Sobrepeso e obesidade em homens e mulheres e desigualdades em saúde no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Marcio Luiz
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-10022023-120613/
Resumo: A obesidade é um grave problema de saúde pública. No Brasil, cresceram o consumo de alimentos industrializados e a incidência de doenças crônicas não transmissíveis, para as quais a obesidade é importante fator de risco. Este estudo analisa os condicionantes socioeconômicos do excesso de peso corporal sob a ótica da economia da saúde e das desigualdades em saúde, utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano de 2019 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise de modelos de regressão e de lógite é feita separadamente para homens e mulheres com idade maior ou igual a 20 anos, utilizando medidas aferidas e relatadas de peso e altura, avaliando os efeitos de vários fatores sobre o Índice de Massa Corporal (IMC) e o escore Z do IMC, e nas probabilidades de sobrepeso e obesidade. Além disso, são analisadas as desigualdades em saúde no país por meio da razão de concentração de doenças, acesso a serviços de saúde e a bens que a promovem. A ingestão de energia e nutrientes e a frequência do consumo de alimentos também é examinada para diferentes categorias e classificações de excesso de peso. Os resultados mostram que a renda e a escolaridade são condicionantes do excesso de peso, mas com efeitos distintos entre homens e mulheres e impactos diferenciados conforme a amostra utilizada. Conviver com cônjuge, ser responsável pelo domicílio e ter crianças são importantes condicionantes da massa corporal e até o momento foram pouco explorados pela literatura. Há evidências de que as doenças são fortemente subestimadas em estratos de menor renda. Ademais, verificou-se que as despesas com planos de saúde estão mais concentrados nos relativamente ricos, o que confirma a relevância da saúde pública. Assim como a maioria das epidemias, se a obesidade continuar a aumentar no longo prazo, ela será um grande gerador de desigualdades em saúde.
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