O balanço de água superficial no Brasil calculado com o modelo SiB2-Regional: padrões médios e sensibilidade a eventos de aquecimento e seca
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-14012021-162021/ |
Resumo: | Este trabalho calculou o balanço hídrico superficial no domínio de todo Brasil com um modelo solo-vegetação em escala regional (SiB2-Reg), para se estimar os padrões médios regionais das componentes do balanço de água (evapotranspiração, umidade do solo e escoamento hidrológico), e testar a sensibilidade das componentes às perturbações de (i) mudanças na cobertura vegetal e (ii) variações de aquecimento do ar e redução da precipitação, em alusão aos padrões de veranicos. Os dados da reanálise/CFSR e precipitação/CPC forçaram o modelo, com satisfatória variação sazonal e espacial. O modelo foi calibrado com fluxos de energia à superfície para as coberturas vegetais de Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica e Cana-de-açúcar, e com deflúvio em sub-bacias selecionadas em todo o estado de São Paulo e no Brasil (Rios São Francisco, Uruguai, Pelotas, Paranaíba, Paraíba do Sul, Tocantins, Xingú e Paranapanema). A calibração pelo deflúvio foi satisfatória, todavia com pequena defasagem do hidrograma mensal nas bacias tropicais do Brasil (subestimativa nas enchentes e superestimativa na cheia) devido à própria simplicidade do modelo de trocas verticais. Para o estado de São Paulo o escoamento total anual foi razoavelmente estimado. A evapotranspiração média anual variou nos extremos de 400 mm na Caatinga até 1700 mm na Amazônia. A hipótese da cobertura vegetal nativa foi avaliada para as 11 sub-bacias brasileiras, e indicou em relação à cobertura atual o aumento da evapotranspiração média anual de 10% e a redução do deflúvio anual em 28%. No estado de SP os cenários simulados com aquecimento do ar isoladamente contribuíram para reduzir o deflúvio e aumentar a evapotranspiração; e na combinação de aquecimento do ar e menor precipitação conjuntos mostrou-se que o deflúvio reduz-se mais pronunciadamente ao passo que a evapotranspiração pode aumentar ou reduzir conforme as sub-bacias. |
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O balanço de água superficial no Brasil calculado com o modelo SiB2-Regional: padrões médios e sensibilidade a eventos de aquecimento e secaThe surface water balance in Brazil calculated by SiB2-Regional model: mean patterns and sensibility due to dry and heating eventsbalanço hídricoclimate changesdeflúvioevapotranspiraçãoevapotranspirationland use changesmudanças climáticasmudanças de uso da terrarunoffSiB2-RegSiB2-Regwater balanceEste trabalho calculou o balanço hídrico superficial no domínio de todo Brasil com um modelo solo-vegetação em escala regional (SiB2-Reg), para se estimar os padrões médios regionais das componentes do balanço de água (evapotranspiração, umidade do solo e escoamento hidrológico), e testar a sensibilidade das componentes às perturbações de (i) mudanças na cobertura vegetal e (ii) variações de aquecimento do ar e redução da precipitação, em alusão aos padrões de veranicos. Os dados da reanálise/CFSR e precipitação/CPC forçaram o modelo, com satisfatória variação sazonal e espacial. O modelo foi calibrado com fluxos de energia à superfície para as coberturas vegetais de Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica e Cana-de-açúcar, e com deflúvio em sub-bacias selecionadas em todo o estado de São Paulo e no Brasil (Rios São Francisco, Uruguai, Pelotas, Paranaíba, Paraíba do Sul, Tocantins, Xingú e Paranapanema). A calibração pelo deflúvio foi satisfatória, todavia com pequena defasagem do hidrograma mensal nas bacias tropicais do Brasil (subestimativa nas enchentes e superestimativa na cheia) devido à própria simplicidade do modelo de trocas verticais. Para o estado de São Paulo o escoamento total anual foi razoavelmente estimado. A evapotranspiração média anual variou nos extremos de 400 mm na Caatinga até 1700 mm na Amazônia. A hipótese da cobertura vegetal nativa foi avaliada para as 11 sub-bacias brasileiras, e indicou em relação à cobertura atual o aumento da evapotranspiração média anual de 10% e a redução do deflúvio anual em 28%. No estado de SP os cenários simulados com aquecimento do ar isoladamente contribuíram para reduzir o deflúvio e aumentar a evapotranspiração; e na combinação de aquecimento do ar e menor precipitação conjuntos mostrou-se que o deflúvio reduz-se mais pronunciadamente ao passo que a evapotranspiração pode aumentar ou reduzir conforme as sub-bacias.This work calculated the surface water balance over the Brazilian domain using a soil-vegetation model in regional scale (SiB2-Reg) to estimate the mean patterns of water balance components (evapotranspiration, soil moisture and runoff), and to test the sensitivity of these components due to (i) land cover change and (ii) variations in the air heating and depletion of rainfall, to make allusion to dry spell patterns. Reanalysis/CFSR and CPC precipitation were the forcing data to the model, with satisfactory seasonal and spatial variability. The model was calibrated by surface energy fluxes for the land covers of Amazonian evergreen forest, Savannah, Atlantic Forest and Sugarcane, and by observed runoff over São Paulo and Brazilian sub-basins (São Francisco, Uruguai, Paranaíba, Paraíba do Sul, Tocantins, Xingú and Paranapanema Rivers). Calibration done by observed runoff data was satisfactory but it was found a small deviation from the monthly mean hydrogram in tropical basins over Brazil (underestimating the flooding periods and overestimating the floods) because of the model own simplicity in vertical exchanges. For São Paulo state, total annual runoff was reasonably estimated. Annual mean evapotranspiration was between the extreme values of 400 mm in Caatinga and 1700 mm in Amazonia. The hypothesis of native land cover was evaluated for 11 Brazilian sub-basins, and it was found an increase of 10% in annual mean evapotranspiration and a reduction of 28% of the mean annual runoff in comparison with the current land cover. In São Paulo state, the simulated scenarios with air heating by itself contributed to reduce the runoff and to increase the evapotranspiration, and the combination of air heating and lesser precipitation had a steeper reduction in runoff and evapotranspiration may increase or decrease, it depends on the basin.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRocha, Humberto Ribeiro daDomingues, Leonardo Moreno2014-04-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-14012021-162021/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-29T18:31:17Zoai:teses.usp.br:tde-14012021-162021Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-29T18:31:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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