A experiência da puérpera com o parto prematuro e internação do seu recém-nascido numa unidade de terapia intensiva neonatal: estudo a partir da psicologia analítica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-17042012-113540/ |
Resumo: | A temática do trabalho é a situação da mulher diante de uma gravidez que é interrompida por um parto prematuro, ou seja, aquele que acontece entre a 20ª a 36ª semana de gestação. Nestes casos, o recém-nascido tem que ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) para a salvaguarda de sua vida. A pesquisa é um estudo qualitativo e tem como objetivo geral discutir como as puérperas que passaram pelo parto prematuro e estão com seus recém-nascidos em UTI Neonatal experienciam este momento. E como objetivos específicos, procura identificar essa experiência, averiguando como abordam o parto, a situação de UTIN, o significado do ser mãe e a relação com o bebê. Para isso, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e um grupo focal em um hospital estadual no Estado de Rondônia. Foram feitas 10 entrevistas com mulheres que estavam com seus recém-nascidos internados na UTIN, que tinham mais de 18 anos e passavam por uma primeira experiência de parto prematuro. Destas mulheres, quatro participaram do grupo. As entrevistas e o trabalho em grupo foram analisados por categorias criadas dentro de eixos temáticos, na proposta de processamento simbólico arquetípico. Os eixos foram tomados de acordo com os objetivos específicos, assim se configurando as categorias dentro de cada um deles: o parto (o inesperado; a busca de explicação; duas vidas em jogo; o tremendum e o majestas; os apoios); a situação de UTIN (os sentimentos pela ida do bebê para a UTIN; entre o viver e o morrer; a comunicação da equipe com a família; a rotina difícil; a esperança; buscando forças); o significado do ser mãe (o numinoso; as dificuldades; a ambivalência); a relação mãe-bebê (o rápido primeiro encontro; a imagem do bebê: real e idealizada; o desejo de pegar o filho no colo; a ausência do filho; o contato; as reações do filho). O embasamento teórico constitui-se principalmente na psicologia analítica de Carl Gustav Jung e seus sucessores. Verificou-se que a experiência da maternidade, quando acontece o parto prematuro, é marcada pela ambivalência de sentimentos: ao mesmo tempo em que, por um lado, é bom que o bebê tenha nascido com vida e possa ao menos ser tocado, por outro lado, é também pesaroso ter um filho com que não se possa estar durante todo o tempo, sequer pegá-lo nos braços e levá-lo para casa, precisando ir todo o dia ao hospital e lidar com a ansiedade gerada pela notícia de sua evolução clínica. A esperança ajuda a superar cada dia, assim como o apoio da família, da equipe, e a proximidade ao filho, percebendo suas reações e participando dos cuidados. Práticas institucionais acolhedoras mostram-se imprescindíveis para minimizar o sofrimento da mulher |
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A experiência da puérpera com o parto prematuro e internação do seu recém-nascido numa unidade de terapia intensiva neonatal: estudo a partir da psicologia analíticaThe puerperal mother\'s experience with premature birth and the internment of her newborn in a Newborn Intensive Care Unit: a study based on analytic psychologyIntensive care unitsJunguian psychologyMaternidadeMotherhoodNascimento prematuroPremature birthPsicologia junguianaPuerpérioPuerperiumUnidades de terapia intensivaA temática do trabalho é a situação da mulher diante de uma gravidez que é interrompida por um parto prematuro, ou seja, aquele que acontece entre a 20ª a 36ª semana de gestação. Nestes casos, o recém-nascido tem que ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) para a salvaguarda de sua vida. A pesquisa é um estudo qualitativo e tem como objetivo geral discutir como as puérperas que passaram pelo parto prematuro e estão com seus recém-nascidos em UTI Neonatal experienciam este momento. E como objetivos específicos, procura identificar essa experiência, averiguando como abordam o parto, a situação de UTIN, o significado do ser mãe e a relação com o bebê. Para isso, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e um grupo focal em um hospital estadual no Estado de Rondônia. Foram feitas 10 entrevistas com mulheres que estavam com seus recém-nascidos internados na UTIN, que tinham mais de 18 anos e passavam por uma primeira experiência de parto prematuro. Destas mulheres, quatro participaram do grupo. As entrevistas e o trabalho em grupo foram analisados por categorias criadas dentro de eixos temáticos, na proposta de processamento simbólico arquetípico. Os eixos foram tomados de acordo com os objetivos específicos, assim se configurando as categorias dentro de cada um deles: o parto (o inesperado; a busca de explicação; duas vidas em jogo; o tremendum e o majestas; os apoios); a situação de UTIN (os sentimentos pela ida do bebê para a UTIN; entre o viver e o morrer; a comunicação da equipe com a família; a rotina difícil; a esperança; buscando forças); o significado do ser mãe (o numinoso; as dificuldades; a ambivalência); a relação mãe-bebê (o rápido primeiro encontro; a imagem do bebê: real e idealizada; o desejo de pegar o filho no colo; a ausência do filho; o contato; as reações do filho). O embasamento teórico constitui-se principalmente na psicologia analítica de Carl Gustav Jung e seus sucessores. Verificou-se que a experiência da maternidade, quando acontece o parto prematuro, é marcada pela ambivalência de sentimentos: ao mesmo tempo em que, por um lado, é bom que o bebê tenha nascido com vida e possa ao menos ser tocado, por outro lado, é também pesaroso ter um filho com que não se possa estar durante todo o tempo, sequer pegá-lo nos braços e levá-lo para casa, precisando ir todo o dia ao hospital e lidar com a ansiedade gerada pela notícia de sua evolução clínica. A esperança ajuda a superar cada dia, assim como o apoio da família, da equipe, e a proximidade ao filho, percebendo suas reações e participando dos cuidados. Práticas institucionais acolhedoras mostram-se imprescindíveis para minimizar o sofrimento da mulherThe subject of this work is the womans condition whenever facing the interruption of her pregnancy by premature birth, in other words, that one which happens between the 20th and the 36st gestation weeks. In these cases, her baby is interned in a Newborn Intensive Care Unit (NICU) in order to save his life. This research is a qualitative study and has the general objective of discussing how the puerperal mothers who had a newborn due to premature birth and whose newborns are interned in Newborn ICU do experience this moment. And, as specific objectives, this work aims to identify such experience, by verifying how they discuss the parturition, the situation of NICU, the meaning of to be mother and their relation with their babies. For this purpose, half-structured interviews and a focal group in a state hospital at Rondonia State were carried out with them: 10 interviews took place with women who were over 18 years old and were in their first experience of premature birth, with their newborns interned at NICU. Four of those women also participated on the focal group. Both the interviews and group work were analyzed through categories created on thematic axes, within the approach of archetypal symbolic processing. These axes were taken in accordance with the specific objectives, with the categories arranged in each one them as following: the parturition (the unexpected; the search for an explanation; two lives at stake; the tremendum and the majestas; the supports); the situation at the NICU (the feelings for the babys internment at the NICU; between life and death; the communication between the staff and the family; the difficult daily routine; the hope; finding strength); the meaning of to be mother (the numinous; the difficulties, the ambivalence); the relation mother-baby (the slight first encounter; the babys image: real and idealized; the desire to hold the baby in the arms; the contact; the babys reactions). The theoretical basement is principally settled on the analytical psychology of Carl Gustav Jung and his successors. It was positively established that the experience of motherhood, when the premature birth happens, is marked by the ambivalence of feelings: if, on one hand, it is good to know that the baby was born alive and the mother at least can touch him, on the other hand, it is sorrowful for her to have a baby with whom she cant be all the time, that she cant hold him in her arms and take him home, besides having to go every day to the hospital and dealing with the anxiety caused by the expectation of her babys clinic evolution. Hope helps her to surpass every day, as well as the support of the family, of the staff, and the proximity with her baby, realizing his reactions and participating in his caretaking. The sheltering institutional practices turned out to be indispensable to decrease womans sufferingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFreitas, Laura Villares deScarabel, Camila Alessandra2011-10-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-17042012-113540/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-17042012-113540Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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