado tanto pelo teor de energia como pelo de proteína. O aumento da energia influiu diretamente no consumo alimentar, causando redução no mesmo, enquanto que o de proteína, face ter determinado maior produção de ovos, aumentou de modo indireto o consumo. 2 - A presença de efeito significativo da interação energia x proteína sobre o consumo alimentar, tornou difícil estimar a redução do consumo em função exclusiva do teor energético. Dentro da variação de energia estudada, foi obtida uma redução da ordem de 2,5% no consumo de ração, para um aumento de 100 kcal de energia metabolizável. 3 - A intensidade de postura, sofreu efeitos linear e quadrático da proteína, tendo sido verificado ainda, a presença de interação entre as componentes lineares de energia x proteína. 4 - O efeito da energia reduzindo a intensidade de postura, foi evidente no menor nível de proteína. Concluiu-se que esse efeito consequência da redução no consumo alimentar, e portanto, da quantidade de proteína ingerida por dia. A ausência do efeito da energia nos níveis mais altos de proteína, foi atribuída ao fato da redução na quantidade de proteína ingerida não ter sido suficientemente grande de modo a afetar a produção. 5 - O nível protéico de 16% na ração, acarretou uma ingestão diária da proteína de aproximadamente 16 gramas a qual, foi suficiente para atender as exigências de uma produção média de 70%. 6- A conversão alimentar, medida em quilogramas de ração por dúzia de ovos, sofreu os efeitos da proteína e da energia, tendo sido observado que o efeito da proteína foi maior à medida que aumentou o nível energético. 7 - A melhoria da conversão alimentar, foi causada principalmente pelo acréscimo na produção de ovos, e menos pela redução no consumo de ração. O nível de 16% de proteína, que determinou maior intensidade de postura em qualquer teor de energia, foi aquele que permitiu melhor conversão. 8 - O pêso médio do ôvo, foi afetado apenas pelo nível de proteína, aumentando com o mesmo, ao passo que a energia determinou uma pequena redução, ao qual, entretanto não foi significativa. 9 - O pêso corporal sofreu apenas o efeito do teor de proteína da ração, tendo sido verificado perda de pêso no nível de13% e ganho em 16 e 19%, sendo que no último o aumento foi maior. 10 - Os períodos do ciclo de postura tiveram efeito significativo sôbre o consumo alimentar, tendo sido constatado um aumento gradativo dessa característica, do primeiro ao nono período. Tal aumento foi atribuído ao desenvolvimento corporal da ave, à intensidade de postura e ao aumento do pêso do ôvo. Nas condições, em que o ensaio foi conduzido, não foi possível evidenciar efeito da temperatura ambiente sôbre o consumo de raçao. 11 - Foi observado efeito similar das fases do ciclo produtivo sôbre o consumo de reação, e consequentemente, verificou-se uma variação equivalente na quantidade de proteína ingerida por dia, para cada tratamento.12 - O emprêgo de ração com teor constante de proteína, acarretou deficiência na ingestão dêsse nutriente, no início da postura, e excesso no final, em relação às necessidades em cada fase.13 - Em virtude da variação do consumo alimentar entre os períodos e as fases do ciclo de postura, concluiu-se que o conhecimento prévio da variação do consumo alimentar seria o fator fundamental a ser considerado num programa de alimentação, que pretendesse ajustar a quantidade de proteína ingerida, à necessana.14 - A intensidade de postura sofreu o efeito da fase do ciclo de produção. Foi observado que nas duas primeiras fases, houve efeito significativo do nível de proteína sôbre a postura, enquanto que, na terceira fase não ocorreram diferenças estatísticas, na produção de ovos entre os quatro tratamentos. Tal fato levou a admitir a possibilidade de reduzir a quantidade de proteína ingerida por dia, no fim do ciclo de produção. 15 - A variação do pêso do ôvo, relacionada com a ingestão de proteína em cada fase, mostrou que êsse nutriente apresentou efeito significativo apenas no final do ciclo de postura.16 - O pêso do corpo foi sensivelmente influenciado pelo teor de proteína da ração, nas três fases consideradas. Foi evidenciado a necessidade de uma ingestão diária de proteína da ordem de 14 gramas aproximadamente, para as aves revelarem aumento do pêso.This work has been carried out in order to study the influence of dietary energy and protein on laying hen performance. It was used a 32 factorial design obtained by combination of three protein levels - 13, 16 and 19% in the ration, and three energy levels 2 600, 2 900 and 3 200 kcal of ME per kg of ration. The following data were collected: feed consumption, egg production, egg weight, body weight and feed efficiency.The effects protein and energy were studied with data gathered after seven periods, 28 days each. Afterwards it was studied a relationship between phase of laying cycle with dietary energy and protein. The following conclusions were drawn from the available data: Feed consumption was affected by energy and protein level. By increasing the energy content of the ration there was a reduction in feed intake. The increase in protein level accounted for a grater feed consumption which was due to a higher egg production. It was observed a reduction of 2.5% in the daily feed intake when the energy level increased 100 kcal of ME per kg. Egg production was affected positively by linear and quadratic effects of the protein. The energy content depressed egg production only in the lower protein level. Such an effect was caused by reduction in daily protein intake. The 16% protein level provided a 16 gm daily protein intake and i t was adequated to mantain a 70% egg production. Feed efficiency was influenced only by protein level as a resul t of the increase in egg production. No effect of dietary energy level was found. Feed efficiency was better with the 16% protein ration regardless of energy content. Egg and body weight increased linearly by increasing the protein content of the feed. The 13% protein level caused a body weight loss and the 16% and the 19% levels improved significantly body weight. Individual feed consumption was greatly affected by periods and phases of the laying cycle. Such an effect was caused by changes in body weight, as well as in egg weight and egg production. In this work, mean temperatures of periods did not affect significantly feed consumption. It was observed a great variation in daily protein intake throughout the production cycle. The utilization of a ration with constant protein level during the whole laying cycle showed protein defficiences and excesses, in relation to the recommended amount. The 16% protein level was adequated during the first phase, but in the intermediate and final phase resulted in excess of protein intake.The egg number produced by hens feed 13 and 16% protein showed statistically significant differences at the 5% level only in phases one and two. As in phase three the differences did not differ, it was concluded, that dietary protein may be reduced without causing depressing effects on egg production. However production of large eggs could be obtained only by feeding the 16% protein level.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTrivelin, Antonio PratesPacker, Irineu Umberto1971-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143251/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-07T14:00:57Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-143251Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-07T14:00:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
title Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
spellingShingle Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
Packer, Irineu Umberto
DESEMPENHO REPRODUTIVO
GALINHAS POEDEIRAS
NUTRIÇÃO ANIMAL
SUPLEMENTOS ENERGÉTICOS
SUPLEMENTOS PROTEICOS
title_short Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
title_full Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
title_fullStr Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
title_full_unstemmed Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
title_sort Efeitos dos níveis de energia e de proteína sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras
author Packer, Irineu Umberto
author_facet Packer, Irineu Umberto
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Trivelin, Antonio Prates
dc.contributor.author.fl_str_mv Packer, Irineu Umberto
dc.subject.por.fl_str_mv DESEMPENHO REPRODUTIVO
GALINHAS POEDEIRAS
NUTRIÇÃO ANIMAL
SUPLEMENTOS ENERGÉTICOS
SUPLEMENTOS PROTEICOS
topic DESEMPENHO REPRODUTIVO
GALINHAS POEDEIRAS
NUTRIÇÃO ANIMAL
SUPLEMENTOS ENERGÉTICOS
SUPLEMENTOS PROTEICOS
description O presente trabalho foi realizado, com o objetivo de estudar a influência da energia e da proteína da ração sôbre a eficiência produtiva de galinhas poedeiras da marca comercial Keystone Parks, submetidas à um regime normal de criação, em gaiolas individuais de postura. Para atender êsses objetivos, foi conduzido um experimento fatorial 32, em blocos ao acaso. Os nove tratamentos testados, foram obtidos pela combinação de três níveis de energia - 2.600, - 2.900 e 3.200 - kcal de EM por kg, e três níveis de proteína - 13, 16 e 19% na ração. A avaliação dos efeitos desses fatôres, foi efetuada mediante a análise dos seguintes dados: consumo de ração, - intensidade de postura, pêso do ôvo, pêso do corpo e conversão alimentar. Êsse estudo foi baseado na média dos valores obtidos após sete períodos de produção, cada um dêles com 28 dias. Para verificação dos efeitos da energia e da proteína, - sôbre a eficiência produtiva das aves, durante o ciclo de produçao, foi considerado o fatorial 2 x 2, obtido pela combinação dos dois menores níveis de energia - 2.600 e 2.900 - kcal de EM por kg e de proteína - 13 e 16% -, com a duração de nove períodos. Em primeiro lugar, foram avaliados os efeitos dos nove períodos do ciclo de postura, sôbre o consumo de ração, observado nêsses quatro tratamentos. Posteriormente, os dados observados da eficiência produtiva, foram agrupados por fase do ciclo de postura. Nêsse estudo foram consideradas três fases, a saber: inicial (I), intermediária (II) e final (III), cada uma delas abrangendo três períodos. Dentro de cada fase, foram estudados os efeitos dos níveis de energia e de proteína, sôbre as diversas características de produção das galinhas, visando observar a variação das necessidades daqueles nutrientes nos vários estágios do ciclo de postura. Dos dados obtidos no presente trabalho, foram tiradas as seguintes conclusões: 1 - O consumo de ração foi afetado tanto pelo teor de energia como pelo de proteína. O aumento da energia influiu diretamente no consumo alimentar, causando redução no mesmo, enquanto que o de proteína, face ter determinado maior produção de ovos, aumentou de modo indireto o consumo. 2 - A presença de efeito significativo da interação energia x proteína sobre o consumo alimentar, tornou difícil estimar a redução do consumo em função exclusiva do teor energético. Dentro da variação de energia estudada, foi obtida uma redução da ordem de 2,5% no consumo de ração, para um aumento de 100 kcal de energia metabolizável. 3 - A intensidade de postura, sofreu efeitos linear e quadrático da proteína, tendo sido verificado ainda, a presença de interação entre as componentes lineares de energia x proteína. 4 - O efeito da energia reduzindo a intensidade de postura, foi evidente no menor nível de proteína. Concluiu-se que esse efeito consequência da redução no consumo alimentar, e portanto, da quantidade de proteína ingerida por dia. A ausência do efeito da energia nos níveis mais altos de proteína, foi atribuída ao fato da redução na quantidade de proteína ingerida não ter sido suficientemente grande de modo a afetar a produção. 5 - O nível protéico de 16% na ração, acarretou uma ingestão diária da proteína de aproximadamente 16 gramas a qual, foi suficiente para atender as exigências de uma produção média de 70%. 6- A conversão alimentar, medida em quilogramas de ração por dúzia de ovos, sofreu os efeitos da proteína e da energia, tendo sido observado que o efeito da proteína foi maior à medida que aumentou o nível energético. 7 - A melhoria da conversão alimentar, foi causada principalmente pelo acréscimo na produção de ovos, e menos pela redução no consumo de ração. O nível de 16% de proteína, que determinou maior intensidade de postura em qualquer teor de energia, foi aquele que permitiu melhor conversão. 8 - O pêso médio do ôvo, foi afetado apenas pelo nível de proteína, aumentando com o mesmo, ao passo que a energia determinou uma pequena redução, ao qual, entretanto não foi significativa. 9 - O pêso corporal sofreu apenas o efeito do teor de proteína da ração, tendo sido verificado perda de pêso no nível de13% e ganho em 16 e 19%, sendo que no último o aumento foi maior. 10 - Os períodos do ciclo de postura tiveram efeito significativo sôbre o consumo alimentar, tendo sido constatado um aumento gradativo dessa característica, do primeiro ao nono período. Tal aumento foi atribuído ao desenvolvimento corporal da ave, à intensidade de postura e ao aumento do pêso do ôvo. Nas condições, em que o ensaio foi conduzido, não foi possível evidenciar efeito da temperatura ambiente sôbre o consumo de raçao. 11 - Foi observado efeito similar das fases do ciclo produtivo sôbre o consumo de reação, e consequentemente, verificou-se uma variação equivalente na quantidade de proteína ingerida por dia, para cada tratamento.12 - O emprêgo de ração com teor constante de proteína, acarretou deficiência na ingestão dêsse nutriente, no início da postura, e excesso no final, em relação às necessidades em cada fase.13 - Em virtude da variação do consumo alimentar entre os períodos e as fases do ciclo de postura, concluiu-se que o conhecimento prévio da variação do consumo alimentar seria o fator fundamental a ser considerado num programa de alimentação, que pretendesse ajustar a quantidade de proteína ingerida, à necessana.14 - A intensidade de postura sofreu o efeito da fase do ciclo de produção. Foi observado que nas duas primeiras fases, houve efeito significativo do nível de proteína sôbre a postura, enquanto que, na terceira fase não ocorreram diferenças estatísticas, na produção de ovos entre os quatro tratamentos. Tal fato levou a admitir a possibilidade de reduzir a quantidade de proteína ingerida por dia, no fim do ciclo de produção. 15 - A variação do pêso do ôvo, relacionada com a ingestão de proteína em cada fase, mostrou que êsse nutriente apresentou efeito significativo apenas no final do ciclo de postura.16 - O pêso do corpo foi sensivelmente influenciado pelo teor de proteína da ração, nas três fases consideradas. Foi evidenciado a necessidade de uma ingestão diária de proteína da ordem de 14 gramas aproximadamente, para as aves revelarem aumento do pêso.
publishDate 1971
dc.date.none.fl_str_mv 1971-01-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143251/
url https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143251/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257223187660800