Avaliação da eficácia de placas estabilizadoras com padrão de guia balanceada bilateral no controle dos desarranjos internos da ATM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Carlos Neanes
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25135/tde-21122004-162115/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de placas estabilizadoras com guia balanceada bilateral, placas com guia pelo canino e placa não oclusiva. Para tal, utilizou-se uma amostra de 57 indivíduos, portadores de sinais e sintomas de deslocamento do disco com redução, com queixa de dor na ATM e sensibilidade à palpação na mesma, em pelo menos um dos lados os quais foram aleatoriamente distribuídos em três grupos: 1º grupo: composto por 19 indivíduos que receberam, como forma de tratamento, uma placa estabilizadora modificada, cujo desenho permita que durante os movimento excursivos houvesse sempre contato simultâneo de parte dos dentes em todos os segmentos da placa. 2º grupo: composto por 20 indivíduos que receberam como forma de tratamento uma placa estabilizadora convencional com guia pelo canino que estabelecia desoclusão de todos os outros dentes nos movimentos excursivos. 3º grupo: composto por 18 indivíduos que receberam uma placa não oclusiva cujo desenho não interferia com a oclusão. Toda a amostra foi acompanhada durante 6 meses, sendo avaliada através da escala de análise visual (EAV); palpação da ATM, dos músculos elevadores da mandíbula, análise dos movimentos da mandíbula e ruído articular. Uma avaliação do relato do paciente em relação ao ruído articular, alteração da oclusão e conforto também foi feita. Os resultados demonstraram que o tipo de guia não influenciou o comportamento de redução da dor, porém ambas as placas oclusais foram superiores à não-oclusiva em relação à escala de dor. E que, estatisticamente, apesar da obtenção de resultados semelhantes com relação aos movimentos de abertura, lateralidade esquerda, protrusivo, dor articular à palpação e na dor à palpação da maioria dos músculos analisados, nesse experimento, as placas com guia balanceada (grupo I) e as com guia pelo canino tiveram melhores resultados clínicos, nesses itens analisados. Com relação ao relato dos indivíduos para o conforto com a placa e ruído articular, houve uma melhor associação para o grupo I e II. Baseados no acima exposto, conclui-se que não há diferença entre a guia balanceada e a guia pelo canino no tratamento de indivíduos com deslocamento do disco com redução.
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Para tal, utilizou-se uma amostra de 57 indivíduos, portadores de sinais e sintomas de deslocamento do disco com redução, com queixa de dor na ATM e sensibilidade à palpação na mesma, em pelo menos um dos lados os quais foram aleatoriamente distribuídos em três grupos: 1º grupo: composto por 19 indivíduos que receberam, como forma de tratamento, uma placa estabilizadora modificada, cujo desenho permita que durante os movimento excursivos houvesse sempre contato simultâneo de parte dos dentes em todos os segmentos da placa. 2º grupo: composto por 20 indivíduos que receberam como forma de tratamento uma placa estabilizadora convencional com guia pelo canino que estabelecia desoclusão de todos os outros dentes nos movimentos excursivos. 3º grupo: composto por 18 indivíduos que receberam uma placa não oclusiva cujo desenho não interferia com a oclusão. Toda a amostra foi acompanhada durante 6 meses, sendo avaliada através da escala de análise visual (EAV); palpação da ATM, dos músculos elevadores da mandíbula, análise dos movimentos da mandíbula e ruído articular. Uma avaliação do relato do paciente em relação ao ruído articular, alteração da oclusão e conforto também foi feita. Os resultados demonstraram que o tipo de guia não influenciou o comportamento de redução da dor, porém ambas as placas oclusais foram superiores à não-oclusiva em relação à escala de dor. E que, estatisticamente, apesar da obtenção de resultados semelhantes com relação aos movimentos de abertura, lateralidade esquerda, protrusivo, dor articular à palpação e na dor à palpação da maioria dos músculos analisados, nesse experimento, as placas com guia balanceada (grupo I) e as com guia pelo canino tiveram melhores resultados clínicos, nesses itens analisados. Com relação ao relato dos indivíduos para o conforto com a placa e ruído articular, houve uma melhor associação para o grupo I e II. Baseados no acima exposto, conclui-se que não há diferença entre a guia balanceada e a guia pelo canino no tratamento de indivíduos com deslocamento do disco com redução.The aim of this study was to evaluate the effect of balanced splints with bilateral balanced guidance, canine guidance and nonoccluding splints. For that purpose, a study sample was employed comprising 57 individuals presenting with signs and symptoms of disc displacement with reduction and complaint of TMJ pain and tenderness to palpation of the TMJ at least at one side, who were randomly assigned to three groups: 1st group: 19 individuals submitted to therapy with a modified splint, the design of which allowed simultaneous contact of part of the teeth on all parts of the splint during excursive movements. 2nd group: 20 individuals submitted to therapy with a splint with canine guidance, which established disocclusion of all other teeth during excursive movements. 3rd group (control group): 18 individuals who received a nonoccluding splint that did not interfere with the occlusion. The entire sample was followed for 6 months and submitted to evaluation by means of the visual analogue scale (VAS), palpation of the TMJ and jaw elevator muscles and analysis of the mandibular movements and joint sounds. An evaluation concerning the patient’s report regarding the joint sounds, occlusal changes and comfort was also performed. The results demonstrated that the type of guidance did not influence the behavior as to pain reduction, yet both occlusion splints were better than the nonoccluding splint as to the pain scale. Besides, despite of the achievement of similar outcomes in relation to opening, left lateral movement, protrusive movement, TMJ pain to palpation and also pain to palpation of most muscles analyzed, there were statistically better outcomes for the splints with balanced guidance (group I) and the splints with canine guidance. Concerning the subject’s reports for comfort with the splint and joint sound, there was a better association for groups I and II. On this basis, it was concluded that there is no difference between the balanced guidance and the canine guidance for the treatment of individuals with disc displacement with reduction. 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