Intemperismo das rochas mineralizadas em cobre do salobo 3a, Serra dos Carajás; mecanismos de alteração dos minerais primários e localização do cobre nos produtos secundários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Toledo, Maria Cristina Motta de
Data de Publicação: 1986
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-25062015-094301/
Resumo: O depósito de cobre do Salobo 3 \'alfa\', Serra dos Carajás, é constituído por uma seqüência de rochas metassedimentares (Seqüência Salobo), mineralizadas por sulfetos de cobre que ocorrem disseminados ou em níveis milimétricosa centimétricos, concordantes com as estruturas das rochas. Este depósito é recoberto por um manto de alteração de espessura média de cerca de 60 m, produto do intemperismo sob condições climáticas equatoriais, e que conserva aproximadamente os teores médios do minério primário (1,05% CuO para o minério sulfetado 0,96% CuO para o minério alterado, segundo dados da DOCEGEO - Farias e Saueressig, 1982). O cobre contido no perfil de alteração não é devido a mineraisde cobre originados no decorrer do intemperismo, como sulfatos, silicatos e óxidos, que são inexistentes. Por outro lado, os carbonatos de cobre (malaquita) ocorrem apenas localmente, em quantidades reduzidas, principalmente próximo à base do perfil, isto é, no contato entre rocha sã e zona alterada. Sua ocorrência não justifica os teores de cobre encontrados no material alterado. Esta pesquisa permitiu concluir que o cobre, a partir da sua liberação dos sulfetos primários, é fixado em diversas fases secundárias. Estas fases são formadas por neoformação ou por transformação, e estão diretamente ligadas à alteração dos minerais primários (formação de pseudomorfoses) ou indiretamente (remobilização dos produtos dissolvidos). Assim, o cobre é fixado, além da malaquita, em: a) fases silicáticas: produtos de transformação das biotitas, sobretudo minerais tipo vermiculita e interestratificados B-V, com até 18% CuO, e esmectitas verdes tipo montronita do sistema fissural, com até 5% CuO; b) fases ferruginosas: oxihidróxidos de ferro de várias localizações: pseudomorfoses degranada e anfibólios, sistema fissural e plasma secundário argilo-ferruginoso, com até 6% CuO; c) fase manganesífera: criptomelana do sistema fissural, com até ) 25% CuO. Embora os teores mais altos em cobre sejam encontrados nos silicatos e minerais de manganês, os oxihidróxidos de ferro representam a fase cuprífera mais importante pela sua maior abundância em termos globais no manto de alteração.
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O cobre contido no perfil de alteração não é devido a mineraisde cobre originados no decorrer do intemperismo, como sulfatos, silicatos e óxidos, que são inexistentes. Por outro lado, os carbonatos de cobre (malaquita) ocorrem apenas localmente, em quantidades reduzidas, principalmente próximo à base do perfil, isto é, no contato entre rocha sã e zona alterada. Sua ocorrência não justifica os teores de cobre encontrados no material alterado. Esta pesquisa permitiu concluir que o cobre, a partir da sua liberação dos sulfetos primários, é fixado em diversas fases secundárias. Estas fases são formadas por neoformação ou por transformação, e estão diretamente ligadas à alteração dos minerais primários (formação de pseudomorfoses) ou indiretamente (remobilização dos produtos dissolvidos). Assim, o cobre é fixado, além da malaquita, em: a) fases silicáticas: produtos de transformação das biotitas, sobretudo minerais tipo vermiculita e interestratificados B-V, com até 18% CuO, e esmectitas verdes tipo montronita do sistema fissural, com até 5% CuO; b) fases ferruginosas: oxihidróxidos de ferro de várias localizações: pseudomorfoses degranada e anfibólios, sistema fissural e plasma secundário argilo-ferruginoso, com até 6% CuO; c) fase manganesífera: criptomelana do sistema fissural, com até ) 25% CuO. Embora os teores mais altos em cobre sejam encontrados nos silicatos e minerais de manganês, os oxihidróxidos de ferro representam a fase cuprífera mais importante pela sua maior abundância em termos globais no manto de alteração.The copper deposit of Salobo 3\'alfa\', Serra dos Carajás, northern Brazil, consists of a metasedimentary sequence, with disseminated copper sulfides generalyy following the rock planar structures. The alteration blanket, about 60 m thick, is the product of the weathering of this sequence under equatorial climatic conditions. It presents about the same copper content (0, 96% CuO in average) as the primary ore (1, 05% CuO in average).Unlike weathering products derived from other copper sulfides deposits, there are in Salobo 3\'alfa\' no supergene minerals as sulphates, silicates and oxides. Only malachite is present, but locally and in small quantities, not accounting for the copper contents found throughout the profile. The results of this work shows that in the weathering mantle copper can be associated with secondary phases formed either by neoformation or transformation mechanisms. These phases are sometimes directly related with the primary minerals they are derived from (pseudomorphs), but they can also be found as remobilisation products. Thus, in the weathering profile, copper is associated, besides malachite, with the following phases: silicates: weathering products of biotite (biotite-vermiculite and vermiculite-type minerals) containing up to 18% CuO and nontronites found in the fissural system (up to 5% CuO); ferruginous minerals: iron oxihydroxides either derives from garnet and amphibole (pseudomorphs) or found in the fissural system and in the secondary plasma ( up to 6% CuO); manganesiferous minerals: cryptomelane found in the fissural system (up to 25% CuO). Although the higher copper contents are found in the silicates and manganesiferous minerals, the ferruginous phase are the most important ore minerals due to its greater aboundance throughout the weathering mantle.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelfi, Adolpho JoseToledo, Maria Cristina Motta de1986-09-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-25062015-094301/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-25062015-094301Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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