Avaliação energética em diferentes sistemas de produção de soja e milho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silber, Rodolfo Michelassi
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-13122021-113536/
Resumo: O Brasil destaca-se no mercado mundial como um dos maiores produtores agrícolas. A produção de grãos tem uma representação significativa no crescimento da agricultura brasileira, sendo a soja e o milho os mais importantes. A possibilidade de cultivar milho em segunda safra, fez com que o Brasil aumentasse a produção de grãos e se destacasse no mercado internacional. Essa técnica, além de possibilitar realizar duas safras no mesmo ano agrícola, também contribui para o manejo e conservação do solo, aproveitando os insumos e preparos realizados para a safra principal. A maior parte dos recursos consumidos pela agricultura são principalmente de fontes não renováveis, como o petróleo, fertilizantes e defensivos químicos, que são necessários na agricultura moderna, possibilitando explorar o potencial produtivo da cultura. Dessa forma, o fluxo de energia permite identificar o processo produtivo que demanda menos energia. Através do cálculo energético dos insumos e do produto obtido, é possível determinar o balanço energético. Outra forma de indicar a eficiência do sistema de produção, é a razão entre a energia de saída e a de entrada. Sendo assim, técnicas que permitem reduzir o uso de insumos no processo produtivo, faz com que a produção seja mais eficiente, demandando menos energia para a obtenção do produto. Identificar sistemas de produção mais eficientes energicamente, torna o produto mais sustentável, reduzindo os efeitos ambientais negativos de origem antrópica. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar o histórico da eficiência energética de diferentes sistemas de produção de soja e milho, comparando a eficiência entre eles. Na cultura da soja não houve diferença entre o cultivo convencional e OGM. Apenas o Rio Grande do Sul diferenciou o balanço energético dos demais estados. Entre as safras, houve variação da eficiência energética. O milho safra OGM houve maior eficiência que o convencional. Em Minas Gerais irrigado e o Paraná obtiveram as melhores eficiências, em oposição ao Rio Grande do Sul com a menor. Houve tendência de aumento da energia de saída ao longo das safras. Assim como para o milho safra, o milho segunda safra OGM apresentou maior eficiência quando comparado com o convencional. No estado do Mato Grosso houve os melhores indicadores energéticos. Sendo que, a partir da safra 2012/13 houve um aumento da eficiência. A técnica de sucessão de cultura demonstrou maior eficiência quando comparado com o monocultivo. Os fertilizantes, corretivos, defensivos agrícolas e combustível são as maiores demandas energéticas no sistema de produção da soja e do milho safra e segunda safra. Tecnologias que reduzem a demanda por insumos agrícolas, podem aumentar a eficiência dos sistemas.
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A maior parte dos recursos consumidos pela agricultura são principalmente de fontes não renováveis, como o petróleo, fertilizantes e defensivos químicos, que são necessários na agricultura moderna, possibilitando explorar o potencial produtivo da cultura. Dessa forma, o fluxo de energia permite identificar o processo produtivo que demanda menos energia. Através do cálculo energético dos insumos e do produto obtido, é possível determinar o balanço energético. Outra forma de indicar a eficiência do sistema de produção, é a razão entre a energia de saída e a de entrada. Sendo assim, técnicas que permitem reduzir o uso de insumos no processo produtivo, faz com que a produção seja mais eficiente, demandando menos energia para a obtenção do produto. Identificar sistemas de produção mais eficientes energicamente, torna o produto mais sustentável, reduzindo os efeitos ambientais negativos de origem antrópica. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar o histórico da eficiência energética de diferentes sistemas de produção de soja e milho, comparando a eficiência entre eles. Na cultura da soja não houve diferença entre o cultivo convencional e OGM. Apenas o Rio Grande do Sul diferenciou o balanço energético dos demais estados. Entre as safras, houve variação da eficiência energética. O milho safra OGM houve maior eficiência que o convencional. Em Minas Gerais irrigado e o Paraná obtiveram as melhores eficiências, em oposição ao Rio Grande do Sul com a menor. Houve tendência de aumento da energia de saída ao longo das safras. Assim como para o milho safra, o milho segunda safra OGM apresentou maior eficiência quando comparado com o convencional. No estado do Mato Grosso houve os melhores indicadores energéticos. Sendo que, a partir da safra 2012/13 houve um aumento da eficiência. A técnica de sucessão de cultura demonstrou maior eficiência quando comparado com o monocultivo. Os fertilizantes, corretivos, defensivos agrícolas e combustível são as maiores demandas energéticas no sistema de produção da soja e do milho safra e segunda safra. Tecnologias que reduzem a demanda por insumos agrícolas, podem aumentar a eficiência dos sistemas.Brazil stands out in the world market as one of the largest agricultural producers. Grain production has a significant role in the growth of Brazilian agriculture, with soybeans and corn being the most important. The possibility of cultivating corn in the second crop made Brazil increase its grain production and stand out in the international market. This technique, in addition to making it possible to carry out two harvests in the same agricultural year, also contributes to soil management and conservation, taking advantage of the inputs and preparations made for the main harvest. Most of the resources consumed by agriculture are mainly from non-renewable sources, such as oil, fertilizers, and chemical pesticides, which are necessary in modern agriculture, making it possible to explore the productive potential of the crop. In this way, the energy flow makes it possible to identify the production process that requires less energy. Through the energy calculation of the inputs and the product obtained, it is possible to determine the energy balance. Another way to indicate the efficiency of the production system is the ratio between the output and input energy. Thus, techniques that allow reducing the use of inputs in the production process make production more efficient, requiring less energy to obtain the product. Identifying more energy-efficient production systems makes the product more sustainable, reducing the negative environmental effects of human origin. Thus, this work aims to analyze the history of energy efficiency of different production systems of soybean and corn, comparing the efficiency between them. In soybean crop there was no difference between conventional and GMO cultivation. Only Rio Grande do Sul differentiated the energy balance from the other states. Between crops, there was variation in energy efficiency. The GM crop corn was more efficient than the conventional one. In irrigated Minas G erais and Paraná, they had the best efficiencies, in opposition to Rio Grande do Sul with the lowest. There was a tendency for an increase in the output energy throughout the harvests. As with corn crop, GMO second crop corn showed greater efficiency when compared to conventional corn. In the state of Mato Grosso there were the best energy indicators. Since the 2012/13 harvest there was an increase in efficiency. The crop succession technique showed greater efficiency when compared to monoculture. Fertilizers, correctives, agricultural defensives, and fuel are the biggest energy demands in the production system of soybean and corn crop and second crop. Technologies that reduce the demand for agricultural inputs can increase the efficiency of systems.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRomanelli, Thiago LiborioSilber, Rodolfo Michelassi2021-11-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-13122021-113536/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-12-14T11:33:02Zoai:teses.usp.br:tde-13122021-113536Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-12-14T11:33:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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